Armem-se, cidadãos!


Ricardo Kohn, Escritor.

Arme-se com argumentos sólidos, pois do contrário perderá o embate com os delinquentes! Use sua razão ao extremo. Porém, é básico escutar mais do que falar. Não gaste verbo à toa. Sempre tenha em mente reflexões que se contraponham à verborragia idiota dos delinquentes.

Desde já, saiba que estará sob ataque; às vezes cerrado! Afinal, esteja certo que os delinquentes são implacáveis. Todavia, têm pontos fracos: (i) mentem muito e, não raro, são descarados; (ii) acham-se famosos e insuperáveis; além disso, (iii) dizem possuir capacidade para produção em série de delinquentes. Mas tudo leva a crer que isto é blefe. De todo modo, tenha atenção, pois eles sonham atacar-lhe como quadrilha, dado que estão desesperados. Portanto, arme-se com argumentos fortes!

Cidadã que se defende

Esta cidadã se defende!

Esse cenário atingiu aos píncaros em certos países desenvolvidos. Por exemplo, nos Estados Unidos há muitos cidadãos comuns com porte legal de arma de fogo. Portam-na inclusive quando fazem compras em supermercado! É uma prática normal de precaução, na defesa da própria vida. Afinal, nunca se sabe se ao lado do cidadão encontra-se um delinquente. A ser assim, nada se compara à presença ostensiva de uma 9 mm na cintura. De fato, trata-se da ferramenta capaz de desestimular delinquentes audaciosos. É muito provável, aliás, que se todos os cidadãos de bem pudessem portar arma de fogo, não ocorreriam cerca de 60.000 assassinatos/ano no Brasil!

Entretanto, na nação brasileira a delinquência foi além, assumiu a política. O que não faltam no país são delinquentes políticos. É notório que muitos milhares deles tiveram a audácia de roubar cofres públicos. Pergunta-se: ─ Quantos foram investigados? ─ Quantos, indiciados? ─ Quantos se tornaram réus? ─ Quantos, condenados? ─ Quantos continuam presos?

Presos?! Que blasfêmia cometida contra “amáveis delinquentes políticos”! Apenas uma ninharia deles encontra-se a dormitar em celas de luxo. Porém, aguarda que certos “justiceiros da justiça” – todos delinquentes jurídicos, devidamente nomeados – votem em favor de sua debandada geral.

A ser assim, armem-se, cidadãos! Há que se contra-atacar com poderosos argumentos, a impedir que a nação continue a ser esta vergonha mundial, dominada por corruptos vagabundos!

Furo privilegiado


Ricardo Kohn, Aprendiz de Filósofo.

Furo privilegiadoFuro’ é um vocábulo complexo, com vários sentidos e diversos efeitos provenientes de seu uso, tanto na palavra escrita, quanto na falada. Creio que o furo mais comum se refere à abertura feita por alguém com o uso de ferramenta pontiaguda: furo, sinônimo de buraco, orifício ou rombo. Destarte, este substantivo possui verbos associados – furar, emburacar e arrombar –, mas que não são sinônimos obrigatórios. Sim, por que o ato de furar um tecido com agulha é diverso do de arrombar uma muralha com um possante aríete. Por sua vez, emburacar significa meter-se num buraco ou sofrer grandes prejuízos, algo como ter um ‘furo privilegiado’ na conta bancária.

Além disso, há os ‘furos‘ gerados aleatoriamente pela natureza primordial, sem necessidade da atuação do sapiens. Por exemplo, vejo o tronco de uma árvore antiga, tombado no solo da floresta, a apresentar vários furos, causados pela oxidação da matéria orgânica; vejo também furos no topo de montanhas do mundo, as chamadas ‘crateras de vulcão’. Afinal, pela lógica, não parece haver dúvida que toda cratera é um ‘furo primordial’.

Furo’ também se encontra na imprensa, pois existe o ‘furo de notícias’: aquele que é dado em primeira-mão por algum repórter, às vezes a tratar a língua portuguesa de forma bizarra. Na ânsia de ser ‘o primeiro a dar o furo’, fica nervoso e, sem cerimônia, noticia a pessoa que ‘entrou para dentro’, a coisa que ‘subiu para cima’ e até a ‘nebulosidade no céu’ – queria que as nuvens estivessem aonde?!

Enfim, estes eventos são oferecidos diariamente pelos noticiários apedeutas a que, por falta de alternativa, estamos condenados a assistir. Afinal, há um tema em julgamento pela Alta Corte, que poderá proporcionar a extinção do indecente ‘foro privilegiado’. Isto alimenta duas tênues esperanças nacionais:

  • Que os políticos ladrões sejam julgados e presos com rapidez;
  • Que a nação brasileira não sofra efeitos nefastos em seufuro privilegiado’.

Desmanche da inteligência


Ricardo Kohn, Aprendiz de Filósofo.

Desde há cerca de 12 milênios, para construir seu habitat[1] o sapiens arcaico precisou integrar habilidades de comunicação, cognição, razão e lógica, as quais constituíam sua sapiência. A partir destas aptidões conseguiu erguer choupanas, a imitar as “construções” aleatórias do ambiente, realizadas ao acaso por forças de sua natureza primordial. Ou seja, não tinha ciência do que fazia, mas precisava de proteção para garantir a existência da própria espécie. Com o crescimento de sua população, ajuntamentos de choupanas – singelas obras de barro e palha –, tornaram-se megacidades, construídas de aço, concreto, vidro e asfalto, por assim dizer.

Vista aérea de Dubai

Vista aérea de Dubai

Mas há uma questão que este cenário encerra: ─ “O que foi necessário fazer para que povoações de choupanas se transformassem em megacidades”?

Creio haver sido a inteligência do sapiens dedicada a projetos de engenharia, a qual sequer existia a 12 mil anos atrás. As choupanas eram construídas pelo instinto da sobrevivência, não graças à criatividade de desenhos. No entanto, mais tarde, cidades como Dubai e Abu Dhabi foram construídas[2] em observância aos preceitos de seus projetos urbanístico e arquitetônico. É razoável inferir que a antroposfera somente atende a finalidades práticas caso haja sido imaginada e projetada, dado que na ausência dos imprescindíveis estudos e projetos não há construção capaz de atender às demandas do sapiens moderno. Assim, verifico que estudos e projetos são a inteligência da construção. Sem eles, edificações racham e desabam ou, como sabemos, nunca terminam de ser construídas. Por isso existem no mundo milhões de empresas de projeto (consultoras) e de obras (construtoras). Elas se complementam nas habilidades requeridas para atender às exigências do sapiens, muitas vezes devastadoras.

Porém, nas duas últimas décadas, em grandes centros urbanos brasileiros – destaco Rio de Janeiro e São Paulo –, todos assistimos à quase extinção das tradicionais empresas de consultoria, aquelas que elaboravam projetos de engenharia e estudos do ambiente. Por outro lado, foi neste período, iniciado a partir de 2003, que ocorreu um expressivo crescimento de certas construtoras, não mais que meia dúzia; ainda que haja milhares delas espalhadas pelo país.

De fato, apenas seis empreiteiras dominaram o mercado sul-americano da construção civil. Às pressas, elas rabiscavam “anteprojetos sumários” dentro de seus próprios canteiros de obras – na linguagem popular, “projetos feitos nas coxas”. Enquanto isso, milhares de toneladas de suas ferramentas de devastação – tratores, correntões e máquinas de terraplenagem – moldavam os terrenos de forma temerária. O ambiente sofreu barbaridades com estas construtoras, que o devoraram de forma agressiva; a importância de estudos e projetos foi ignorada. Tarefas específicas às feições de cada terreno não foram definidas. Na verdade , os terrenos foram devastados para receber equipamentos elétricos e petrolíferos implantados. Não havia qualquer motivo para realizar essas obras, a exceção de socializar a corrupção. A grande criação do famoso estadista, futuro presidiário.

Na ausência de projetos executivos, seus orçamentos foram várias vezes revistos para cima; chegaram a decuplicar os valores iniciais aprovados. Cito três obras desta sórdida engrenagem: (i) Complexo Petroquímico, Rio de Janeiro; (ii) Usina Hidrelétrica Belo Monte, Pará; e (iii) Refinaria Abreu Lima, Pernambuco. Pasmem, as do Complexo Petroquímico e da Refinaria ainda não estão concluídas[3]. Administrada por quadrilhas organizadas de corruptos, a estatal que as contratou quase foi à garra. Isto por que, durante mais de uma década, extorquiram-na em bilhões de dólares.

Como observei, “estudos e projetos são a inteligência da construção”. As legítimas empresas de consultoria ofereciam inteligência e economia para as obras que projetavam. Mas, na falta delas, uma classe de “novas consultoras” foi aperfeiçoada no Brasil. É possível traçar o perfil sumário de seus proprietários: (i) ocupam altos cargos públicos; (ii) possuem empresas que dizem ser “de consultoria”; (iii) não precisam possuir escritório[4]; (iv) resumem-se em telefones celulares e “sofisticadas listas de contatos” – diretores de estatais, fundos de pensão e bancos públicos; (v) não necessitam de funcionários, basta o consultor-chefe; em síntese, (vi) essas “novas consultoras” têm a missão de “usar espertezas[5] para aumentar o preço das obras de interesse dos consultores-chefe”.

Foram muitas as consultoras comandadas por um “corrupto ativo provido com diversos celulares”. Assim criaram o mercado das espertezas, para onde seguiram grupos especializados na lavagem de dinheiro e na criação de empresas-fantasmas, dentre outras que demonstraram a impressionante organização da canalhada. Vale dizer, o PIB da Corrupção cresceu de maneira formidável! Nossa desgraça é que se deu às custas da falência do Tesouro e do desmanche da inteligência nacional. Não será fácil recupera-los, porém, não nos esqueçamos que em breve teremos eleições gerais.

__________

[1] Neste caso, habitat ou antroposfera constituem o espaço construído pelo sapiens.
[2] Não entro no mérito dos locais de implantação destas duas cidades, nem nas ameaças que sofrem em decorrência de suas situações geográficas. Porém, é certo que um movimento de placas tectônicas ou um esperneio do mar [tsunami] pode destruir a ambas, em questão de minutos. Que o acaso as proteja!
[3] Sugiro aos interessados que pesquisem na internet o estágio em que hoje estas obras se encontram.
[4] Há um caso do “consultor’ que prestou serviços trancado em cela de prisão. Por óbvio, foi remunerado pelos préstimos que alcançou.
[5] Sinônimo de “vigarice”, inverso da “inteligência”.

Ambiente ameaçado pelas commodities


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

Desgovernos de “países subdesenvolvidos”, na pretensão de faze-los desatolar do pântano, colocar o focinho ao vento, dedicam financiamento público para o setor de produção primária. É assim que esses “atrozes senhores” implantam a “indústria de commodities”.

Dessa forma, a frágil produção agrícola e pecuária passa a sustentar a economia nacional, como no caso brasileiro. Entrementes, o preço das commodities é sempre definido por compradores mundiais. E é facto, não discutem a origem dos grãos, basta que encontrem matéria-prima de qualidade para alimentar seu setor industrial, provenha donde for.

Muito embora milhões de pessoas vivam em estado de miséria absoluta, é claro que a sobrevivência deles impõe o consumo dalgum “tipo de alimento”. No mais das vezes, retirado de “lixeiras socialistas”.

Imagem viva do “supermercado”

Imagem viva do “supermercado”

Ocorre que a produção primária demanda gigantescas áreas de culturas agrícolas, pastagens de bovinos, soberbos currais de porcos e granjas industriais para criação e matança indolor de aves.

Porém, o uso de “defensivos agrícolas tóxicos” esgota a qualidade do solo. Bovinos, porcos e aves “tomam bola” [hormônios] para crescimento rápido, a seguirem rechonchudos rumo ao abatedouro. É uma festança anual de bilhões de dólares!

Mas há o outro lado desta façanha. As regiões em que se encontram os grandes produtores agropecuários eram recobertas pelo bioma Cerrado, sobretudo, no planalto central brasileiro. Foram desmatadas e ainda sofrem queimadas para dar lugar às noviças commodities. Desde 1970, o Cerrado vem sendo devastado de forma inexorável. Junto com ele, suas espécies 100% endêmicas e a fauna abundante que nele havia.

É impossível que não haja solução inteligente para o agronegócio brasileiro. A de hoje é a mais barata e rentável, sem dúvida, mas tem horizonte limitado no tempo. O ambiente em que ocorre decerto será desertificado.

A propósito, lembro-me que a boca de um político analfabeto [pleonasmo] vomitou a seguinte frase: “fiz do Brasil o celeiro do mundo”. Porém, e o que é mais grave, até hoje o idiota regozija-se desta patranha. A ser desta forma, que o recolham, a seus companheiros e descendentes. Trancafiem-nos a todos numa granja de segurança máxima!

