Dólar na Cueca


Ricardo Kohn, Aprendiz de Filósofo.

Todos lembram de um assessor de deputado federal cearense, preso num aeroporto paulista, em 2012. Carregava R$ 209 mil em sua mala, além de US$ 100 mil espremidos no interior da cueca. O que me espantou, à época, foi a Polícia Federal não haver instalado uma severa “Operação Cueca”. Até por que, além do oprimido assessor, cumpridor de ordens, os reais protagonistas desse cenário eram dois políticos irmãos, presidentes PT do Ceará e do PT Nacional, uma empreiteira a sobrefaturar continuamente e o maleável Banco do Nordeste, notório pelas sucessivas corrupções de que participava.

Assim se vestia Mr. Cueca, o ladrão petista 

Assim se vestia Mr. Cueca, o ladrão petista

Após investigações superficiais do incidente da cueca, nenhum político foi preso pelo crime. Mas essa moda quase pegou, pois a cueca tornou-se meio de transporte especial de propina.

Veja, em 2018, numa estrada do município catarinense de Sombrio, um homem foi preso pela PRF quando foi constatado que carregava US$ 20 mil em uma pochete, presa à cueca. Foi conduzido à delegacia da PF de Criciúma, mas logo foi solto. Justificou que voltava do Uruguai e, como não havia achado atrativo o valor dos produtos à venda, permanecia com os dólares; vale observar, os dólares foram retidos pela Polícia Federal.

Todavia, dois eventos-cueca isolados – um, em 2012; outro, 2018 – não garantem que sejam a prática normal das quadrilhas de corruptos nacionais, ao contrário, podem ser coincidências. Neste invólucro ínfimo, por vezes malcheiroso, não cabem milhões de dólares. É pura questão de espaço, cueca não é carro-forte. Assim, por mera curiosidade, gostaria de saber qual foi o idiota que teve a estúpida ideia de usar a cueca-cofrinho para despesas pessoais – até US$ 100 mil.

A título de conselho, devo dizer-lhe: ─ Prezado idiota, com as enormes bundonas que há no Congresso, cada calcinha pode transportar, no mínimo, US$ 600 mil. Aposto que a PF nunca mandará uma parlamentar arriar a calcinha… Desse modo, você só precisa escolher o melhor partido de corruptos para realizar sua safadeza.

Abuso da Imoralidade


Ricardo Kohn, Escritor.

Interrompo minha faina literária para abrir uma discussão sobre um fato que considero sórdido: o Congresso Nacional vota uma lei para permitir que parlamentares corruptos punam o que considerarem abuso da autoridade, incluídos nesse contexto promotores, procuradores e juízes federais.

Um dos fatos mais escabrosos desse “projeto de lei” consiste em permitir que réus julguem seus acusadores e juízes, os quais, de acordo com o Estado de Direito, tenham estabelecido suas penas. Outra canalhice parlamentar – não há expressão mais adequada – é punir procuradores e juízes pela interpretação que fizerem do texto legal. Chamam a isso crime de hermenêutica.

A forma com que aceleram no Congresso o projeto de lei do “abuso da autoridade” apenas demonstra que os políticos corruptos e seus apaniguados encontram-se desesperados, diante do sério risco de habitarem penitenciárias por um longo período de tempo. Em minha visão, espero que isso aconteça o mais rápido possível, pois provas da corrupção cometida não faltam.

Não vou me alongar nesse tema. Faço apenas uma proposta objetiva. Creio que já passou a hora de a sociedade brasileira criar um projeto de lei popular: a lei para conter e punir severamente o Abuso da Imoralidade.

Sessão de socos e pontapés no Congresso Nacional

Pelo momento em que se vive


Ricardo Kohn, Escritor.

O mundo está virado de ponta-cabeça. Decisões de mandatários ameaçam o cidadão médio de todas as nações democráticas. Três casos chamam a atenção: a insanidade bélica do líder imprevisível da Coréia do Norte; a máquina de corrupção instalada no Brasil; e a estupidez ofensiva do novo presidente norte-americano.

Sobre o comportamento da Coréia do Norte não há previsões. Seu líder delinquente, além de ter iniciativas próprias, é massa de manobra de países próximos. No entanto, há o que analisar no Brasil e nos Estados Unidos.

Casa Branca, inaugurada a 1º de novembro de 1800

Casa Branca, inaugurada em 1º de novembro de 1800

O norte-americano médio possui um perfil pessoal bem definido: é inocente, acredita no que lhe dizem, dedica-se a fazer o que sabe, é sempre teimoso e produtivo, mas poucas vezes é hábil nas análises que efetua. Entretanto, é ativo na defesa de seus princípios democráticos e libertários.

Acredito que essa imagem espelha bem milhões de americanos. Basta recordar que, em 4 de julho de 1776, durante a Guerra Revolucionária (1775-1781), seus habitantes declararam a independência do jugo britânico e, naquele mesmo instante, tornaram-se uma República Democrática.

