Cem anos de corrupção


Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior

Foi difícil enjaular o vândalo-chefe do quadrilhão! Nunca trabalhou na vida, mas, segundo fontes seguras, desde 1978 apropriava-se de dinheiro público. Naquela ocasião, era presidente de um sindicato que ele desejara haver fundado.

Após inúmeros discursos feitos para fomentar greves, sempre na porta de fábricas, reunia-se com “companheiros comunistas” em botecos da cidade. Blasfemavam, enchiam a cara e, na madrugada, saiam bêbados pelas ruas, a zurrar sua estranha “felicidade no futuro”, a qual ficava estampada no focinho de seus parceiros da cachaça.

Daqueles tempos, devo salientar, a maioria dos “asseclas companheiros” desapareceu. Tudo me leva a crer que pereceram de fome, decerto com cirrose hepática. Contudo, o vândalo-chefe não se importava com a morte de “asseclas”. Até por que, danos colaterais não afetavam sua obsessão pelo poder; na verdade, estimulavam-na. Porém, tinha a incrível certeza que deveria adotar uma nova política de ação, de modo a substituir os cansativos movimentos grevistas. Creio que queria ser dono de algo mais rentável para si mesmo. Sempre quis ter fortunas para “esbanjar“.

Assim, apostou que poderia eleger-se para um cargo público. Pensava: teria farta remuneração, vantagens pessoais, benesses monetárias à socapa, além de sala com ar condicionado e dezenas de puxa-sacos assessores! O vândalo-chefe não titubeou. Selecionou meia dúzia de “asseclas companheiros” (sobreviventes) e, em 1980 fundou o “Partido das Trevas – PTr”, do qual se autodeterminou “presidente vitalício”. Todavia, continuou a promover greves, cada vez mais violentas, com vistas a fomentar o que desconhecia: a tal “revolução do proletariado”.

Graças a essa façanha, em 1981 a justiça condenou-o a 3 anos de prisão, por desacato às leis e incitação à desordem pública. Embevecido com este fato, considerou-se “famoso”, pois fora notícia na TV, com manchete em jornais da então chamada “esquerda festiva”.

No entanto, para susto dos cidadãos civilizados – dentre os quais me incluo –, em 1982 a justiça soltou o vândalo, presidente do PTr. Foi assim que, rápido no gatilho, candidatou-se ao governo do estado. Por óbvio, não foi eleito governador. Na verdade, o notório “vândalo-chefe” terminou em último lugar, naquele pleito.

Enfurecido com o resultado, decidiu escalar a hierarquia política, nem que fosse à força. Em 1986, candidatou-se a deputado federal. Foi um dos 60 deputados eleitos por aquele estado, com direito a morar na capital federal e receber as salgadas benesses monetárias de praxe. Entretanto, de forma inexplicável, no ano seguinte (1987) o “vândalo-deputado” pediu licença da Câmara Federal. Motivo alegado: tratar de assuntos particulares […].

Desse modo, o vândalo abriu mão de ser “representante do povo” e passou a escolher, dentre seus “sequazes-comunistas”, mais membros para formar sua súcia principal. Contudo, estabeleceu uma condição a todos: eram obrigados a serem sócios-pagantes do Partido dos Trapaceiros, a gerar receita para novas corrupções.  Em minha visão, foi assim que o vândalo definiu sua nova posição na política: de “representante do povo”, passou a se vender em palanques como digno “corrupto do povo”.

Em síntese, esta foi a continuidade da Era do Vândalo, que passou a ser chamada “Era do Corrupto”. Nela o ignóbil decidiu que a melhor forma de extorquir dinheiro público seria através de campanhas para presidente da República. Então, concorreu a três eleições sucessivas – 1989, 1994 e 1998. Perdeu todas. Porém, destaco que tomou duas sovas no 1º turno (1994 e 1998). Afinal, os eleitores rejeitaram suas blasfêmias contra cidadãos que se opunham à ideologia abjeta do PTr.

Por sinal, segundo notórios analistas políticos, esta ideologia desejava implantar a cleptocracia ditatorial no país. A bem dizer, resumo-a assim: ─ “Eu roubo tudo o que quiser e vocês, proletários, assistam-me submissos e calados!”

De fato, mesmo após ser derrotado várias vezes, o corrupto ficara milionário, dado o elevado montante de dinheiro que saqueara de cofres públicos. Lembro-me que naquela ocasião não tive dúvidas, o corrupto era uma criatura bipolar: chorava copiosamente com ódio extremo daqueles que o derrotaram e, ao mesmo tempo, gargalhava ao acariciar as folhas do dinheiro que roubara. A única coisa que unia estas condutas paradoxais eram os litros de cachaça que bebia, por ambos os motivos: de um lado, pela agonia das derrotas eleitorais; de outro, pela grandeza dos desvios milionários que realizara.