Qual é sua virose?


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

De volta à casa, cá estou em minha biblioteca, após passar 12 dias ao mar, preocupado com doenças transmissíveis. É coisa de velho, bem sei eu. Todavia, descanso a ler uma coleção de textos científicos que falam dos vírus: sua origem, forma de manifestação e possíveis tratamentos. Para objetivar essa conversa digo-lhes que, de facto, há três categorias de vírus nocivos no mundo: os biológicos, os cibernéticos e os políticos.

Os biológicos ocorrem no ambiente primitivo, mas podem afetar de forma nefasta o organismo de seres vivos, com destaque para o do ser humano: aids, ebola, meningite, malária, cólera e gripe são exemplos de doenças causadas pela ação desses monstrinhos ignóbeis. Algumas já possuem vacinas, todas são mais ou menos tratáveis, embora ainda haja enfermidades fatais, sobretudo nos países mais pobres.

Já os cibernéticos são programados por “dementes especializados” e destinam-se a acabar com a paciência de todo e qualquer cidadão, diacho! São milhares de malwares e spywares a inocular “graves enfermidades nos computadores”: a torto e a direita, imitam softwares para navegar pela internet e destroem programas e arquivos essenciais. Os mais atrevidos roubam contas bancárias de desatentos. Mas ainda há outras moléstias online virulentas que também realizam.

Virus político nocivo

Vírus político nocivo e corrupto

Entrementes, como pano de fundo das categorias de vírus controláveis, têm-se os corruptos vírus políticos. Estes são realmente hediondos, capazes de infestar a qualquer Estado-nação com intensa malignidade[1]. Ao fim da infestação, costumam ocorrer dois factos: a fuga do país, por parte daqueles que não deixarão vínculos pessoais, e a miséria do povo infectado, incapaz de possuir outra opção, senão submeter-se.

Tratamento

Por não ser médico, informata ou cientista político atuante[2], só conheço uma forma para tratar doenças viróticas: antecipar-se a elas, não permitir que se instalem. Veja como:

Ações proativas para vírus biológico. Vacine-se contra todas as viroses que a medicina já haja controlado. Afaste-se de regiões onde a incidência destas doenças é notória; se necessário, mude da moradia. Não se aproxime de pessoas que estão doentes, em quarentena. No mais, conte com a sorte e com o bom médico de família.

Ações proativas para vírus cibernético. Vacine seu computador com o melhor antivírus[3] do mercado. Caso desconheça qual seja, peça orientação a um bom informata, há milhões deles que as máquinas de busca encontram na internet! Evite abrir e-mails e nunca clique em links que lhe forem enviados. Jamais instale programas sem consultar seu informata. Nunca visite sites desconhecidos cuja matéria seja de risco. Use seu melhor bom-senso, aprendido desde a infância.

Todo ser humano do século 21 precisa ter, como amigos dedicados, um cão e um analista de informática. Deve agir e retribuir, no mínimo, com o mesmo carinho.

Ações proativas para vírus político. É trágico, não existe vacina no mundo que impeça a infecção por esses selvagens. O contágio sempre acontece, ainda que os benignos estejam distantes, a milhares de quilômetros. Afinal, eles já nascem famintos populistas, a roubar e a mentir de forma desbragada! Além disso, reproduzem-se feito ratos, a partir de 2 meses de idade; têm gestação de até 21 dias. Mas saibam de uma coisa: embora sejam fatais para cidadãos, não são infalíveis nas lutas que provocam numa nação e em sua sociedade civil.

A vacina possível é intrínseca a cada cidadão: ter educação e agir com sensatez. Porém, uma vez constatada a presença nociva desses selvagens, torne-se implacável e inflexível em sua extirpação.

……….

[1] A malignidade é demonstrada com: (i) desvio de dinheiro público; (ii) distribuição de propina; (iii) evasão de divisas; (iv) lavagem monetária em paraísos fiscais; bem como, (v) a súbita e inexplicável riqueza nababesca de quadrilheiros públicos, que antes não tinham, sequer, aonde caírem mortos.
[2] Muito embora, haja cursado Ciência Política na Universidade de Coimbra (1932-1937).
[3] Quincas, neto postiço e meu professor particular de informática, aconselhou-me o antivírus alemão, NOD32. Baixou do site www.eset.com.br e instalou com sucesso em meu laptop.

Pornografia online


Por Ricardo Kohn, Escritor.

Era só o que faltava: “vírus pornográfico” ataca milhões de usuários de uma certa rede social. Alastrou-se pelo mundo inteiro, tal “jato hipersônico”, próximo à velocidade da luz. Essa troça de mal gosto ficou, durante cerca de 15 horas, a multiplicar-se de forma exponencial. Enfim, viveu-se horas de “terror internacional”.

De fato, os usuários mais pesados (heavy users), muito viciados em computador pessoal, logo perceberam que o vírus não estava em seus equipamentos, mas na própria rede em que fora “instalado”. Assim, o ataque era irreal, apenas função das “imagens virais” que afetavam a moral religiosa e pudica de usuários da rede.

A equipe técnica da empresa responsável pela rede, como era previsto, solucionou o problema: eliminou todas as “imagens perniciosas” durante a noite. Dessa forma, hoje tudo voltou ao normal. As páginas de usuários em pânico amanheceram “limpas”, sem as visíveis “ofertas sexuais”, que tanto constrangem cidadãos hipócritas e cínicos.

Ontem, minha página foi “invadida” apenas uma vez. Quando percebi, limpei-a. No entanto, recebi incontáveis mensagens de seres desesperados, a pedir coisas estranhas: ─ “Formate o HD de seu laptop!”. Cansado, acabei por responder: “Com certeza, farei essa estupidez”. Afinal, diria o quê?

O chamado “vírus de computador” é um código criado por delinquentes (hackers), que se instala na máquina e os permitem “roubar documentos pessoais”, “movimentar a conta bancária de terceiros”, “apagar softwares e arquivos”, dentre outras façanhas. Contudo, os prejuízos das vítimas de hackers são limitados e, via de regra, resolvidos sem grandes perdas.

Vírus bêbadoEntretanto, há o “vírus da sociedade” que é implacável e mais poderoso que os criados pelos hackers. Embora ainda não se saiba quem o identificou, recebeu o nome científico “Cleptocratas ssp”. Porém, é mais conhecido pelo nome vulgar: Corrupto.

Sem dúvida, as ações do “Cleptocratas ssp” são depravações de princípios. E é fato que delas derivam torturas, assassinatos, latrocínios, peculatos, desvios do erário público, lavagens de dinheiro, evasão de divisas, enriquecimento ilícito dos companheiros e, por fim, a miséria dos povos que dominam. Treinaram várias quadrilhas especializadas deCleptocratas”, visando a cumprir com essas metas.

De toda forma, concluo que criaram cenários de pornografia social, pois copulam sem parar com a vida dos cidadãos; levam-nos a quadros lamentáveis após as sevícias que sofrem.

Mas, de toda forma, é muito curiosa a atitude dos usuários das redes sociais. Pelo menos no Brasil, partilham com amigos fotos e vídeos com diversos “Cleptocratas brasiliensis”. Fazem críticas a esses seres elementares, acossam-nos sem parar, mas se esquecem que isso ilustra a própria disposição em aceitar a “pornografia admitida”.

A propósito, alguém tem ideia de quem seriam os hackers e crackers que inoculam vírus em redes de computadores? Isso é essencial para puni-los, trancafia-los em penitenciárias.

Paradoxalmente, muito embora todos os “Cleptocratas brasiliensis” sejam mundialmente conhecidos como ladrões públicos, perambulam livres pelas ruas, acima de qualquer punição e, pasmem, fazem planos para o futuro!

Jonas, apenas uma amostra


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

Dizem que Jonas nasceu predestinado, se é que isso existe, um indivíduo fadado desde a nascença a sofrer de supetão. Nem o Brasil é predestinado. Decerto, o destino daquele país nunca esteve escrito em qualquer lugar. Porém, há 13 anos, é operado por súcias de ladrões, comandadas por um grupo criminoso de safados. Isto não é obra de destino, mas da estupidez de seus eleitores.

Diante deste facto, Jonas encontra-se angustiado. Pois, sem trabalho, sem expectativa de serviço, não é possível sobreviver. Por sorte, ou por menos azar, que sei eu, Jonas é solteiro e não arca com custos de uma família. Tornou-se um ermitão, tal Zik Sênior, embora não possua o humor e visão do velho diante de factos inoportunos que, inclusive, já o levaram à beira da miséria, duas vezes na vida.

Numa de minhas viagens ao Brasil – justo a que fiz em dezembro de 2002 –, conheci Jonas numa roda de amigos de meus filhos. De início, ele me pareceu ser afável, diria mesmo, sereno. Até o momento em que foi comentado o resultado das eleições gerais no país, com a vitória catastrófica do “molusco populista”. Então, filmei com meus olhos a sequência do desastre humano:

─ A face de Jonas enrubesceu, o cenho franziu-se e seu corpo tremia; a taça de vinho tinto que levara à boca derramou-se sobre o elegante paletó inglês que trajava. Formou-se a mancha eterna, “não há sabão ou pó químico que a retire sem corroer o tecido”, pensei eu, com meus botões.

Naquela oportunidade, Jonas não profetizava. Apenas antevia, com precisão de empresário, o que a sociedade brasileira deveria aguardar, após a assunção de um ser ignóbil e devasso ao mais alto posto público do país. Um ano depois, em fins de 2003, Jonas perdeu tudo o que conseguira construir: sua empresa, dezenas de contratos de serviço, gestores e funcionários, bem como a renda de todos.

Desde 2008 – ano damarolinha” –, aconselho a meus filhos sobre como atuar para manter as oito lojas comerciais que conseguiram abrir, no Rio de Janeiro. Todavia, os atos do “molusco nefasto” sempre foram minha grande preocupação. Afinal, com o molusco em permanente ação traiçoeira, de que servem meus conselhos?

Em janeiro passado, meu mais velho – o Simãozinho – viu-se obrigado a fechar duas lojas: os fregueses sumiram. Nas outras, não sem dor, teve que demitir funcionários dedicados. Em suma, é duro demitir chefes de família, sobretudo, os que trabalham irmanados com meus meninos, há mais de dez anos.

Revolta-me o facto de uma soberba nação – o Brasil – está a ser esbagaçada, por atos de corrupção escancarada. Revolta-me não existirem leis para extirpar “donos de fortunas ilícitas”.

Por outro lado, sinto muita dor por Jonas, apenas a amostra de um cidadão torturado por ladrões incompetentes. Encerro essa narrativa com a mórbida indagação: quantos milhões de Jonas o Brasil terá ao fim do ano de 2015?

Babuínos e Petralhas: irmãos de sangue


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Sempre tive interesse em conhecer o continente africano. Queria saber por que sua evolução foi lenta nos últimos três séculos, o contraste entre suas nações, talvez derivado da cultura dos povos que o colonizaram. Ingleses, franceses, portugueses e holandeses usaram a África como se fora uma torta recursos ambientais valiosos a ser fatiada, de acordo com fome de cada reino dominante.

Pelo que me foi dado a ler, a cultura holandesa foi a menos gananciosa. Ao contrário, deixaram marcas indeléveis de sua capacidade de produção, de comercio internacional e da arquitetura na bela Cidade do Cabo, África do Sul.

Vista panorâmica atual da Cidade do Cabo, cidade-irmã de São Francisco e Rio de Janeiro

Vista da Cidade do Cabo, cidade-irmã de São Francisco e Rio de Janeiro

Um pouco perdido como Bartolomeu Dias[1], no entanto, vincado pelo ímpeto de construir, próprio de Jan van Riebeeck[2], em 1989, juntei-me ao grupo de amigos que decidira navegar em comboio até a Cidade do Cabo, a descer o Atlântico e entrar pela Baía da Mesa.

Não conheceria o continente inteiro, mas já me bastava passar alguns dias numa das mais belas cidades do mundo, entranhada entre rochas milenares e vegetação africana. Queria sentir a expressão intensa de seu ambiente e o apelo cultural citadino. Sem dúvida, uma herança neerlandesa e, posteriormente, inglesa.

Desde a entrada na barra da baía, nosso comboio foi recepcionado por barcos de salvamento da marinha sul-africana. Decerto, avistaram a bandeira portuguesa à proa e seus marinheiros nos saudaram com acenos amistosos e apitos de convés. De facto, um carinho inesperado. Nelo e eu nos emocionamos, como de hábito.

Ao chegarmos ao centro da cidade já iniciara o anoitecer. Restava-nos comer um bom peixe assado e agendar o dia seguinte. Combinamos percorrer a cidade a pé, a sentir a alma do povo capetoniano; passar nossas rudes mãos nas paredes de prédios antigos e apalpar a obra do arquiteto; por fim, saber das lendas e mitos populares, caso ainda as tivessem.