O povo americano é pragmático e luta contra qualquer decisão pública que possa submete-lo a cenários de desastre. Ouso dizer que, pela estupidez sequencial de seus recentes atos executivos, Donald Trump não ficará sequer um ano no cargo.

O brasileiro médio também possui seu perfil delineado: é metido a esperto, mente por motivos mesquinhos, crê saber de tudo, é indolente e improdutivo, adora criticar a quem acaba de conhecer. Por isso, está sempre preocupado com a defesa de seus direitos particulares, mas esquece de seus deveres diante da sociedade.

É essa curiosa criatura, filha imberbe da Nova República, que elege os membros dos poderes executivo e legislativo. Creio que há uma estreita ligação com nossa origem colonial e o tempo que o Brasil gastou para tornar-se República Independente: embora “descoberto” em 1500, colonizado durante 389 anos, foi somente em 15 de novembro de 1889 que se tornou uma república: às vezes ditatorial, outras democráticas, mas muitas vezes enredado pelo populismo porco e a corrupção pública organizada.

Palácio do Planalto, inaugurado em 21 de abril de 1960

Palácio do Planalto, inaugurado em 21 de abril de 1960

A única Constituição dos EUA foi ratificada em julho de 1788. Há 229 anos que independência e democracia caminham sólidas e inabaláveis no Estado norte-americano. Por outro lado, a última Carta Magna brasileira foi promulgada em outubro de 1988, dois séculos depois. Nos 36 anos que se seguiram ela não parou de receber “retalhos”, dada a imensidão de seus títulos, artigos e parágrafos, que só promovem controvérsias e conflitos.

O momento em que se vive é muito delicado. Assim como os norte-americanos, precisamos colocar milhões de brasileiros nas ruas, a gritar: ─ Programa Penitenciária para TodosÉ uma ordem!

Alienígenas à solta


Ricardo Kohn, escritor.

E, por fim, foi comprovado: “os alienígenas realmente existem e vivem no Brasil, instalados de norte a sul do país. Ao que se sabe, existem milhares deles à solta, a trafegar na escuridão com propósitos inconfessáveis“, diria Hitchcock.

Segundo informe de um agente especial da inteligência britânica, Mr. Ian Weaver, a Scotland Yard, com suporte norte-americano – NSA, CIA e FBI –, montou uma força-tarefa dedicada a traçar o perfil nebuloso desses aliens e realizar ações higienizadoras. O pouco que me foi dito é fruto de árdua investigação, altamente confidencial, em curso há quase quinze anos.

Conversei com o agente Weaver no The World’s End, Hight Street, Edimburg. Isso esclarece os relatos que recebi: escoceses não se dão bem com ingleses. Sobretudo, após a 10ª dose de single malt, quando ingleses são vistos como inimigos figadais.

The World’s End – Histórico Pub Escocês

The World’s End – Histórico Pub Escocês

Comíamos saladas e carnes para guarnecer o estômago. Porém, em dado momento Weaver levantou-se e seguiu em direção ao banheiro. Ao retornar ouvi sua voz exaltada:

─ “Fuck The Scotland Yard! I’m not a boy scout!

Fiquei apreensivo, pois Ian Weaver é um ruivo com quase 2 metros de altura e pesa 120 quilos, sem gorduras. Porém, recuperado pela água gelada que jogara no rosto, falou sobriamente acerca das descobertas da força-tarefa: os principais traços do perfil ameaçador dos aliens do presente, que buscam ocupar e derrotar a nação brasileira. Fez uma espécie de taxonomia dos alienígenas à solta, a qual partilho com os leitores.

1. Aparência física: os aliens são feitos de pasta mole, de massa imoral de modelar. Assumem a fisionomia que mais lhes convier no momento, desde um juiz da alta corte, passando por molusco ordinário, até chegar a ladrão de galinhas ou mesmo a uma vagabunda brejeira.

2. Comunicação: em tese, os aliens são capazes de aprender todos os idiomas falados no planeta. No entanto, são precários na sintaxe e, sobretudo, na conexão lógica entre as frases. Assim, na comunicação com terceiros, sempre resultam parágrafos sem sentido, talvez pela possível redução de seus neurônios no ambiente da Terra.

3. Habitat: tudo indica que os aliens são capazes de viver em qualquer tipo de comunidade, em especial aquelas que possuam proximidade com as vítimas que estão selecionadas: pessoas, setor privado, empresas estatais e inúmeras instituições públicas. Weaver disse ser normal que possuam vários habitats no país. Contudo, o preferencial é Brasília.

4. Alimentação: os alimentos dos aliens são variados. Depende da aparência que assumirem no momento. Por exemplo, no mesmo dia, podem almoçar em um restaurante de luxo com políticos e empresários. Mais tarde, jantar na favela, pela “amizade de negócios” que estabeleceram com o chefe do tráfico.

No entanto, pelas experiências de laboratório feitas em aliens capturados, há pelo menos dois traços comuns a todos: (i) quando roubam grandes quantias de dinheiro público, ficam enfastiados e não necessitam de mais alimentos; e (ii) canibalizam seres humanos, tanto física, quanto monetariamente.