Diante desse cenário da demência, a súcia principal que liderava o então bilionário PTr, decidiu mais uma vez intensificar a luta pelo poder nacional. Na imunda escuridão dos bastidores da súcia, o terrorista-chefe comunicou aos demais sequazes que, para o corrupto bêbado concorrer à presidência pela 4ª vez, todos haveriam de ser profissionais em corrupção.

─ “Nada de amadores na corrupção”, dissera ele à frenética corja que o aplaudia de pé.

Saliento que o corrupto ainda não sabia das decisões tomadas pela súcia de terroristas. De fato, permaneceu por mais de um ano bêbado – como sempre –, antes de ser comunicado sobre o ambicioso plano corruptivo, desenhado pelo terrorista-chefe – aquele mesmo, que fora treinado em Cuba por genocidas da KGB.

Em minha ótica, este plano possuía duas frentes de ataque. A primeira, destinada a eleger o corrupto-chefe como presidente da República, em 2002. Após alcançada esta meta, a segunda era aparelhar instituições federais com sequazes da súcia-terrorista. Penso que o terrorista-chefe acreditava ser capaz de garantir o PTr no poder, por pelo menos 100 anos. Isso mesmo, o terrorista estava dedicado a criar a alucinação geral no povo, durante cem anos de corrupção monumental!

Como todos sabem, este enredo criminoso quase deu certo. Afinal, o corrupto-chefe foi eleito; várias instituições dos três poderes foram magistralmente aparelhadas pela ideologia abjeta do PTr; a corrupção generalizada ocorreu como nunca dantes; o desastre da administração popular foi executado: socializaram-se várias quadrilhas públicas, que cometeram espetaculares desvios do erário, seguidos do eficaz branqueamento monetário (lavagem de dinheiro, alhures). Quanto à alucinação popular… bem, não foi centenária. Mas permaneceu contagiosa por 13 anos. Depois, evaporou-se, igual a éter.

Após um longo processo na justiça, somente em abril de 2018 o corrupto foi declarado preso por crime comum, com pena de 23 anos na prisão. Ficou em cela especial por apenas 580 dias, pois a Alta Corte, num julgamento clamoroso, impediu a prisão de condenados em juízos da 2ª instância.

Prisão de Alcatraz

Vamos usar a Prisão de Alcatraz…

Desse modo, em novembro de 2019 o corrupto foi solto e desde então, zurra em palanques sem plateia. Assumiu a função de conspirador contra o atual governo federal. No entanto, há poucos dias, o conspirador voltou a ser condenado a mais 6 anos de prisão, novamente por um tribunal de 2ª instância. Contudo, está solto, de acordo com a nova, eloquente e desastrada interpretação da lei

Em suma, a folha corrida desta criatura é hedionda: inicia-se como vândalo, durante cerca de 10 anos; na sequência, torna-se corrupto por 20 anos, um recorde; finaliza-se como conspirador da República, em início de carreira. Todavia, ainda é réu em mais cinco ou seis processos da justiça criminal. Diante disso, pergunto: ─ Qual será o destino mais provável desta criatura?

Superior Jornalismo Federal – SJF


Ricardo Kohn, cidadão brasileiro.

Diante dos sucessivos descalabros cometidos pelo Poder Judiciário nas últimas décadas, em especial por sua Excelentíssima Alta Corte (STJ e STF), torna-se necessário criar uma instituição justa, que declare, como contrapartida racional, a posição majoritária do povo brasileiro.

Trata-se de uma instituição privada, sem qualquer relação com o setor público. Assim, por óbvio, sem necessidade de pedir permissão a quem quer que seja, para que possa existir e funcionar em benefício da sociedade.

Após matutar como organizar esta instituição, ou seja, qual classe de profissionais deveria ser estimulada, cheguei a uma conclusão simples: jornalistas e comentaristas da política brasileira. Afinal, embora dispersos, dezenas de milhares deles fazem isso diariamente.

Contudo, alguém poderá questionar: ─ Para que serve esse tal Supremo Jornalismo Federal?

Minha resposta é direta: favorecer a consolidação da consciência do povo brasileiro, diante dos descalabros que, há muito, são cometidos safadamente pela Alta Corte brasileira.

Vivas a Augusto Nunes que, em minha opinião, deverá ser o primeiro presidente do SJFSupremo Jornalismo Federal.