Magnífica vista noturna da Cidade do Cabo – Cape Town

Magnífica paisagem noturna da Cidade do Cabo – Cape Town

No alojamento de pescadores, Nelo disse-me que concordara com o grupo, mas tinha outros factos que o motivaram para fazer aquela viagem: desejava conversar com os cientistas que, há 5 anos, faziam pesquisas sobre o comportamento dos babuínos, invasores selvagens que saqueavam casas e pessoas da cidade. Nessa circunstância, decidi acompanha-lo; avisamos ao grupo de nossa opção.

Pela manhã seguimos até a prefeitura, que nos deu permissão para conhecer grupos de babuínos. Porém, sempre com um biólogo que participava das pesquisas. Entrementes, avisaram-nos de pronto: ─ “Não levem nada que seja comestível”.

David, biólogo da prefeitura, explicou melhor: ─ “Babuínos invadem carros parados, roubam bolsas e pacotes de turistas abestados. E o mais grave: são agressivos, entram em conflito com as pessoas”.

Os babuínos ladrões

Seguimos por uma estrada em direção ao que parecia ser um subúrbio rural da cidade: menor número de casas, terrenos bem amplos e várias plantações de eucalipto para corte – habitat excelente para os babuínos, segundo David.

Nelo e eu notamos que havia pessoas fardadas nas laterais da estrada. Eram jovens que tinham nas mãos uma, digamos, “vara de marmelo”. Não foi difícil perceber o que faziam: eram os “monitores da prefeitura” a afugentar os babuínos que atacavam carros parados de turistas. Bastava apitar e brandir a vara no ar que os selvagens se afastavam um pouco.

Ecologia dos babuínos

Saímos da estrada por uma via vicinal e logo encontramos um casal de cientistas. Estavam entretidos com binóculos, à cata de primatas. Falaram-nos acerca da ecologia dos babuínos, às vezes com termos técnicos que não compreendíamos. Nelo ficou boquiaberto com o conhecimento que possuíam. Mas, em suma, foi isso que entendi sobre os dito-cujos:

  • Grupos distintos deste primata são sociáveis entre si. Mas eu iria além: “são muito associáveis quando diante de bens alheios”.
  • Os grupos de babuínos se locomovem sempre e com grande rapidez. De tal forma, que parecem ser milhares deles, quando na verdade, de acordo com o último levantamento efetuado pelos cientistas, somam apenas 380 indivíduos. Assim, vou além: são enganadores e peteiros.
  • Há grupos deste primata que dormem cada noite em novo local. E é fácil de explicar: esses são osbabuínos perigosos”, procurados pela polícia do país.
  • Todos os babuínos da região possuem características similares às espécies silvestres cuja existência depende das atividades humanas, como hábitos de alimentação, descartes, etc. – espécies peridomiciliares.

A meu ver, o interesse do casal de cientistas era manter sua pesquisa ativa pela eternidade. Não me pareceram preocupados com a “formação das quadrilhas de babuínos” e as ignóbeis consequências sobre a população da Cidade do Cabo.

Flagrante do macho babuíno roubando uma cidadã

Flagrante do macho “petralha” a roubar uma cidadã indefesa

Já nas conversas com os monitores da prefeitura, enfim soubemos dos reais problemas causados pela arruaça desses primatas, ladrões quase humanos. Faço uma pequena síntese dos factos que nos foram narrados:

  • Babuínos invadem residências, ameaçam as famílias moradoras e roubam alimentos. Os mais jovens ficam sobre muros e telhados, de vigia, a fazer estardalhaço. Os machos adultos que lideram o bando são os ladrões mais violentos.
  • Babuínos adultos são mais agressivos com mulheres e crianças em suas casas. Ainda assim, os cidadãos locais não têm o hábito de abate-los. São muito raros os casos de fuzilamento de líderes.
  • Babuínos cercam carros parados nas estradas e tentam expulsar seus ocupantes. Roubam tudo o que encontrarem no interior do veículo e mostram os dentes em sinal de ameaça.
Babuínos saqueadores na Cidade do Cabo

Babuínos saqueadores na Cidade do Cabo

  • O comportamento agressivo e violento dos babuínos intensificou-se nos últimos 4 anos. A maioria dos monitores prevê um ataque em massa de todos os grupos deste primata deletério. Ou seja, o ataque de um “exército de babuínos” sobre a cidade do Cabo. Para isso, basta ter um único chefe, o macho Alfa.

Sugestões revolucionárias

De volta a Praia das Maçãs, loucos para descansar, nosso grupo de amigos permaneceu dois dias em silêncio. Estávamos parvos com o que viramos na Cidade do Cabo. Porém, Quincas, meu neto postiço, promoveu uma reunião para debatermos o assunto. “Quem sabe não poderão dar sugestões para auxiliar na solução dos problemas?”, ponderava ele.

Fui eleito “cozinheiro do evento”. Preparei uma bela caldeirada de frutos do mar para acender os velhos amigos. O vinho ajudou bastante, não tenho dúvida. Todavia, meus medos fizeram vinculações entre a Cidade do Cabo e o Brasil. E posso explicar.

Enquanto Nelo explanava como trancafiaria os machos adultos de babuínos, a descrever as armadilhas a serem usadas, minha mente estava no Brasil, país em que vive minha família. Afinal, recentemente o molusco fez ameaças de “soltar seu exército de petralhas nas ruas do país”, para lutar contra os movimentos democráticos que pedem a saída imediata da “anta soberana”.

Não posso negar que associei grupos de babuínos às quadrilhas petralhas. As imagens das ações de ambos pareceram-me semelhantes, senão idênticas:

  • Adorar bens alheios versus roubar bens públicos.
  • Cercar residências para aterrorizar as famílias versus aparelhar a máquina pública para aterrorizar a nação.
  • Roubar alimento nas geladeiras versus roubar cofres de estatais.
  • Mentir e enganar desbragadamente, ambos o fazem.

Creio que já relatei o suficiente, embora haja outras semelhanças que deveria mostrar. Porém, sintetizo:

  • Babuínos e petralhas são irmãos de sangue. Os primeiros, definham se não roubarem bens das famílias. Os segundos, odeiam ao povo, que anseia sua saída do governo que capotou, quebrado.

……….

[1] Chamado de “o explorador”, diz a lenda que, em 1486, o português Bartolomeu Dias contornou a ponta sul do continente africano a caminho das Índias e relatou aquelas terras ao Rei. Isto é babosice! Porém, de toda forma, duas coisas devo lembrar: Bartolomeu era, de facto, uma “besta quadrada”, pois nunca quis saber por onde passava; e estava esfomeado para garantir ótimos resultados monetários de “seus negócios indianos”.
[2] Jan van Riebeeck foi o navegador holandês que, em 1652, rumo a Índia, criou um porto de apoio na Baía da Mesa e estabeleceu o primeiro assentamento europeu permanente na África do Sul, dando origem a Cidade do Cabo. Hoje é uma urbe industrializada, com quatro grandes centros comerciais, porto e aeroporto internacional privados, bem como transporte público de qualidade.

Novo pacote anticorrupção


Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior

Zik Sênior

Em minha opinião, louco é todo cidadão que, aos olhos dos passantes, parece estar vivo, mas abandonou a vida, de fato. Só enxerga a si próprio e a seus interesses particulares, ainda assim, de forma transtornada. Acha-se rei (ou rainha), mas não passa de demente vagabundo.

Há inúmeros exemplos desses loucos a atuar no Brasil, visando à mudança do sistema político e econômico: desejam tornar o país em uma ditadura comunista, com alguns deles a coçar o saco para dar segurança aos pretensos donos do poder.

Seguidos por bandos de ovelhas pagas, autodenominam-se “líderes de movimentos sociais”. Nesse caso, destaco o MST e o MTST, que parecem estar financiados por propina pública. Na verdade, são raivosas hordas de baderneiros, dementes capazes de cometer as maiores atrocidades, sempre em “defesa da ideologia” que seus líderes juram acreditar.

De acordo com o que diz a mídia, João Pedro Stédile e Guilherme Boulos, líderes do MST e do MTST, respectivamente, são milionários que comandam miseráveis. Vejo somente uma fórmula para que essa versão seja verdadeira:

  • Recebem a propina pública para realizar turbas; oferecem tubaína e sanduíche de mortadela para que vândalos atuem na destruição de propriedades privadas e públicas; ao fim, embolsam o grosso da propina, recebida para comandar badernas. Dessa forma, vivem engalfinhados nas tetas do desgoverno petista.

Assisto bastante a programas de televisão que tenham bons mediadores, onde posso acompanhar a opinião de analistas sobre o atual cenário político e econômico brasileiro. Alguns, não tenho dúvida, são notórios especialistas nesta matéria. Cientistas sociais bem formados, com larga experiência em trabalhos analíticos para o diagnóstico do cenário atual brasileiro e a posterior formulação de seu cenário futuro.

Todavia, observo que poucos são o que analisam a cleptocracia institucionalizada nos três poderes. Há sujeitos que chegam a afirmar que a corrupção é uma questão de somenos importância, secundária. Ave César, ave ladrões!

Pois, penso bem ao contrário e argumento. Basta verificar a absurda quantidade de escândalos e roubos públicos que se sucederam nos governos do PT com “seus partidos alugados”. Por serem muitos e sistemáticos, chegaram a atingir ao incrível “nível de qualidade corruptiva” alcançado no Petrolão, quase impossível de ser desvendado.

Não fora a ação eficaz do FBI brasileiro, completada pela justiça dos “Estados Unidos do Paraná”, e a nação brasileira decerto assistiria a Petrobras, antes a 4ª maior petroleira no mundo, tornar-se, em apenas 8 anos, uma caveira de burro: inútil, depauperada, seca para fazer face aos investimentos futuros e sem governança corporativa.

Mas, em verdade, ninguém sabe ao certo em que estado de decomposição ela se encontra hoje, sobretudo com um “pau-mandado” em sua presidência, completo idiota em matéria de óleo e gás. Até mesmo eu sei bem mais do que este subserviente. Mas vejam o que nos espera.

A imprensa divulgou que o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras tem investimento para o período 2014-1018 previsto em US$ 206,5 bilhões, um montante maior que o da Exxon Mobil, a maior petroleira do mundo. Esse valor tenebroso ainda hoje consta do site da Petrobras e o idiota acredita que consegue realizar.

Fiquei a pensar e me pergunto: esse investimento, em obras paquidérmicas, não teria sido “inventado” para que a “quadrilha do PT” pudesse corromper, roubar e distribuir muito mais? Fica esta questão, que me dá coceiras para especular. Mas lamento o estado da gigantesca cadeia de fornecedores que talvez atendesse a Petrobras de forma honesta, sem os ditos 3% para o PT.

Finalizo. A presidente, claro que com a permissão de seus ‘superiores‘, comunicou, em “cadeia de vaia nacional”, que encaminhará outro “pacote anticorrupção” ao Congresso. Igual ao que o apedeuta Lula enviou em 2005 e fez grassar o sistema corruptivo em toda a máquina do Estado. Tudo isso virou a Comédia da Imoralidade.

Que audácia, a de um “corrupto-extorquidor”, afirmar, nas minhas barbas, que vai acabar com a corrupção que ele próprio comete sistematicamente!

Martírio naval: o ocaso da Petrobras


Ricardo Kohn, Consultor em Gestão.

Sem dúvida, nada entendo de navios, sejam particulares, mercantes, científicos ou de guerra. Apenas sei que são pesados, possuem cascos possantes, um deque principal, e podem ter vários deques secundários, em parte submersos, abaixo da linha do mar.

No início do século 21, tive a oportunidade de conhecer um moderno navio francês, destinado à aquisição de dados sísmicos (foto abaixo). Embora estivesse a trabalho para a empresa que o utilizava na costa brasileira, guiado por dois tripulantes, fui apresentado à tecnologia de ponta instalada nos 6 deques submersos.

Moderno navio para levantamento de dados sísmicos off shore

Moderno navio para aquisição de dados sísmicos off shore

Ao fim, houve uma comemoração a bordo: pães, frios, queijos , vinhoschampanhe francês. Recebi, como prêmio por serviços prestados – o que agradeço até hoje –, uma medalha prateada, com a imagem gravada deste navio:  medalha pesada como uma âncora.

Através desta experiência, é lógico deduzir que se um navio estiver aportado em um cais, é por que suas âncoras foram lançadas. Navios de maior porte podem exigir várias âncoras, todas presas a eles por pesadas correntes de aço.