5. Reprodução: os aliens machos evitam acasalar com as fêmeas da sua espécie. O motivo é simples. Após a cópula, elas normalmente os devoram. Dessa forma, adaptaram-se para acasalar com fêmeas humanas. Segundo Weaver, tudo leva a crer que, durante a cópula, eles transmitem sua psicopatia aos filhotes humanos produzidos. Chamam a isso de “força do amor filial”. Não se sabe ainda a causa dessa transmissão, se é genética ou fruto da manipulação mental.

6. Interesse: em suma, o interesse original dos aliens é tomar o país de assalto. Todavia, como não possuem exército, buscam a conquista por meio da falência do Estado. Tentam quebrar as principais empresas estatais. Desviam dinheiro público, pagam propina aos companheiros e enriquecem a si próprios.

A propósito, o agente Ian Weaver tem uma tese que me pareceu possível:

─ “Eles roubam para implantar aDitadura Alienígena do Proletariadono Brasil”.

7. Vícios: mesmo com todas as cruéis habilidades que praticam nos brasileiros, os aliens não são perfeitos em suas ações imorais. Quero crer que no planeta desconhecido de onde provém, não existem bebidas como cerveja e cachaça. Pois bem, o agente especial disse-me que, a começar pelo “Comandante dos Alienistas” (o molusco ordinário), 90% deles viciou-se nessas bebidas. Muitos, quando sem carro e motorista, colapsam pelas sarjetas.

Segundo o agente Weaver, o gerente da força-tarefa obteve informes que retratavam uma situação patética: o assassinato sumário de um alien municipal por uma quadrilha de aliens federais, que se considerara roubada. Houve temor que essa prática se tornasse um vício, tal a cachaça. Muito embora haja ocorrido outros assassinatos políticos, em situações bizarras de fogo-amigo, o gerente decidiu não levar as investigações adiante.

O agente especial narrou outros vícios menores dos alienígenas. Mas disse-me que, por serem menos insidiosos – aliens malhando a mulher de outros aliens; aliens cuspidores; aliens pederastas; aliens predadores –, foram arquivados para eventuais investigações futuras.

Despedi-me de Ian Weaver e deixei o pub – The World’s End – rumo ao aeroporto. Durante o voo de retorno ao Rio, integrei todas as anotações que fizera de nossa conversa. Fiquei circunspecto por dois motivos:

Como um investigador escocês sabe tanto acerca do Brasil, no século 21?

Acho de passei a crer que os alienígenas estão à solta!

Teoria Geral das Quadrilhas


Por Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior

Zik Sênior

Confesso que por décadas senti um pouco de inveja de Karl Ludwig von Bertalanffy, o biólogo austríaco que concebeu a Teoria Geral dos Sistemas (TGS), publicada em todo o mundo a partir da década de 1950. Depois que a estudei a fundo, admirado por sua simplicidade, tornou-se meu livro de cabeceira durante mais de 5 anos.

Acontece que Bertalanffy não comungava com a visão racionalista, “meio quadrada”, de René Descartes. Também não era dialético, como Georg Hegel. Sua formação era biótica, orgânica, evolutiva. Acreditava em teorias capazes de explicar todos os entes vivos e não-vivos do planeta, bem como as relações que mantêm entre si, sempre a promover a evolução dos conjuntos que formam (sistemas).

Contudo, seu objetivo principal era elucubrar uma teoria capaz de analisar e demonstrar como funcionavam as organizações criadas pelo homo sapiens. Li que Bertalanffy despendeu mais de 25 anos nesta árdua labuta.

Hoje, a tomar por base a teoria criada por Bertalanffy, assim como inúmeros cientistas, acredito que posso ensaiar a Introdução à Teoria Geral das Quadrilhas (TGQ). Afinal, cursei Ciência Política em Coimbra (turma de 1932) e consigo analisar os atos inescrupulosos cometidos por quadrilhas, que calcinaram a ética, a moral e a economia do Brasil.

─ Conceito básico

De início, é essencial dizer o que entendo por “quadrilha”, segundo a ótica da TGS:

Quadrilha é toda corja de ladrões organizados que interage para alcançar fins comuns, a construir o rolo compressor da corrupção. Ela obtém melhores resultados do que se todos os corruptos envolvidos roubassem individualmente. Assim, todo conjunto de ladrões, a agir de forma imoral, devassa e integrada, constitui uma Quadrilha. Toda sua corja tem uma única finalidade: desviar dinheiro público para negócios pessoais e, de forma abominável, quebrar bancos e empresas estatais, fundos de pensão, autarquias ministeriais e tudo mais de valor que encontrarem pela frente”.

Óbvio que se trata de um conceito pragmático. Até por que, em meus 108 anos de idade, nunca assisti a algo semelhante no Brasil ou mesmo no mundo! Nos últimos 13 anos, o Estado tornou-se presa submissa da matilha predatória de hienas esfaimadas e selvagens.

Ao aplicar a teoria de Bertalanffy, verifica-se que uma “boa quadrilha (!?)” precisa ser um sistema fechado. Caso contrário, seria defenestrada por ações da Polícia e penas de prisão aplicadas pela Justiça. No entanto, os sistemas fechados descem ladeiras sem freios, rumo à autodestruição, graças à sua entropia. São incapazes de trocar de energia e matéria entre seus elementos e de absorver novas fontes de informação.

Em outras palavras, para a quadrilha não existe a hipótese da troca de informação e dinheiro com canalhas que não pertençam às suas corjas. Assim, a quadrilha destrói-se com a perda gradativa de seu “melhores sequazes”. Seu poder de ladroagem decai continuamente, até tornar-se incapaz de atender à fúria alimentar das Hienas Selvagens

A fundação do Partido das Quadrilhas

Hienas Selvagens são aquelas que, durante os últimos 13 anos, deixaram-nos estarrecidos por um fato: devoraram a poupança do povo brasileiro, de forma sumária e descarada.

Entretanto, foram apenas três hienas que, após aplaudidas por poucos “idiotas da sociedade”, se reuniram para criar uma pequena “súcia”. A trinca visava a transforma-la numa quadrilha especial, poderosa para permanecer imune às práticas da extorsão sistemática do erário.

Em suma, esse foi o processo adotado na formação das súcias, hoje investigadas pela Polícia Federal, pelo FBI, pela Interpol e instituições internacionais que, para sobrevivência dos povos que protegem, sabem enclausurar as corjas organizadas de salteadores públicos.

Porém, importa salientar que o mesmo processo inescrupuloso das súcias foi aplicado na formação do Partido das Quadrilhas Políticas, mais tarde conhecido pela curiosa sigla PQP.

E nasceu a hiena líder

Na década de 1960, as súcias limitavam-se a promover greves e fazer badernas nas portas de fábricas. As hienas esfaimadas ainda eram bandos desorganizados, dispersos e reduzidos. Todavia, havia uma matilha profissional de hienas selvagens que vigiava os acontecimentos e decidiu aderir às badernas. Até por que, durante essa década, tentaria implantar no Brasil a ditadura do proletariado. Não entro em detalhes sobre este fato, mas, naquela ocasião, foi devidamente escorraçada pela nação brasileira. Afinal, as hienas selvagens formavam uma matilha de hienas terroristas, disposta a tudo!

Corruptela

Naquele processo entre greves e badernas, foi da escória de hienas esfaimadas que se deu a escolha doentia da hiena líder. Em minha opinião, tinha uma aparência degradante: era uma figura nanica, com cabelos hirsutos e sujos, orelhas de abano (felpudas), a pança cheia de vermes, sobre um par de pernas secas…

Não acredito que essa liderança haja sido motivada por alguma “habilidade especial” da hiena pançuda. Até por que, era preguiçoso, analfabeto, alcoólatra, imoral, mentiroso, populista, manipulador de idiotas, traidor, dedo-duro, vigarista e cafajeste. Um fenômeno da desgraça!

Ademais ─ diziam os mais interessados de sua corja ─, portava um hálito tenebroso e quase não tomava banho. Assim, num raio de 20 metros, a súcia era obrigada a inalar e agradecer seu fétido olor.

PQP assume o poder: o desastre!

A hiena pançuda – fundadora do Partido das Quadrilhas Políticas (PQP) – iniciou em 1980 a perseguição obstinada por um cargo que lhe desse “máximo poder público”. Em seus “sonhos delirantes”, via-se, de forma compulsiva, a desviar fabulosas somas de dinheiro público para “empresas fajutas de hienas selvagens”. E, claro, a embolsar significativa parcela dos vultosos roubos realizados.

─ “Porra, ninguém é de ferro…”, justificava-se, a andar sonâmbulo pelas madrugadas, no barraco em que se escondia.

Por isso, durante mais de 20 anos, a hiena pançuda azucrinou a vida política e econômica do país. Mas, mesmo assim, não conseguiu o tal cargo de “máximo poder público”. Todavia, de forma miraculosa, metamorfoseou-se: “de pobre proletário em ricaço boçal”.

Pouco após a virada para o século 21, o boçal começou a “botar as manguinhas de fora”. O PQP, que fora fundado e presidido por ele, enfim elegeu-o para a presidência da nação; deu-se início ao desastre político-econômico do país. Em minha visão, o camarada boçal confundiu tudo. Ao invés de ser um Chefe de Estado, tornou-se o “Rei do Quadrilhão”! E é evidente a explicação disso, sobretudo, à luz da teoria de Bertalanffy. Vejam.

Relembrem algumas “habilidades do boçal”, já citadas: mentiroso, populista, manipulador de idiotas, imoral, vigarista e cafajeste. Como alguém dotado dessas “virtudes” comandaria um Estado Nacional, sem destruí-lo?