O binômio “âncora e correntes” possui seu peso calculado de forma precisa por engenheiros navais. E esse peso é específico para cada navio, de forma a mantê-lo firme junto ao porto ou fundeado, a flutuar sobre as águas, como na foto. Entretanto, é evidente que este peso não pode fazê-lo adernar, muito menos naufragá-lo.

Atualmente, esse cálculo é bem simples e preciso. Há muito tempo que a engenharia naval criou critérios, parâmetros e fórmulas para fornecer o peso da “âncora e correntes” de forma automática.

Porém, pensem nisso: ─ Mas se este cálculo fosse feito por uma quadrilha de ladrões navais? Será que saberiam balancear o peso das âncoras e correntes requeridas por um grande navio?

navio Petrobras

O investimento no aumento da produtividade de uma empresa petroleira é o que a faz manter-se no disputado mercado internacional de óleo e gás. Pode-se fazer uma analogia: investir de forma produtiva, significa garantir o crescimento gradual do casco e dos deques da petroleira, bem como, sobretudo, de suas “âncoras e correntes”, para que aporte com destaque em qualquer cais do furioso mercado competitivo mundial.

O que foi descoberto na Petrobras, através da operação Lava Jato, é que houve investimento pesado no casco da empresa, não há dúvida. Porém, bilhões do dinheiro público que eram para ser investidos em “deques submersos, âncoras e correntes”, invisíveis aos olhos do povo brasileiro, foram desviados de forma organizada e criminosa por uma quadrilha de ladrões navais“.

O cenário atual da Petrobras mostra que ela se encontra à deriva nas águas do mercado internacional, sem condições de aportar em qualquer cais do mundo. Pode estar em linha de choque com rochedos. Pobre de sua tripulação e da multidão de seus fornecedores. Afinal, seus deques submersos, âncoras e correntes foram surrupiados e transformados em propriedades particulares: fazendas, milhares de cabeças de gado, aviões, caras obras de arte, residências e apartamentos de luxo, carros importadosinvestimentos em lavanderias off shore e, decerto, coisas bem leves como punhados de diamantes.

A Toupeira


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

As incontáveis espécies de toupeiras existentes no mundo chamaram-me a atenção, em especial pelas correlações positivas que encontrei ao compara-las com os seres humanos idiotas. Que me perdoem as toupeiras. Decidi ler um pouco sobre elas, mas não encontrei na biblioteca de casa um texto que as descreva e explique.

Após aguardar um mês, recebi da Universidade de Coimbra algumas anotações que solicitara. Falam de forma geral sobre a Família Talpidae. Fiz algumas observações e organizei-as a meu gosto para redigir esse artigo.

Vamos lá. A ciência garante que a classificação taxonômica das toupeiras em geral pode ser esta:

  • Reino: Animalia.
  • Classe: Mammalia.
  • Ordem: Soricomorpha.
  • Família: Talpidae.
  • Nome vulgarToupeira; Dilmanta; etc.

Como as anotações as identificavam superficialmente, detive-me em duas espécies, pois as achei com “sotaque de besta política”: a toupeira-nariz-de-estrela e a toupeira-gigante. Segue o breve relato do que conclui, enquanto bebia alguns golos de bagaceira para esquentar…

A toupeira-nariz-de-estrela (Condylura cristata) é um mamífero que vive em túneis e galerias subterrâneas que ela própria cava com suas garras fortes e afiadas. Esse bicho é notável pelo extremo olfato que detém. Seu nariz é repleto de apêndices, como se fossem pequenos tentáculos de molusco. São horríveis aos nossos olhos, mas servem como órgãos sensoriais do tato da “estrela”. Assim, ajudam-na a guiar-se no escuro dos túneis e galerias que esburaca durante a vida toda. A “nariz-de-estrela” usa tentáculos também na procura de alimentos, já que, como todas as espécies da família, é cega tal como as portas. Enfim, foi o mamífero mais atordoante que pude encontrar. Encontrei-as apenas uma vez na vida, na Península Balcânica, região da Sérvia.

A horripilante toupeira

A horripilante toupeira

A “estrela” tem “tamanho de merreca”, entre 15 a 20 centímetros de comprimento; seu pelo é oleoso, à prova d’água; traz uma cauda longa, acoplada num corpo cilíndrico. Vive próxima a rios e lagos, pois, além de cavadora obstinada, é uma estranha nadadora. Olhe a foto acima e imagine esta nanica extravagante em pleno nado livre. Ugh!Desculpe-me, é a bagaceira.

Em suma, a “nariz-de-estrela” habita certas regiões frias da Europa e da Ásia; possui hábitos noturnos e diurnos. Além disso, é ativa durante todo o ano, já que não “comete a hibernação”, se é que me entendem. Contudo, sua alimentação consiste de pequeníssimos insetos e larvas. É por isso, creio eu, que a “estrela” vive esfomeada. Esfalfa-se, alimenta-se mal, porém, ainda assim, não é uma espécie ameaçada. Difícil mesmo é encontrarmos com ela; anda desaparecida.

A toupeira-gigante (Talpa elephus[1])

Há severas dúvidas se a Talpa elephus realmente habita regiões brasileiras ou se é apenas uma horrenda imagem, desenhada para jogos de aterrorizar crianças. Recebi uma foto, mas não vou publica-la. Precisaria ter certeza de que essa coisa demente existe. Mesmo assim, sigo a descreve-la, sem cometer exageros, acreditem.

Características físicas. A toupeira-gigante mede até 1,40 metro de altura, com peso médio em torno de 130 kg. Não possui cauda, mas tem corpo cilíndrico, com ligeiro aumento da circunferência no meio do corpanzil. Em suma, é baixa, pesadíssima, gordurenta e detesta lagos. Por isso – falta-lhe banho –, é muito fedorenta.

A Talpa elephus pertence à classe dos quadrúpedes; porém, quando sofre ataque de predadores, faz inacreditáveis carreiras em duas patas, sempre a soltar seu odor fétido peculiar, capaz de enojar até mesmo hienas esfomeadas. Esta é sua principal arma de defesa para sobreviver, junto com seus enormes dentes centrais, ostensivamente ameaçadores.

Outra característica que julgo curiosa é o facto que gosta de vestir-se tal como se fosse gente. Dizem certos estudiosos que prefere usar vestidos ou saias. Talvez seja pelos grunhidos que emite, inaudíveis à audição humana, que os confunde com palavras e frases desconexas. Acho estranho, mas não posso confirmar. Afinal, nunca estive a conversar com um exemplar da “elephus falante“.

Habitat preferencial. Esta toupeira, embora goste de viajar, não vive bem em clima frio, a menos que esteja a usar proteções sobre o corpo cilíndrico. Por isso, suas áreas de ocorrência são cidades situadas no território brasileiro. Das anotações que recebi transcrevo essa parte: “Por ser um animal muito solitário, com hábitos domiciliares [tal as ratazanas], a toupeira-elefantasomente divide seu espaço com Talpas que tenham faro similar ao dela”.

Alimentação. Similar à “nariz-de-estrela”, possui faro muito aguçado. Todavia, não o usa para encontrar alimentos normais à sua família, mas sim para farejar caixotes de dinheiro a grandes distâncias. Segundo informações que recebi, houve espécimes ancestrais da “elephus” que se dedicaram “a assaltar residências e bancos” para amainar sua fome insaciável. Nesse aspecto ela se confunde com a “nariz-de estrela”: quer comer 24 horas por dia, mas só lhe sobram pequeníssimos restos.

Reprodução. “Todas as Talpa elephus são fêmeas hermafroditas”, afirmam as anotações de Coimbra. E dizem mais, “por serem muito arbitrárias, este facto condiz com sua decisão pela solidão autoritária e despótica”. Dessa forma, deduzo que se reproduzam pouco e a sós. Quiçá, em sessões de masturbação frente ao espelho.

Isso explica o facto de a Talpa elephus ser uma espécie faunística que enfrenta forte processo de extinção. E não é motivado pela fome de seus predadores, mas por suas atitudes idiotas: opta pela “solidão autoritária e despótica”.

Habilidades. Não recebi qualquer informe acerca das “habilidades da toupeira-elefanta”. Não me parece razoável que possa existir um animal silvestre desabilitado por completo. A ser assim, embora bastante cansado, decidi especular sobre o assunto, com base na lógica e na bagaceira.

Em resumo, essa criatura, ainda que hostil, possui três dotes naturais que a habilitam a ser uma política no Brasil:

  • Pode fazer bons discursos de palanque, a emitir seus grunhidos desconexos. Basta arreganhar a bocarra, mostrar a alegria na dentuça e ser adestrada para ter um bom gestual.
  • Como gosta de olhar-se em espelhos para procriar, um bom adestrador pode treina-la em bons modos, gentilezas, serenidade e convívio social. Assim, acompanhará seu próprio adestramento.
  • Em caso de desagrado da plateia, já é habituada a fugir com celeridade. Pode fazê-lo vestindo saias e acenando para seus predadores a fingir alegria.

Minha garrafa de bagaceira ousa dizer-me que a ciência terá um vasto campo de pesquisa e descobertas se fizer um criatório controlado de toupeira-elefanta. Depois dessa, com licença e boa noite. Vou dormir no barco.

Ugh! Matei o último litro da Adega Velha!

……….

[1] Como não descobri o nome científico desta espécie, para o texto não ficar um tanto “rasteiro”, sugeri o nome Talpa elephus que, em tradução literal, significa “toupeira-elefanta”.

Guinchar o estorvo


Por Ricardo Kohn, Escritor.

Ricardo KohnEis que surgiu o desastrado “caminhão ideológico”, muito espaçoso e mal dirigido, a impedir a trânsito nas vias urbanas em que trafegava. Era enorme, com três eixos no cavalo mecânico e mais cinco na monumental caçamba. Estimo que tivesse entre 25 a 30 m de comprimento.

Ninguém sabia dizer de que fábrica haveria saído aquela geringonça, a impedir a todos o direito de ir e vir. Assim, apelidei-o de “vermelhão”, dada sua cor sanguínea e molesta.

Na cabine dupla, com quase cinco metros de altura, por detrás de vidros negros, via-se o vulto de dois elementos: o motorista e seu acompanhante. Logo formou-se na sua traseira uma grande fila de carros, vans e caminhonetes, a buzinar com estridência. E o vermelhão às vezes respondia agressivo, com seu estrondoso sistema de cornetas a ar. Em meu pequeno carro, encontrava-me bem atrás daquela montanha metálica.

Após atravessar a cidade, previ que o vermelhão dirigia-se ao hipermercado. Apesar dele ser mais alto que o umbral de entrada do estacionamento, não sei como, o motorista fez aparecer dois braços metálicos à frente do caminhão ideológico: assim, demoliu o umbral, e continuou a rodar a 120 km por hora. Entrei logo em seguida no pátio e dobrei à direita, para manter-me a uma distância segura.

Havia dezenas de veículos de passeio estacionados no pátio, mas o motorista do vermelhão ideológico sequer tomou conhecimento deles: passou de caminhão por cima de todos que estavam em sua reta rumo ao mercado, esmigalhou-os, e estacionou o vermelhão junto ao prédio, a ocupar todas as “vagas para deficiente físico”.

Já escutava a sirene da polícia de choque há algum tempo, mas depois também avistei um helicóptero da força a sobrevoar o pátio destruído. A ser assim, vários camburões cercaram o vermelhão. Queriam conter a fúria vermelha de seus ocupantes.

O comandante da tropa de choque pediu calma a seus soldados e, portando um fuzil, dirigiu-se à janela do motorista. A janela abriu-se e aconteceu um rápido diálogo. Não pude ouvir o que falaram, mas, em seguida, a polícia retirou-se com “rabo entre as pernas”.

Cessaram as sirenes; o helicóptero sumiu. Para mim, acontecia um patético desastre. Sentia-me incapaz de realizar qualquer ação contra o destruidor vermelhão. Precisava haver uma multidão agindo nesta mesma direção.

Por uns 10 minutos, o silêncio se instalou naquela área da cidade. Foi igual a uma eternidade, até que, de repente, a caçamba colossal abriu-se suave e desceram dezenas de fanáticos vermelhinhos, a cercar de forma festiva a cabine do caminhão ideológico.

Ao descerem da cabine sob aplausos, o motorista e seu acompanhante, talvez para não serem reconhecidos, usavam máscaras negras. Contudo, um fato chamou-me a atenção: o motorista trajava vestido-tubo vermelho; tratava-se, pois, de uma mulher mal nascida.

Encolhido no carro, com calma pude notar que havia outras mulheres no bando, algumas até com pose de “intelectual burguesa”. Porém, outro fato me alarmou demais: todos traziam armas – de foices e machados, a fuzis de repetição – e alguns portavam bandeira de guerra!

Senti um arrepio a arder sobre o corpo: estava a presenciar o início de uma invasão vermelha à minha pátria? Seriam guerrilheiros ou milicianos contratados na Venezuela?!