Assim que, em seu primeiro ato no poder nomeou várias hienas selvagens para dezenas de ministérios amestrados; todas indicadas por seu “indefectível braço esquerdo[1]”, treinado em Cuba e na União Soviética. Vale lembrar que o “braço esquerdo” foi uma proeza de ladravaz e tornou-se o “Príncipe das Súcias do Quadrilhão”.

Bertalanffy diria que a invasão do Estado por uma gigantesca organização criminosa foi uma decisão de desesperados. Com as inúmeras súcias roubando em todas as áreas públicas, a socialização das quadrilhas não poderia dar certo em um sistema fechado.

Explico com a seguinte analogia: dispõe-se de um saco, com capacidade para receber um quilo de vermes, dedicados à tarefa de se alimentarem de um corpo morto; ao multiplicar a quantidade de vermes ou eles se tornarão antropofágicos, comendo a si próprios, ou o saco arrebentará. Nos dois cenários, a Festança do Quadrilhão de Vermes é desmascarada.

Perspectivas

Com o tempo que já vivi (108 anos) minhas perspectivas são sempre para amanhã. Não posso me dar ao luxo de formular cenários político-econômicos de médio e longo prazos. De toda sorte, guardo a certeza que, de uma forma ou de outra, com o preço que custar, a nação unida haverá de desratizar a política brasileira.

——

[1] Aliás, o indefectível hoje se encontra “guardado num presídio”, condenado por promover a ação de “súcias deletérias”, em processos contínuos de corrupção planejada, durante quase uma década.

Crime e penalidade


Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior

Zik Sênior

Trato neste artigo de temas relacionados que são polêmicos: crime, penalidade e maioridade penal. Por ter opinião formada sobre eles, apresento meus argumentos. Em síntese, mostro que as penas da justiça nada devem ter a ver com a idade do criminoso, mas com a gravidade do crime cometido.

Crimes hediondos – aqueles que requerem do autor alta perversidade e demência – não são cometidos por crianças.  “Menino de 3 anos estrupa vizinha após degolá-la” não é manchete que se leia em jornal. Nem mesmo nos países sem qualquer arremedo de segurança pública, como o Brasil.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído no governo Collor (o demente) – Lei No 8069, de 13 de junho de 1990 – clama por ser desmontado e reconfigurado com rigor. É um fato que mistura no mesmo caldeirão de fogo dois grupos muito distintos, tanto em atitude, quanto na conduta. Crianças são inofensivas e, como se assiste diariamente, adolescentes têm-se mostrado sanguinários.

ECA é uma sigla infeliz. Não faz muito tempo que se exclamava “eca” quando se via ou tocava em coisa nojenta; era gíria de meleca. E esse estatuto retrógrado tornou-se nojento, “eca!”, nocivo à sociedade brasileira. Embora haja governantes e políticos sórdidos que o manipulam de forma sistemática, a confundir os reais direitos humanos com a obrigação do cumprimento de penas adequadas.

Afinal, criminoso no Brasil recebe “bolsa-presidiário”, em média maior que o salário-mínimo do trabalhador. Isto sem esquecer do dito ex-ministro que recebeu 39 milhões de reais (em propina), por “consultoria internacional prestada de dentro da penitenciária”. No meu entender, esse é crime bárbaro, estupro da sociedade.

─ “Tudo pelos direitos humanos! Então, como fica o direito das vítimas, seu calhorda populista”?!

Não concordo que haja maioridade penal para qualquer crime cometido. A meu ver, as penas precisam ser as mesmas para todos, sem depender da idade do autor. Todavia, repito: crianças de até 12 anos são inofensivas, não cometem crimes hediondos por iniciativa própria, nem devem ser penalizáveis pela justiça. Precisam receber educação gratuita de qualidade.

A derrocada do Ensino Superior


Por Ricardo Kohn, Consultor em Gestão.

Ricardo KohnO cenário da educação no Brasil ficou assustador: escolas básicas e fundamentais, bem como universidades públicas de todo o país, foram jogadas às traças por intelectualoides. Decerto, são seres que não foram civilizados na tenra idade – como é essencial a todas as crianças –, de forma a se tornarem mais sociáveis a partir dos cinco primeiros anos de vida.

Todavia, a meu ver este cenário é um processo planejado de destruição ética e moral, cujos pilares vêm a ser erigidos há pelo menos três décadas. No entanto, é somente em 2015 que se torna mais nítido. Aliás, segundo a apologia desonesta “Brasil, Pátria Educadora”, foram subtraídos, de forma abominável, cerca de 7 bilhões de reais do orçamento da pasta da Educação.

É óbvio que se as instituições de ensino em geral já estavam em estado lastimável; se seus professores continuavam a ser muito mal remunerados; se as matérias dos cursos são as mesmas – excessivas, estanques, superficiais e até mesmo desqualificadas –, um corte desta envergadura na educação, proporcionou a derrota final do ensino na dita “Pátria Educadora”.

Causa-me perplexidade, bem como ameaça a qualquer cidadão. Até mesmo àqueles já vacinados contra “analfabetite” (um tipo de degeneração do cérebro, infecciosa e transmissível, bastante comum no atual “Brasil político“).