Não há dúvida que todos eram nocivos à sociedade. Mas, para minha tranquilidade, tratavam-se apenas de legítimos idiotas brasileiros. E isso ficou inegável quando invadiram com violência o mercado, a quebrar caixas registradoras, roubar dinheiro, destruir patrimônio privado e gritar de forma desbocada:

─ “Estamos com fome, caralho!”. Quão nobres e singelas são as bestas em fúria…

Foi assim que perguntei a mim mesmo: ─ “João Gustavo, o que você deve fazer agora?”[1]

Vermelho a ser guinchado

Vermelho a ser guinchado

Em curtíssimo prazo, precisava decidir se voltava para casa ou permaneceria no pátio, dentro do carro. Optei por dormir no carro, pois o “exército do vermelhão” deixara sentinelas armados para inspecionar e fuzilar qualquer movimento no entorno do mercado.

Para o médio prazo, precisava resolver o seguinte: como “guinchar o estorvo vermelho” embutido no caminhão da ideologia e eliminá-lo do país. Uma das hipóteses que levantei foi solicitar auxílio das Instituições de Estado responsáveis pela Segurança Nacional.

Creio ser a melhor alternativa para realizar “guinchadas definitivas” de estorvos vermelhos, do gênero impeachment pela força. Não se trata de uma questão política, econômica ou social. Trata-se de questão básica da ética e da moral, pautada nos princípios elementares de qualquer nação civilizada.

Por fim, não fiz previsões para o longo prazo. Exausto, adormeci antes de começar a pensar.

A propósito, no dia seguinte, a própria população da cidade cercou o hipermercado e guinchou “a motorista-poste e seu mentor“, de forma definitiva. Foram extraditados para a Indonésia, acusados por tráfico de drogas pesadas. O caminhão foi higienizado, pintado de branco e doado a uma escola pública.

……….

[1] Uso a prática de “falar sozinho” por orientação de especialistas em neurolinguística. Afirmam que “coloca a pessoa do lado de fora do problema e a ajuda a equaciona-lo com mais objetividade”.

Matricule-se na UFCor


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

Escrevi para o blog uma sátira intitulada “Ministério da Corrupção”. Zik Sênior, por sua vez, redigiu de forma brilhante a crônica “Ladrão-Geral da República”. Mas não é que recebi um convite do Brasil, a oferecer matrícula gratuita em uma Universidade Federal, a UFCor?

Abri o envelope da missiva ansioso e entusiasmado. Afinal, por que motivo, aos 96 anos, um português receberia um convite d’além mar para cursar uma universidade noutro continente?

Tudo me levava a crer que se tratava dos tais “cursos à distância”. Entrementes, pude ler que era um curso presencial, com três anos de duração. Por ser intensivo, com aulas teóricas e práticas, tinha 10 horas de dedicação diária. Diz a propaganda do curso que, ao fim, promove seus alunos com o título de Ph.D. em Corrupção! Formidável a autêntica brasilidade vigente naquele país…

Recostei na poltrona e devaneei, a observar as antigas estantes de livros. Obras que ganhei de velhos amigos ou adquiri com meu trabalho de pescador. De facto, dentre as mais de 4 mil obras que reúno na biblioteca, não há sequer uma que ensine a como ser um “corrupto de qualidade”, que dirá um Ph.D. nesta matéria.

Aos poucos entendi como pode um cidadão brasileiro, experto em analfabetismo funcional, receber “de forma heroica” 27 diplomas de Doutor Honoris Causa, sem ter concluído o 1º Grau.

Dizem por aqui que a UFCor já existe no Brasil há décadas, mas a ementa de seu curso de doutorado profissionalizante vem a ser aperfeiçoada desde 2003. Hoje possui cadeiras que sempre foram negligenciadas, tais como: “aprenda a montar quadrilhas públicas”, “saiba fidelizar seus quadrilheiros“, “como instalar e operar empresas de fachada”, “como negociar em paraísos fiscais”, “saiba extorquir empresas privadas”, “a lavagem de dinheiro para profissionais”, e muito mais.

Doutor Honoris Causa

Doutor Honoris Causa

No convite que recebi encontra-se a “Lista de notórios Acadêmicos” que ministram o curso. Sem dúvida são “especiais”, procurados pela polícia de diversos países. Lembra a tal da “Lista do Janot“.

Porém, a propósito, UFCor é a sigla de Universidade Federal da Corrupção. Mas me responda uma coisa: quem é o seu Reitor Vitalício, o paraninfo obrigatório de todas as turmas, e Decano da Corrupção?

Fiquei a saber…


Ricardo Kohn, Escritor.

Hoje fiquei a saber do seguinte boato: a lista dos “fregueses denunciados (54)” pelo juiz federal Sérgio Moro, enviada para a Ricardo KohnProcuradoria-geral da República, é bem mais completa do que a “listinha para investigações (28)” que acaba de ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal pelo excelentíssimo procurador-geral, Rodrigo Janot.

Isso leva-me a crer que a lista dos futuros “investigados” (nunca serão denunciados) antes teria sido “filtrada” com maestria por uma “insinuante comissão de asseclas”, extraídos da nata da quadrilha do Petrolão. Somente a partir disso, a lista foi rubricada e assinada pelo senhor procurador-geral. Aliás, disse ele que “passou um pente fino”, mas nada encontrou contra o “casal de morubixabas”. E ainda se felicitou por isso! É um acinte às esperanças do pobre cidadão brasileiro.

Hoje também fiquei a saber que existe no Chile um furioso estrato-vulcão, o Llullaillaco, com cratera a 6.740 metros de altitude. Segundo uma lenda atribuída aos índios mapuche[1], “es un volcán que expele mierda caliente y limpia”. Porém, pelo que conheci e pesquisei, os mapuche respeitam como deuses do fogo os 28 vulcões que emergem do solo chileno. Acho que parte desta história deve ser outro boato.

    O amanhecer de Llullaillaco, por Lion Hirth

O amanhecer de Llullaillaco, por Lion Hirth

Por fim, fiquei a saber hoje que no Brasil há um pequeno monte que emite ruídos desagradáveis e cheiro pungente de enxofre, o Llullapatranha. Tem a garganta profunda situada a 1,5 metro de altitude e suas explosões derramam-se sobre seu sopé, mesmo quando usa megafone.

Segundo a lenda inventada por seus patéticos adoradores, está prestes a entrar na grande erupção final. Mas, ao contrário do que nos querem fazer acreditar, vai diluir-se em filetes de “mierda caliente”, que se desvanecerão pelas fétidas redes de esgoto do país. Não deixará vestígios de sua existência. A ser assim, fiquei a saber que essa história é uma notável predição.

……….

[1] Mapuche ou “gente da terra” são o povo indígena que ainda habita nos Andes chilenos.

Vagabundos invadem o Rio


Ricardo Kohn e Cláudia Reis, a quatro mãos.

Ontem, 1º de março de 2015, tivemos um bom domingo, até com temperatura amena. Coincidiu com mais um aniversário da cidade do Rio de Janeiro, que completou 450 anos. Parabéns à cidade que, por pura incompetência pública, vem sendo destruída [prostituída] por suas sucessivas prefeituras há 46 anos, desde 1969.

Porém, vamos ao assunto. Não sabemos por que a soberana veio ao Rio para as “festas da cidade“. Mas acreditamos que chegou cercada por carros blindados e escolta de policiais em motocicletas pesadas, com a sirene aberta. Tal como foi hábito de seu criador, o apedeuta.

Porém, em frente ao prédio onde moramos, foi estacionado um ônibus, com vidros negros e opacos. Era parte do pelotão municipal encarregado de dar segurança à matrona oficial. Seu motorista, com o veículo em ponto morto, pisava no acelerador sem parar, a roncar o motor, cada vez mais alto. Os ruídos infernais invadiram todos os prédios próximos.

Quartel da força de segurança, com "clima de montanha"

Quartel da força de segurança da soberana: “clima de montanha”

Vários moradores dos prédios severamente impactados pelo barulho começaram a gritar para que o motorista deligasse o ônibus. Mas nada aconteceu. Durante cerca de 15 minutos os apartamentos foram invadidos por roncos alienígenas. O ônibus parecia uma nave intrusa estacionada, múmia marciana a bufar agressiva como delinquente ameaçadora.

Cláudia, que é uma pessoa calma e equilibrada, diante dessa agressão, ficou possessa com o ruído incessante na rua tranquila. Foi assim que decidiu enviar uma mensagem para a rede social de que participa o “esperto prefeito“. Todo esse desconforto, sentido por diversas famílias, era em troca da “segurança à soberana de republiqueta”, em visita ao Palácio da Cidade. Afinal, o quê a atemoriza tanto? Tem pavor de quem? Por quais motivos?

Para este artigo, redigi destaques em azul, acerca de como penso que deva ser tratado o desacreditado “esperto prefeito” e sua “proba soberana“. Dessa forma, segue a mensagem enviada por Cláudia:

Prefeito Eduardo Paes

“Nada contra as comemorações natalícias da cidade, na qual infelizmente nasci. Digo assim, pois não aguento mais tanta anarquia e baderna na rua em que vivo, em função das festas que você realiza no Palácio da Cidade. Mais parece a boate em que se tornou a sua prefeitura! [Penso eu: uma provável casa de massagens negociais].

“Hoje, em especial, a prefeitura resolveu tomar a Rua da Matriz e, neste exato momento, há um ônibus lotado de guardas municipais. Sou obrigada a sentir o cheiro de óleo queimado e um barulho infernal. Na porta do meu prédio, de frente para as janelas do apartamento, o veículo está com motor ligado todo o tempo. Faz um ronco enorme para que esses “trabalhadores” descansem em ambiente fresco pelo ar condicionado. [Penso eu: Prefeito, uma pergunta rápida, até a sua guarda também gosta de frescura?].

“Já pedi com educação para desligarem o ônibus, mas não adiantou. Mandaram-me falar com o prefeito. Isso é total absurdo. Eu, na minha casa, pagando impostos, é que tenho que ficar com as janelas fechadas? [Penso eu: por que, caríssimo prefeito, você próprio não dirige esse ônibus de esterco para a frente do Batalhão de Polícia, que fica na porta de seu Palácio? Devo dizer-lhe, faz tempo que você esgotou a paciência da cidade!].

“Peço que você tome as devidas providências, imediatamente. O Rio em que nasci morreu há tempos, por força de tantos desmandos e pela total falta de respeito a seus cidadãos.

“Vivo em uma rua residencial, que já sofre bastante durante a semana com o movimento da Escola Britânica, para a qual nunca deveria ter sido autorizado o acesso por essa via. Hoje é domingo, prefeito [estúpido]. Idosos e crianças moram aqui. Cadê seu respeito à lei e seu mínimo instinto de civilidade?!

“A sua “Presidenta” não deveria causar transtornos aos moradores de Botafogo. [Penso eu: para ter uma garantia mais efetiva de sua já ameaçada segurança pessoal, após cumprir 4 anoscomo poste de seus apaniguados‘, a soberana somente deveria chegar ao Palácio de helicóptero, camuflado e blindado!].

“Vou continuar insistindo com você, prefeito [excelência de merda, penso eu]. Tire esse ônibus da frente de meu prédio ou mande trabalhar quem está no ar condicionado. Não existe outro espaço para esse povo ficar? Lugar de polícia municipal é na rua, a patrulhar, e não a se refrigerar dentro de ônibus. Ainda por cima, você está poluindo o ar que respiramos!

“Aliás, prefeito, por que sua guarda não “bicicleteia” pela cidade. Essa não é a sua campanha favorita? [Penso eu: pintar as mais equivocadas e estúpidas ciclovias do Brasil, sem respeito ao trânsito e aos idosos]. Vamos poluir menos, sem distúrbios sonoros e contaminação do ar! [Penso eu: afinal, somos ou não a tão proclamadacidade verde”?].

“Programar essa farsa [hipócrita e cínica, penso eu], no dia do aniversário da cidade é uma lástima! Vê-se que o Rio encontra-se à mercê de políticos incompetentes e não da cultura de seus habitantes – como sempre foi em seus tempos áureos. Isso é muito triste; é apavorante ver nossa cidade invadida por ignorantes.”

Resultado

Após cerca de 20 minutos de tortura cidadã“, proporcionada pela emissão de gases e ruídos do ônibus, o motorista foi autorizado a desligar a máquina da segurança. Enquanto isso, por óbvio, o “poste soberano” era vaiado pelo povo na entrada do Palácio da Cidade: “Fora Dilma! Fora PT!”. Até quando este estado de coisas vai durar?…

O labirinto de Minotauro


Por Simão-pescador, da Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

A legislação brasileira é complexa e paquidérmica. Isto porque, desde sempre foi elaborada para impedir que qualquer cidadão comum entenda os dizeres de seus diplomas legais [1]. E, o que é ainda mais grave, saber quantos e quais cuidados precisa tomar para seguir a lei, em todas as “burocracias” que assina diariamente, durante toda a porra de sua vida.