Contudo, vou me ater apenas ao ensino superior, pois há um excelente artigo assinado por Cláudio de Moura Castro em que ele narra, segundo minha ótica, a asnice cometida contra o aprendizado normal de alunos do ensino médio brasileiro. Em suma, o Prof. Cláudio esgota o assunto em uma página de revista (recém-publicado em edição da revista Veja[1]).

Ensino universitário a desmoronar

A imprensa tem apresentado reportagens e notícias acerca do quadro em que se encontram inúmeras universidades públicas, tanto federais quanto estaduais. Em diversos estados há professores em greve (17), alunos revoltados com a situação, reitorias invadidas, faculdades fechadas, aulas suspensas, além de salas, corredores e banheiros imundos, sem serviços de limpeza.

A Universidade de São Paulo e a Universidade Federal do Rio de Janeiro parecem ser os mais graves problemas da gestão pública neste setor. Universitários e professores tornaram-se vítimas anômicas da mesma incompetência governamental. Dessa forma, é triste, diria mesmo, repugnante, ver o cenário vigente de calamidade educacional, com clara tendência a se agravar.

Confronto na Universidade Federal de Santa Catarina: parada e sem aulas

Confronto na Universidade Federal de Santa Catarina: parada e sem aulas

Ademais, esse quadro também atinge as universidades particulares. O governo federal criou uma série de mecanismos e “siglas paranormais” que servem para financiar estudos superiores nessas instituições: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC). Contudo, para complicar um pouco o estamento burocrático, foi criado o SisFIES, que deve ser o sistema para cadastro no FIES.

Ocorre que em 2015 toda essa parafernália não funcionou. Ficaram de fora do FIES cerca de 178.000 universitários. Simplesmente, não conseguiram se recadastrar pelo SisFIES. Dessa forma, sem o financiamento contratado, os que não puderam pagar do próprio bolso, trancaram matrícula nas faculdades que cursavam.

Um conselho de político velhaco

Afinal, meus jovens, resignem-se: o prejuízo poderia ser maiorSó lhes resta aguardar o dia em que o repasse do governo federal acontecerá. Contudo, agradeçam ajoelhados e de mãos postas. Trata-se da benção dos céus economicamente corrompidos.”

Reflexão universitária

Tenho amigos de longa data que são docentes e pesquisadores em diversas universidades brasileiras e instituições de pesquisa, públicas e particulares. Temos conversado muito sobre o temporal acadêmico que está a se formar sobre a cabeça de certos governantes velhacos.

Cada um de nós tem motivo específico para manter essa conversa. No entanto, sem interferência ideológica ou partidária, fomos unânimes nas seguintes posições:

  • A qualidade do setor da Educação é o principal fundamento para o desenvolvimento de qualquer nação do mundo.
  • O tenebroso balanço auditado da Petrobras 2014, aprovado por seu Conselho de Administração, demonstrou que, pelo menos, houve desvios ilegais de dinheiro público da ordem de R$ 50 bilhões: 6 bilhões pela corrupção oficial e 44 bilhões na “reavaliação de ativos”. De fato, esta “reavaliação” significa “ativos sobre avaliados que desapareceram no ar”, ou seja, por força dos mecanismos engendrados para a corrupção subliminar.
  • Teve-se quase certeza que a corrupção descarada na Petrobras, durante 10 anos, foi maior do que seu último balanço oficial demonstra. Por baixo, estimou-se que foi da ordem de R$ 90 bilhões.
  • Teve-se quase certeza que a cleptocracia entranhada no Estado desviou dinheiro de bancos públicos, de empréstimos internacionais do BNDES, de fundos de pensão, da Receita Federal, das obras do setor de energia elétrica, das obras do PAC, das obras da Copa do Mundo, do corredor de passagem da Ferrovia Norte-Sul, das obras da Transposição do Rio São Francisco e das obras do DNIT, Infraero e outras instituições públicas de infraestrutura. O montante desta extorsão criminosa é impensável.

Mas, por fim, restou-nos a indagação: ─ “Por quais motivos no Brasil a evolução das ciências, das pesquisas, das universidades e do ensino superior está a sofrer a mais catastrófica decadência de sua história?”

……….

[1] O título do artigo é “O pior ensino médio do mundo?” Observo que Cláudio de Moura Castro é Doutor em Educação, pela Cornell University, USA. Caso tenha interesse em ler seu artigo, encontra-se publicado na edição 2424 da Veja, referente a 6 de maio de 2015.

O que é a corrupção brasileira


Por Ricardo Kohn, Escritor.

Ricardo KohnEm breve, a descoberta da corrupção articulada na Petrobras, realizada pelas investigações da Operação Lava Jato, fará seu primeiro ano de idade. Muito embora, a corrupção já estivesse em operação contínua e sistemática há cerca de 10 anos, contando com quadrilhas bem treinadas, a partir de 2003.

Dessa forma, a 4ª petroleira do mundo, que fora orgulho brasileiro, tornou-se cassino de cartas marcadas, de roletas viciadas. Os resultados foram óbvios: somente ganhou a banca e os apostadores em suas ações, aterrorizados, perderam bilhões de dólares, dentro e fora do Brasil.

Como efeito imediato desse hediondo crime internacional, o substantivo “corrupção[1]  ganhou mais “eloquência”, tornou-se nítido para o povo a partir dos governos petistas que se sucederam nos últimos 12 anos.

A corrupção não é obra de classe social (rico ou pobre), de etnias (índio, branco ou negro), do sistema econômico de governo (livre mercado ou comunismo) ou do sistema político de Estado (democracia ou ditadura). Por si só, esses aspectos não fazem corrupção. Entretanto, de forma empírica, é possível ver, com certa clareza, a correlação positiva entre corrupção e ditadoresque se dizemcomunistas.

Em suma, o ato de corromper não é fruto de capitalismo e proletariado, pois são “artes pré-moldadas por um filósofo burguês do século 19, que se acreditava economista revolucionário”. Por sinal, suas “artes” foram demolidas várias vezes pela realidade factual do mundo. É falta de argumento quem inventa esta falácia, em pleno século 21!

Em minha opinião, a “corrupção moderna”, que humilha gravemente a nação brasileira, é um processo realizado por matilhas de indivíduos espertos, devassos e moralmente degradados. Digo ser fruto de pessoas que se organizam com foco exclusivo em enriquecerem às custas do dinheiro público; seja qual for o preço e crimes paralelos que acharem necessário cometer – torturas, assassinatos, tráfico de drogas, que mais posso imaginar…

Afinal, após quase 12 anos de suborno sistemático e distribuição de propinas, embora com o país à beira da bancarrota, com milhões de miseráveis, de cidadãos que sobrevivem à míngua, seus líderes, infiltrados na máquina do Estado, estão biliardários e, em tese, não precisariam extorquir mais nada.

Desconheço meios educados para acabar com a sangria dos cofres públicos. Porém, sem dúvida, uma profunda reforma estrutural dos Três Poderes é passo fundamental e inadiável. Mas não sem antes, com extrema eficiência, varrer da face da Terra os pulhas que ainda lideram este grande assalto ao Brasil.

Em tempo: Não se esqueçam de recuperar o patrimônio que roubaram, incluindo o de seus familiares. Esse patrimônio pertence ao povo brasileiro!

……….

[1] Segundo dicionários da língua portuguesa, o substantivo feminino “Corrupção”, do latim, corruptione, para a área política, significa 1. Ação de corromper ou de se corromper. 2. Efeito de corromper ou de se corromper. 3. Depravação, devassidão. 4. Suborno. 5. Desonestidade, fraudulência. 6. Degradação moral. 7. Perversão. 8. Adulteração, falsificação.

Babuínos e Petralhas: irmãos de sangue


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Sempre tive interesse em conhecer o continente africano. Queria saber por que sua evolução foi lenta nos últimos três séculos, o contraste entre suas nações, talvez derivado da cultura dos povos que o colonizaram. Ingleses, franceses, portugueses e holandeses usaram a África como se fora uma torta recursos ambientais valiosos a ser fatiada, de acordo com fome de cada reino dominante.

Pelo que me foi dado a ler, a cultura holandesa foi a menos gananciosa. Ao contrário, deixaram marcas indeléveis de sua capacidade de produção, de comercio internacional e da arquitetura na bela Cidade do Cabo, África do Sul.

Vista panorâmica atual da Cidade do Cabo, cidade-irmã de São Francisco e Rio de Janeiro

Vista da Cidade do Cabo, cidade-irmã de São Francisco e Rio de Janeiro

Um pouco perdido como Bartolomeu Dias[1], no entanto, vincado pelo ímpeto de construir, próprio de Jan van Riebeeck[2], em 1989, juntei-me ao grupo de amigos que decidira navegar em comboio até a Cidade do Cabo, a descer o Atlântico e entrar pela Baía da Mesa.

Não conheceria o continente inteiro, mas já me bastava passar alguns dias numa das mais belas cidades do mundo, entranhada entre rochas milenares e vegetação africana. Queria sentir a expressão intensa de seu ambiente e o apelo cultural citadino. Sem dúvida, uma herança neerlandesa e, posteriormente, inglesa.

Desde a entrada na barra da baía, nosso comboio foi recepcionado por barcos de salvamento da marinha sul-africana. Decerto, avistaram a bandeira portuguesa à proa e seus marinheiros nos saudaram com acenos amistosos e apitos de convés. De facto, um carinho inesperado. Nelo e eu nos emocionamos, como de hábito.

Ao chegarmos ao centro da cidade já iniciara o anoitecer. Restava-nos comer um bom peixe assado e agendar o dia seguinte. Combinamos percorrer a cidade a pé, a sentir a alma do povo capetoniano; passar nossas rudes mãos nas paredes de prédios antigos e apalpar a obra do arquiteto; por fim, saber das lendas e mitos populares, caso ainda as tivessem.