Embora nascido bem aqui, na beira d’águas piscosas portuguesas, não tenho dúvidas que essa é uma das dezenas de podres heranças do império lusitano, largadas na Terra de Vera Cruz, desde de 1500, em troca das montanhas de ouro roubadas.

Todavia, preciso salientar que, cá em Portugal, a produção de leis nefastas vem a decrescer nos últimos 50 anos. Ao contrário, na “colônia vitalícia“, no mesmo período, foram paridas toneladas de leis absurdas, que servem tão-somente para atrapalhar a vida do cidadão brasileiro, agora “colonizado por falsa ideologia populista”.

Os caminhos legais no Brasil são cavernosos e apresentam situações difusas. A dizer, mostra trilhas desconhecidas às pessoas, verdadeiros labirintos. E ai daquelas que ousarem optar por alguma sem antes consultar um “advogado a preços extorsivos”. Caso queira testar o que afirmo, promova uma guerra campal contra um banco comercial. Ao fim, mesmo se demonstrar sua razão perante ao juiz, irá à bancarrota por ter perdido todas as batalhas.

Inúmeros caminhos legais cavernosos e desconhecidos

Inúmeros caminhos legais, cavernosos e desconhecidos

Outro facto que precisa ser muito bem observado são as “leis determinantes”. Tratam-se de textos legais que trazem imposições ideológico-arbitrárias, implantadas por governantes populistas, exímios mentirosos e, não raro, ladrões públicos insaciáveis. Observo ainda que, caso hajam permanecido muito tempo no poder, acham-se insuperáveis e eternos; tornam-se “porca eparafuso falanteda ditadura” que almejam comandar.

O povo de Pindorama [2] está a viver o momento crucial de sua história: ou permanece perdido no labirinto escuro de Minotauro, disposto a ter seu crânio devorado pela fera, ou, qual Teseu, levanta-se contra as barbaridades políticas que conduziram Pindorama ao desastre.

O ódio de Minotauro

O ódio de Minotauro

Ao que se sabe através da mídia internacional, Minotauro roubou tanto o erário público que, desesperado, para se ver livre da penitenciária futura, blefa de forma descarada e ameaça ao povo com seu “exército de marginais“. Em meu entender, por força do carisma com que distribui suas patranhas, deveria ser considerado “grave ameaça à segurança nacional” e conduzido para a prisão preventiva. De preferência, em uma ação pública do FBI brasileiro, transmitida ao vivo para o mundo.

Encerro aqui essa narrativa. Creio piamente que Minotauro sempre foi mais uma lenda de Pindorama. Tudo o que blasfemou durante sua vida, e ainda tagarela na atualidade, não é honesto e, muito menos, verdadeiro.

Afinal, seu fim está próximo. Ainda tenho fé na visão e na consciência do povo brasileiro, que, dentro da lei, conseguirá estripar qualquer “exército de marginais” e respectivos comandantes.

……….

[1] A expressão “diploma legal” possui um aspecto paradoxal, contraditório. De um lado, autointitula-se de diploma, documento que recebem os indivíduos que completaram o nível superior; de outro, o facto de que boa parte dos parlamentares que propõem as leis, que as debatem e que votam sua aprovação, são literalmente analfabetos funcionais. Pelo menos, parece-me ser assim no Brasil.

[2] Pindorama significa “Terra das Palmeiras”, nome que os indígenas da etnia Tupi davam às suas terras, antes da chegada dos portugueses, em 1500.

Violenta erupção nos Três Poderes


Zik-Sênior, o Ermitão.

O desejo científico de geólogos e vulcanistas é descobrir como prever erupções vulcânicas com antecedência. Afinal, existem muitos povoados e mesmo cidades que ficam no sopé desses montes “vomitadores de lava”. Salvar pessoas é o principal objeto dessas previsões.

Um vomitador de lava em ação

O vomitador de lava em ação

Terremotos são ainda mais inescrutáveis para os cientistas da sísmica. É fácil afirmar que algum dia vão ocorrer em certas regiões da Terra, como no “Círculo de Fogo do Pacífico”. Mas ainda não há como determinar a data do evento, sua intensidade e muito menos onde será seu epicentro, bem com a que profundidade acontecerá. Só é sabido que os que ocorrem em menores profundidades causam maiores transformações no Ambiente. São as forças da natureza primordial a se manifestarem.

Todavia, há um “boato científico” no ar. Diz que certas espécies da fauna silvestre se evadem de áreas sensíveis, dias antes de terremotos e erupções vulcânicas ocorrerem. Acho ser boato porque nenhuma experiência realizada foi capaz de confirmar essa estória. Porém, assisti a uma “cerimônia” assaz curiosa: o serviço de xamãs andinos e seus pássaros-videntes, aprisionados em gaiolas. De posse desse “equipamento técnico”, os xamãs diziam ser capazes de prever eventos geológicos, aéreos e marinhos, com ocorrência aleatória no Ambiente da Terra, desde sua formação.

Assim, após uma sessão de cânticos rituais, cada vez que os pássaros sangravam contra as grades da gaiola, os “profetas espirituais” datavam e localizavam terremotos, maremotos, vulcanismos, tufões e tsunamis futuros. A verdade é que nenhum deles aconteceu, pelo menos conforme fora profetizado.

Mas é dessa maneira que os atuais xamãs políticos ganham a vida: através de “serviços” fornecidos por quadrilhas de profetas, a enganar o povo com seus “cânticos de palanque”. Mas há um detalhe que deduzi em minhas investigações. Eventos ambientais, que antes tinham origem estritamente geológica – erupções vulcânicas e terremotos –, ganharam também origem cidadã. Hoje podem ser marcados, datados e localizados com quase 100% de certeza. Por isso, dadas as severas fraturas morais promovidas pelo governo central, está marcada para outubro de 2018 uma grande erupção político-vulcânica que afetará a todas as “estruturas” do país. Seu horário de início está marcado para as 8:00 horas da manhã. Após esta erupção, acontecerá uma sequência de violentos terremotos, com epicentro em todas as capitais estaduais.

Por fim, ocorrerá o Terremoto Brasil, que irá sacudir de forma devastadora o planalto central do país. Porém, os cidadãos brasileiros conduzirão seu epicentro para cinco metros abaixo da Praça dos Três Poderes. Dessa forma, como é esperado, seus efeitos locais serão, por sorte, devastadores.

A Tapada Rousseff


Por Simão-pescador, da Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

Estive no mar por quase três semanas. A primeira pesca do ano foi produtiva, o novo barco ficou lotado. Após desembarcar no cais próximo de casa, salguei e pus no gelo alguns robalos e linguados. Depois, segui direto ao porto para comerciar o restante da pesca – cavalas, ruivos, bodiões, douradas, robalos e um merote (pequeno mero) de 125 kg.

Tive muita sorte, pois os grandes chefes de cozinha que sempre nos visitam, haviam acabado de chegar. E eles pagam ótimos preços por peixes frescos de qualidade. Ao chegar em casa à noite vi que, com meu trabalho no mar, arrecadara cerca de €$ 8 mil; uma fortuna para nós, pescadores. Podemos viver bem durante mais de um semestre com esse dinheiro.

Confesso que até hoje não sei narrar a sensação que sentimos ao peito, quando realizamos essa troca de confiança: peixe fresco de qualidade por moeda justahonesta por ambas as partes.

De volta à casa de pescador

Pela manhã, descansado, preparei meu café bem preto e fui ler os jornais empilhados. Mas as manchetes eram tão arrebatadoras, que me roubaram o equilíbrio físico; senti tonturas:

Afinal de contas, o que está a acontecer no Brasil? Enlouqueceram todos? Danaram-se?!

Sei que faço uma comparação estapafúrdia, mas, em setembro passado, o corrupto daqui foi direto para trás das grades. Isto, o janota do Sócrates, ex-Primeiro Ministro português, foi preso com a acusação de ter cometido “fraude fiscal, corrupção e lavagem de dinheiro[1]“. Aqui o resultado é, simplesmente, cadeia.

Mas, segundo a imprensa internacional, junto com a patética “troca de tronos” nos ministérios, o Estado brasileiro encontra-se acéfalo e, por força da ação de “quadrilhas partidárias”, tornou-se o caso prioritário da Polícia Federal. Sei que é confuso, mas explico, à minha moda, o que pude ler.

Quase todos sabem que a “Soberana Tapada[2]” é surda e despótica. Sem consultar nada nem ninguém, manteve seus 39 ministérios. Mas, à exceção das pastas da economia e agricultura, nomeou incompetentes “agentes e asseclas” de partidos políticos, alguns desconhecidos do povo brasileiro e inimigos entre si.

A considerar seu desgoverno passado, creio que seria um grave erro político dar oportunidade a notórios gestores públicos. Afinal, como ficariam os planos da quadrilha política para o futuro e o resultado de seus homéricos “negócios públicos”?

No entanto, a “Tapada Rousseff” parece que passa por um período de, digamos, severa solidão mental. Sem conectar sequer dois neurônios, tomou decisões arbitrárias e deixou quebrada a “formação original da quadrilha”. Muitos parlamentares da tal “base aliada” estão a debandar. Até mesmo alguns idólatras tapados de seu próprio partido já lhe negaram apoio.

Diante deste quadro, após permanecer durante semanas em “estado de isolamento”, sem dar entrevistas ou satisfações à sociedade, a imprensa acaba de divulgar que, um tanto em desespero, a Tapada foi pedir conselhos a seu “Tapado Criador”. Fico perplexo com isto: um asno a aconselhar uma besta quadrada.

Poucos jornalistas comentaram, mas a Tapada Rousseff  também teria pedido a seu 40º ministro, o titular da pasta de “Mentira miraculosa”, a nova propaganda leviana que usará em futura retórica de asnices, a vomitar mais outra vez na cara repugnante de seu “povo amestrado”.

Por sinal, uma raça de povo que se reduz dia a dia, de forma expressiva. Segundo recente pesquisa publicada, os amestrados não chegam a 25% da população brasileira.

Finalizo

Os fantasmas da Sexta 13

Os fantasmas da Sexta 13

Muito embora a Polícia Federal ainda não haja atingido o clímax das investigações criminais, creio que o ocaso da petroleira já se encontra declarado pelo mercado financeiro internacional.

O mercado haverá de guardar por longo tempo o facto que a 4ª petroleira do mundo, Petrobras SA, foi retalhada sem piedade por artimanhas de quadrilheiros políticos.

Na qualidade de avô, bisavô e tataravô de brasileiros, peço licença a meus leitores para fazer uma sugestão a esta cambada de marginais, sobretudo, a seus líderes:

Porcos proxenetas! Enquanto ainda há tempo, peguem suas coisas, suas crias imundas, suas meretrizes, seus machos e sumam do planeta!

Nesta sexta-feira 13, pressinto que existe cheiro de sangue nas mãos de muitos brasileiros…

……….

[1] Pelo que sei, aqui em Portugal a instituição da prisão preventiva é usada para impedir que safados “apaguem provas” dos desvios cometidos e fujam do país. E este “filósofo da corrupção” parece possuir um apartamento em Paris, onde residiu durante o curso de Ciência Política que diz ter feito por lá. Porém, segundo as más línguas, o apartamento é propriedade do farsante e, por baixo, “vale €$ 3 milhões”! Como conseguiu adquiri-lo, ninguém quer explicar. Aí no Brasil há muitos casos de safados proprietários sem explicação.

[2] Não sei explicar por que, mas no passado, quando eu era criança, mulher tapada significava meretriz. Estranho pois, pelo que me consta, todas eram “destapadas”. A ser assim, quero deixar claro que uso adjetivo “tapada” para evidenciar, mormente, uma pessoa idiota.

Nós, o Povo


Por Ricardo Kohn, Escritor.

Seguir “do Caos à Ordem” é a visão oposta à de uma organização secreta secular, fundada na Europa pré-renascentista. Seus crentes beócios eram atemorizados por “sábios ancestrais” para crer, piamente, que o Universo caminhava “da Ordem ao Caos”. Em outras palavras, sempre rumo ao holocausto.

Para imprimir esta “filosofia” no cérebro baldio de seus seguidores, a entidade secreta realizava frequentes sessões retóricas, onde discorria sobre o alto risco de retorno à “idade das trevas” e a volta da “peste negra”. Seus castelos e templos ficavam lotados de beócios que, embora divididos em estratos sociais, carregavam a esperança de, algum dia, ouvirem os “segredos da salvação”. Mas isso nunca aconteceu.

A peste negra

Entretanto, os crentes apresentavam um traço psicológico comum: ansiavam tanto para serem aterrorizados que, ou pagavam quantias exorbitantes para receber as palavras dos “sábios oradores”, ou tornavam-se submissos àquela entidade secreta.

De fato, tornavam-se nobres escravos, pois doavam seus bens, as próprias economias e, sob as ordens de “áulicos sedentos”, erigiam grandes construções desnecessárias, sem receber em troca qualquer pagamento.

Poucos analistas de antanho deixaram à posteridade escritos sobre esse satânico fenômeno social. Por sinal, foram quase unânimes em concluir que se tratava do domínio opressivo da Igreja, um mero efeito da religiosidade italiana.

Embora não se tenha meios e documentos formais para duvidar de quem viveu àquela época, é importante ver seu cenário por outro prisma. Por exemplo, dizer que a causa do domínio do povo era um “efeito da religiosidade italiana” parece ser uma grave heresia.

Dominar um povo, sobretudo, analfabeto e ignorante, através de “práticas satânicas” do medo, era causado, sim, pela ganância e poder de soberanos. É célebre a frase atribuída a Luís XIV, o Rei Sol da França, “L’État c’est moi“. Após o período da Inquisição, a Igreja, para se manter rica e não vulnerável, ficou encarregada apenas do asqueroso “Teatro de Ameaça e Medo”. Era o “politicamente correto” da época.

Na era contemporânea, há evidências que o vírus das práticas satânicas e do L’État c’est moi evoluiu bastante e tornou-se uma ameaça pandêmica. Afinal, não parece haver dúvida que o Brasil está a viver na “idade da treva política” e bem enfraquecido, a sofrer “derrames cerebrais” por força da “peste negra da corrupção” que tem elegido.

Precisa-se fundar com urgência uma “fraternidade aberta”, a que se propõe chamar “Nós, o Povo”, mas sem qualquer participação de crentes e igrejas. Sua meta é um desafio: enfrentar a treva, a peste, além de extirpar o Caos implantado na nação brasileira, ainda em 2015.

Somente assim haverá chances de elevar o Brasil a um estágio de Ordem palpável, que seja visível a todos os cidadãos brasileiros. Portanto, o grito desta fraternidade, será uníssono e revolucionário: “Do Caos à Ordem!”.

Concessões públicas ‘definitivas’


Empresa privada e economia de livre mercado são termos inadmissíveis para o “altruísmo” de líderes socialistas e comunistas. São expressões insuportáveis para ideólogos cubanos, norte-coreanos, venezuelanos e russos, que impõem a seus povos, se necessário pela força das armas, o que ainda chamam “ditadura do proletariado”!

Em nenhuma hipótese, admitem que grupos de pessoas tenham liberdade para se organizar, produzir e comercializar os produtos de seu trabalho. Segundo eles, essa prática precisa ser erradicada da face da Terra. Somente o Estado possui esse direito, inalienável e intransferível. Por óbvio, sob seu poder centralizado, todo o povo deve sentir-se feliz por ser operário do Estado.

A sociedade organizada a trabalhar com liberdade

A sociedade organizada a trabalhar com liberdade

Contudo, mesmo submisso a essa filosofia de escravização, há exceções. É o caso da Rússia, onde existem os imperadores do petróleo, único produto que exporta, além dos armamentos bélicos produzidos pelo Estado.

Observa-se que as poucas nações comunistas, que conseguiram sobreviver à consolidação mundial da economia de livre mercado, encontram-se em processo de decadência ou até mesmo de autodestruição – Venezuela, Coreia do Norte e Cuba.

Mesmo assim, há líderes do 3º mundo que, embora “governem” democracias capitalistas, têm pretensões ditatoriais e, se houver espaço, de implantar o comunismo, ainda que travestido de “populismo interventor”. Argentina e Brasil são dois exemplos que se destacam pelo triste estágio de decadência moral, política e econômica a que já chegaram.

Ocaso brasileiro

O aumento de tributos, tarifas públicas e cortes orçamentários recém realizados, demonstram que a economia encontra-se “quebrada”, em forte recessão. Em síntese, o desgoverno federal precisa “fazer caixa” com a máxima urgência.

Porém, não se crê que as medidas econômicas adotadas sejam suficientes para esse fim, uma vez que a oferta e consumo de bens e serviços encontram-se em queda vertiginosa. A única ação inteligente é retirar das patas do governo as empresas estatais e bancos públicos.

É fácil justificar essa posição. Em 2014, o déficit primário brasileiro foi da ordem de US$ 18,5 bilhões. A compara-lo apenas com o escândalo da Petrobras, se a “superavaliação de ativos” da estatal foi da ordem de US$ 88 bilhões[1], quantos bilhões terão sido pagos de propina às quadrilhas do planalto central?

Agora, imagine quais serão os efeitos para o crédito internacional do Brasil com o escândalo que decorrerá da soma do Petrolão com eventuais propinas das obras realizadas nos setores elétrico, rodoviário, ferroviário, aeroviário, esportivo e do paquidérmico PAC.

Não é necessário sequer pensar em “malfeitos” que tenham sido cometidos através da Caixa Econômica e Banco do Brasil. Basta apenas não esquecer que sua gestão é pública e ambos pertencem ao mesmo desgoverno interventor.

Concessões públicas definitivas

Essa é a escolha que se faz com relação a empresas estatais e bancos públicos: licitar suas “concessões definitivas” para investidores privados. Na linguagem da economia do livre mercado, privatizar tudo o que não é propriedade adequada de um Estado nacional decente, muito menos do Estado-corrupção brasileiro.

Os frutos econômicos desta privatização “ampla, geral e irrestrita” trará vários benefícios ao país, mas destacam-se dois: (i) cobrir com folga o “rombo de caixa” existente; (ii) eliminar sumariamente os processos de corrupção continuada que assolam empresas e bancos “dominados” pelo governo.

Dessa forma, o Estado fica tão-somente com os encargos da governança pública, tais como: relações com a sociedade, estratégia pública, planejamento, saúde, segurança, macroeconomia, relações internacionais, defesa e, acima de tudo, educação de primeira qualidade. Caso contrário, manter as quadrilhas no poder, será como permitir que se instale uma doença maligna na “Evolução das Espécies”:

─ “Os bebês ao nascerem baterão a carteirado obstetra”.

……….

[1] Nota: para ler mais detalhes clique aqui.

Três raças da espécie humana


São elas: o Racionalo Otimista e o Pessimista.

Inicia o mês de fevereiro de 2015, com o Brasil sob o comando do dito “novo governo”. Mas o país não para de sofrer fortes terremotos econômicos e políticos, com intensidade e frequência crescentes. Por sinal, há muito que eram bem nítidos, mais claros do que evidências especulativas.

Em 2008, por força da “estratégia” de um governante idiota, diante da violenta crise mundial que então se iniciava, tratou-a de “marolinha” e conduziu-a segundo a ideologia particular de seu grupo. Boa parte da população ficou assustada com a maneira escolhida para tratar uma grave crise econômico-financeira mundial.

Hoje está provado que esse grupo, já então constituía uma exímia “quadrilha política”. Porém, o mesmo tratamento da “marolinha” continuou a ser adotado até 2014, conforme determina a ideologia da patranha.

Em outras palavras, a nação sofreu seis anos com efeitos maléficos das sucessivas asneiras cometidas pelo governo de quadrilheiros. Se assumir-se como base de cálculo o PIB de 2009, a economia do Brasil entrou em recessão desde 2010 e permanece até hoje a ser torturada pela mesma ideologia de quadrilha.

Investigações policiais

Todavia, em 2014 a Polícia Federal descobriu que, de fato, pela primeira vez na história do país (!), uma corrupção avassaladora invadira as vísceras da máquina do Estado, desde 2003. Concluiu que as asneiras federais foram apenas uma cortina de fumaça para ocupar a imprensa. Visavam, na verdade, a impedi-la de estimar o tamanho da corrupção bilionária – em dólares – ou, quem sabe, trilionária, em moeda brasileira.

Refinaria de Pasadena: “eu tenho a força!”

Refinaria de Pasadena: ferrugem comprada por 1 bilhão de dólares!

As reações a esse presépio de canalhices são curiosas, sobretudo, as publicadas em redes sociais. Pode-se classificar três gêneros de pessoas que comentam sobre o derretimento da economia brasileira: os racionais, que representam uma população pequena; os pessimistas, que causam desespero em quem os lê; e os otimistas, que não enxergam um palmo à frente do nariz, falam absurdos sem conexão com fatos e fazem ameaças genéricas, fruto do desespero.

Diante das decisões econômicas que entraram recentemente em vigor no país – aumento de tributos, elevação de tarifas públicas, arrocho nos programas sociais para idosos, etc. –, segue um trecho de publicação encontrada num pasquim:

─ “Medidas tributárias do ‘novo ministro’, com a finalidade de ‘reforçar os cofres do governo’, não significam, obrigatoriamente, o aumento da ‘vazão do propinoduto’, destinado a regar a conta bancária de companheiros corruptos[1]”.

Diante desse texto estranho, as reações da raça humana são variadas.

Reação do Racional

“O cenário político-econômico do país encontra-se bem abalado”, diz o racional. “É óbvio que me baseio na lógica dos números obtidos pelo governo e na ausência da razão na tomada de decisões públicas, decerto pensadas por esquizofrênicos”. Resultado, “a base de apoio ao governo encontra-se ‘desaliada’ e trará mais efeitos danosos para a sociedade civil. Contudo, os inúmeros erros cometidos ainda podem ser amenizados; em alguns casos, até mesmo saneados”.

E prossegue nas ponderações: “A questão essencial é que as medidas econômicas estão corretas. Porém, faltaram medidas políticas urgentes, com vistas a reduzir despesas absurdas com a monumental máquina do governo: 39 ministérios e milhares de cargos comissionados, afora o empreguismo nas estatais. Com a efetiva redução dessas despesas desnecessárias, a população brasileira sofreria ‘apenas’ durante o ano de 2015”.

Reação do Otimista

Tem-se impressão que o otimista gosta do governo por locupletar-se com os “esquemas da quadrilha organizada”. Afinal, suas reações são patéticas, confusas ou fora de contexto. Com certeza, são militantes ideológicos a serviço da quadrilha. Vejam algumas frases “cerebrais” do otimista:

  • Vocês fala’ [sic] muito sem ‘conhecê’ [sic] nada; nunca houve uma ‘presidenta’ [sic] do Brasil ‘que nem que ela’ [sic].
  • Vai lá’ [sic] no governo Fernando Henrique ‘pra vê’ [sic] a roubalheira ‘que foi’ [sic] na Petrobras.
  • Vocês não sabem do que somos capazes!”. Ah! E como sabemos…

Reação do Pessimista

Por fim, tem-se o pessimista, que deita falações acerca dos efeitos nefastos sobre a sociedade civil. No entanto, sempre a concluir com frases que provam sua completa omissão ou falta de visão. Mas, inevitavelmente, a causar revolta no cérebro dos racionais que ainda sobrevivem:

  • Não tem jeito mesmo, o cidadão brasileiro é um animal covarde por cruza.
  • Duvido que alguém se mexa para mudar qualquer coisa, esse povinho é corrupto mesmo.
  • Viu, quem mandou votar neles?!
  • Pode falar o que quiser, mas não vai conseguir mudar nada.
  • Não adianta reclamar, sempre foi assim.

Há cidadão brasileiros que, diante desse cenário de degradação ética, moral e cultural, acreditam que está a nascer uma quarta categoria da raça humana no Brasil: o revolucionário racional.

……….

[1] Mesmo com a ideologia instalada no governo – “ajude-nos a roubar muito; nós o premiaremos” –, realizar desvio de tributos diretamente da Receita Federal é quase impossível. No entanto, dizem que é tramado por meio de processos complexos. Pelos informes colhidos na imprensa, as atividades básicas seriam as seguintes: (1) criar e organizar uma grande quadrilha, bem treinada para esse fim; (2) semear no setor público inúmeros quadrilheiros especializados; (3) realizar muitas obras e serviços inúteis, mas sempre com preço final superfaturado e sem prazo para acabar; (4) montar uma cadeia de empresas fantasmas, on-shore e off-shore; e, por fim, (5) ter doleiros e amantes de total confiança. A propósito, corre o boato da existência de pelo menos um partido político brasileiro que produz, em larga escala, expertos internacionais nesta prática.

Lorota


Por Ricardo Kohn, Escritor.

Mentira” talvez seja o verbete da língua portuguesa que tenha o maior número de sinônimos. Como se não bastassem, possui expressões com o mesmo significado e diversos adjetivos derivados. Esse fato gramatical decerto é motivado pela enorme população de mentirosos vivos no planeta.

Vale dizer, não seria “conversa fiada” admitir que “patranheiros” se reproduzem tal como ratos, pois sua taxa de natalidade é bem superior à dos seres humanos íntegros. Há quem explique esse quadro através de ditos estudos estatísticos, que teriam comprovado ser mais fácil encontrar “casais de peteiros” do que de probos. Esses estudos não passam de “mentirolas”; porém, a ilação final dos difusores desta “lorota”, é verdadeira. Um paradoxo.

Em suma, não existem as tais pesquisas ou estudos sobre esse assunto. Afirmar que algum dia foram feitos é uma “peta” sarnenta. No entanto, “casais de patranhas” são incontáveis e tem-se milhares deles acocorados nos poleiros políticos do país, a comer o dinheiro público e obrar sobre a cabeça do povo, indistintamente, nas classes rica, média e pobre.

Essa ação sistemática virou uma espécie de solenidade pública, que em breve completará 13 anos. Um número que é tido por alguns como traiçoeiro, capaz de atrair azares e desgraças [1]. Resta pensar a quem se vai dedicar, “com afeto”, esses agouros…

Todavia, a “lorota exponencial” foi inventada exatamente nos poleiros mais altos do galinheiro nacional. Para debochar dos incautos, deram-lhe um título profissional: “marketing político”.

José Saramago e a Mentira Universal

José Saramago e a Mentira Universal

No Brasil, tem-se notícia de poucos “peteiros” especializados, capazes de engendrar “patranhas” rocambolescas, num lapso de tempo mínimo, e conseguir enganar a milhões de cidadãos omissos, durante mais de uma década. Que se saiba, tal nível de produtividade da patranha nunca foi alcançado no mundo.

A mentira universal, tão bem identificada por José Saramago, chega a ser bisonha perto da “lorota exponencial”, que, uma vez deixada nos braços da mídia impura, propaga-se e destrói cérebros baldios. No Brasil, esse cenário aterrador foi endêmico até 2014. Atenção! A sociedade civil tem meios lícitos para mudá-lo em 2015!

Indicadores e tendências

Para a mídia em geral, mas, sobretudo, para a imprensa independente, o Brasil está acéfalo há cerca de 40 dias. Somente hoje acontece a primeira reunião ministerial do novo mandato. Os 39 ministros, nomeados no loteamento ministerial, estarão presentes para ouvirem. Talvez o ministro da Fazenda fale acerca das medidas de arrocho que está a implantar. Salvo duas ou três exceções, os demais, sem qualquer competência técnica para tratar de seus “lotes partidários”, nem celulares terão nos bolsos, que dirá abrirão a boca para falar.

Por outro lado, é sabido que abastecimento de água e de eletricidade estão ameaçados de extinção. O racionamento nacional de ambos deverá ocorrer em breve. A geração de vagas de trabalho tem sido ínfima e degradante. O desemprego é crescente, numa economia com tendência recessiva. A indústria segue a demitir funcionários. A inflação estoura a meta de 6,5% ao ano e continua renitente. Deverá ultrapassar o topo ainda neste primeiro trimestre. Os preços dos alimentos estão nos píncaros. O PIB é antártico!

Em síntese, o Brasil torna-se a terceira calamidade política, econômica e social da América do Sul, a seguir na mesma trilha de seus excelentes parceiros ideológicos e nada comerciais: Venezuela e Argentina, são nações quebradas por sucessivos governos incompetentes e corruptos. A ser assim, pergunta-se:

Como esta quadrilha de apátridas pensa que vai manter-se no poder? Vai armar mais lorotas exponenciais“?!

“Quero ver quem tem ‘bolas de macho‘ para enfrentar o povo brasileiro aborrecido”.

……….

[1] Não está considerada a interpretação cabalista do número 13, pelo fato de não se professar qualquer crença, mística ou religião. Professa-se apenas a lógica da realidade e a razão necessária para lidar-se com ela.

─ Não há uma prova sequer!


Em nações civilizadas, quando é descoberto um crime, tem início a sua investigação. A finalidade é óbvia: identificar quem o cometeu.Kohn - Sobre o Ambiente Mas o investigador precisa seguir um padrão lógico, tanto de raciocínio, quanto de ação, qual seja: identificar o que motivou o criminoso, com quais oportunidades ele se estimulou, e, por fim, como se beneficiou dos resultados que obteve. Desde há 400 anos, qualquer “xerife do Velho Oeste” já sabia fazer isso.

No escândalo do “Arrastão da Petrobras”, à primeira vista, os procedimentos da Polícia Federal, na histórica “Operação Lava Jato”, parecem manter essa mesma lógica. Apenas contam com o suporte de leis mais modernas e facilidades tecnológicas inexistentes no “Velho Oeste”.

Porém, vale destacar a atuação de instituições públicas autônomas, encarregadas de fazer a Justiça [1]. Embora seja a expressão do dever estabelecido, merece o agradecimento do cidadão brasileiro. Assim, até agora os resultados obtidos pelas investigações do “Arrastão da Petrobras” demonstram eficiência, sobretudo, graças à dedicação de agentes da Polícia Federal e à qualidade de juízes do Ministério Público Federal.

Há envolvidos neste “esquema” que já se encontram trancafiados: dois ex-diretores da Petrobras, diretores de grandes empreiteiras, um doleiro e um “carregador de mala”. São uma pequena amostra de dezenas de ladrões que ainda permanecem soltos.

Acontece que a Polícia Federal está no início da sua “operação de lavagem”; sequer entrou na etapa da centrifugação. No entanto, pelo que informa a imprensa livre, há indícios que, muito em breve, iniciará a bela “centrifugação de políticos imundos e respectivos partidos”, todos livres e impunes.

Todavia, já se escutam comentários de futuros centrifugáveis que confirmam a iminência dessa centrifugação. O fato mais aberrante foi a frase do Ministro-chefe da Secretaria Geral da República, ao deixar o cargo neste início de ano:

─ “Nós não somos ladrões”.

Declaração gratuita, tão esdrúxula quanto esta, é incomum na atual política brasileira. De fato, o ex-ministro entregou à boca do povo, na bandeja, “a essência do jogo sujo de sua equipe”.

Mas sempre há um outro emérito ladrão, que arma a defesa antecipada de seu “parceiro de negócios”. Imaginando livrar-se de possíveis conjecturas danosas, solta a frase lapidar:

─ “Não há uma prova sequer contra ele”.

Não precisa ser filósofo ou psiquiatra para entender o que subjaz a essa frase asquerosa. Afinal, dizer que não há prova de alguém haver cometido um crime, não nega ou prova que ele não o haja perpetrado. Trata-se sim, de prática prepotente e arrogante, que somente visa à blindagem de políticos ladrões.

Na última década assistiu-se a notórias quadrilhas de políticos contratando caríssimas bancas de advocacia. Era como se fossem enfrentar julgamentos passíveis da pena capital! Mas pasmem, só queriam inocentar seus membros pela corrupção frenética cometida. Uma vez liberados da justiça, a intenção sempre foi seguir pelo mesmo atalho. Afinal, o que sabem fazer na vida, além de desviar e distribuir dinheiro público para fortalecer sua camarilha?

A parcela do erário público roubada nos últimos 12 anos foi de tal ordem, que há incríveis milionários, verdadeiros nababos, a investir em fazendas, milhares de cabeças de gado, realizar de grandiosas construções, comprar apartamentos, lanchas e jatinhos de luxo. Investimentos que, definitivamente, nunca poderiam realizar com suas condições primitivas de trabalho.

Mas sempre haverá um “pentelho da camarilha” que se atreverá a afirmar que não há nenhuma prova contra eles. E será preciso mais o quê, diacho?! Na verdade, nada. Basta passar um pente fino nos fatos mundialmente conhecidos, confirmar a hierarquia das quadrilhas, enquadrá-los na lei e recolher seus membros à penitenciária mais segura.

……….

[1] Antes o xerife fazia tudo: investigava, produzia leis, aplicava-as e executava a justiça (na forca). No Brasil atual só há uma instituição que procede como xerife do Velho Oeste: o Tribunal Superior Eleitoral; sem a forca, é óbvio.

Vamos falar sério…


Zik-Sênior, o Ermitão.

No Paleolítico ninguém acreditava no Neolítico” – Millôr Fernandes.

Zik Sênior

Zik Sênior

De início quero deixar clara minha posição política, escrita na forma mais amena, dedicada somente a todos os corruptos e ladrões que vivem do dinheiro público:

─ “Coxinhaé a ordinária que os pariu! O meu direito de expressão dá-me a certeza dessa resposta às agressões contínuas que já sofri. “Je suis Charlie!” Isto posto, sigo ao que, de fato, interessa a todo cidadão brasileiro honesto, com visão adequada da política e, sobretudo, decente.

A política praticada na atualidade brasileira, a meu ver, é a “paleo-política”. A mesma idealizada na Idade da Pedra Lascada, há cerca de 2,7 milhões de anos. Isto por que, na era pré-histórica já existiam as súcias de homens disformes que matavam seus semelhantes a bater-lhes com pedras na cabeça. O foco era roubar-lhes a comida e os artefatos de uso nas cavernas.

Milhares de séculos mais tarde, já na Era Moderna, esse foco foi ampliado e acabou por mergulhar na mais alta sordidez política. Isso causou lutas intestinas em diversas nações ocidentais, com guerras civis, guerras pela independência e outros conflitos violentos.

Vale lembrar que, nos últimos 12 anos, no Brasil enfrenta-se contínuas e brutais extorsões do erário público e algumas mortes políticas nunca foram investigadas: foi latrocínio, foi acidente ou simples assassinato programado?

Acredito que foram as corjas pré-históricas que fundaram as primeiras ditaduras comunistas na face do planeta. E é fácil entender essa ilação: não trabalhavam; reuniam-se em grupos de saque; nos ataques às suas vítimas, tinham a surpresa a seu favor; e criavam o terror em seus semelhantes, que, mesmo a discordar, por fim se ajoelhavam, incondicionais.

Dessa forma, no paleolítico era fácil para qualquer grupelho exercer o Poder Ditatorial nas cavernas que anunciava ter conquistado “por pura competência”. Na verdade, foram conquistadas pela força de muito sangue inocente derramado.

Talvez isso explique a cor vermelha adotada como padrão por partidos comunistas da Idade Contemporânea. Eles se creem a “fina-flor da governança pública” e ai de quem discorde deles. Ressalto as ditaduras da Coréia do Norte e de Cuba: são dois desastres capitais. Contudo, em outros países, ainda existem membros vivos escravizados a essa ideologia. Ambicionam tornarem-se vitoriosos ditadores comunistas.

Por serem mentirosos repetitivos e contumazes, de modo paradoxal, nas campanhas eleitorais chegam a “jurar pela Santa Hóstia” que são “democratas”, mas sempre a falar asnices em nome do povo, como se o povo houvesse pedido tal auxílio, fosse mudo e idiota. Afinal, ao que estão a chamar com o apelido de “povo brasileiro”?!

Cheguei até 2015, próximo de completar 107 anos. Tenho hoje vários “amigos” em redes sociais que duvidam que eu realmente ainda exista. Para mim, todos são velhos amigos, gosto muito deles, sobretudo, da dúvida que têm acerca de minha existência. Existo sim, sou um número natural, inteiro, mas finito.

Enfim, cheguei ao ano de 2015 e não esperava ver meu país sendo governado por quadrilhas de cleptocratas. Sequer poderia imaginar que um dia, num jornal de televisão, assistiria a um ex-deputado federal, ao ser perguntado sobre o que achava da qualidade dos ministros que foram “selecionados pelo Planalto”, que respondesse com arrogância e vaidade:

Acho bastante normal que os “partidos da base aliada” indiquem seus melhores quadros para serem Ministros de Estado. Afinal, não precisam conhecer nada acerca dos temas que administrarão, pois serão os “grandes negociadores” de suas pastas. Assim, basta que “montem um secretariado competente”.

Sem dúvida, trata-se da visão de um ex-político desocupado que, durante a madrugada, gosta de ver o videoteipe de sua boçalidade televisionada. Vamos falar sério! Seguem as questões para uma prova de Mestrado em Ciência Política:

─ O que são os “melhores quadros de partidos da base aliada”? São os abutres que, pousados sobre a carcaça do Estado, planejam os esquemas para desvios do dinheiro público em todas as instituições e empresas públicas.

─ O que Ministros de Estado “negociadores” fazem pela a sociedade? Absolutamente nada. Apenas negociam os orçamentos públicos de suas pastas, para serem rateados entre o Planalto, a chefia e os companheiros aliados.

─ Como um ignorante pode “montar um secretariado competente”? Da mesma forma que um projetista de bombas nucleares organiza uma Olimpíada no país.

Finalizo esta crônica com a ‘derivada 1ª‘ da frase de Millôr Fernandes: ─  “Desde o Paleolítico todos os sequazes já odiavam o Neolítico”.