Magnífica vista noturna da Cidade do Cabo – Cape Town

Magnífica paisagem noturna da Cidade do Cabo – Cape Town

No alojamento de pescadores, Nelo disse-me que concordara com o grupo, mas tinha outros factos que o motivaram para fazer aquela viagem: desejava conversar com os cientistas que, há 5 anos, faziam pesquisas sobre o comportamento dos babuínos, invasores selvagens que saqueavam casas e pessoas da cidade. Nessa circunstância, decidi acompanha-lo; avisamos ao grupo de nossa opção.

Pela manhã seguimos até a prefeitura, que nos deu permissão para conhecer grupos de babuínos. Porém, sempre com um biólogo que participava das pesquisas. Entrementes, avisaram-nos de pronto: ─ “Não levem nada que seja comestível”.

David, biólogo da prefeitura, explicou melhor: ─ “Babuínos invadem carros parados, roubam bolsas e pacotes de turistas abestados. E o mais grave: são agressivos, entram em conflito com as pessoas”.

Os babuínos ladrões

Seguimos por uma estrada em direção ao que parecia ser um subúrbio rural da cidade: menor número de casas, terrenos bem amplos e várias plantações de eucalipto para corte – habitat excelente para os babuínos, segundo David.

Nelo e eu notamos que havia pessoas fardadas nas laterais da estrada. Eram jovens que tinham nas mãos uma, digamos, “vara de marmelo”. Não foi difícil perceber o que faziam: eram os “monitores da prefeitura” a afugentar os babuínos que atacavam carros parados de turistas. Bastava apitar e brandir a vara no ar que os selvagens se afastavam um pouco.

Ecologia dos babuínos

Saímos da estrada por uma via vicinal e logo encontramos um casal de cientistas. Estavam entretidos com binóculos, à cata de primatas. Falaram-nos acerca da ecologia dos babuínos, às vezes com termos técnicos que não compreendíamos. Nelo ficou boquiaberto com o conhecimento que possuíam. Mas, em suma, foi isso que entendi sobre os dito-cujos:

  • Grupos distintos deste primata são sociáveis entre si. Mas eu iria além: “são muito associáveis quando diante de bens alheios”.
  • Os grupos de babuínos se locomovem sempre e com grande rapidez. De tal forma, que parecem ser milhares deles, quando na verdade, de acordo com o último levantamento efetuado pelos cientistas, somam apenas 380 indivíduos. Assim, vou além: são enganadores e peteiros.
  • Há grupos deste primata que dormem cada noite em novo local. E é fácil de explicar: esses são osbabuínos perigosos”, procurados pela polícia do país.
  • Todos os babuínos da região possuem características similares às espécies silvestres cuja existência depende das atividades humanas, como hábitos de alimentação, descartes, etc. – espécies peridomiciliares.

A meu ver, o interesse do casal de cientistas era manter sua pesquisa ativa pela eternidade. Não me pareceram preocupados com a “formação das quadrilhas de babuínos” e as ignóbeis consequências sobre a população da Cidade do Cabo.

Flagrante do macho babuíno roubando uma cidadã

Flagrante do macho “petralha” a roubar uma cidadã indefesa

Já nas conversas com os monitores da prefeitura, enfim soubemos dos reais problemas causados pela arruaça desses primatas, ladrões quase humanos. Faço uma pequena síntese dos factos que nos foram narrados:

  • Babuínos invadem residências, ameaçam as famílias moradoras e roubam alimentos. Os mais jovens ficam sobre muros e telhados, de vigia, a fazer estardalhaço. Os machos adultos que lideram o bando são os ladrões mais violentos.
  • Babuínos adultos são mais agressivos com mulheres e crianças em suas casas. Ainda assim, os cidadãos locais não têm o hábito de abate-los. São muito raros os casos de fuzilamento de líderes.
  • Babuínos cercam carros parados nas estradas e tentam expulsar seus ocupantes. Roubam tudo o que encontrarem no interior do veículo e mostram os dentes em sinal de ameaça.
Babuínos saqueadores na Cidade do Cabo

Babuínos saqueadores na Cidade do Cabo

  • O comportamento agressivo e violento dos babuínos intensificou-se nos últimos 4 anos. A maioria dos monitores prevê um ataque em massa de todos os grupos deste primata deletério. Ou seja, o ataque de um “exército de babuínos” sobre a cidade do Cabo. Para isso, basta ter um único chefe, o macho Alfa.

Sugestões revolucionárias

De volta a Praia das Maçãs, loucos para descansar, nosso grupo de amigos permaneceu dois dias em silêncio. Estávamos parvos com o que viramos na Cidade do Cabo. Porém, Quincas, meu neto postiço, promoveu uma reunião para debatermos o assunto. “Quem sabe não poderão dar sugestões para auxiliar na solução dos problemas?”, ponderava ele.

Fui eleito “cozinheiro do evento”. Preparei uma bela caldeirada de frutos do mar para acender os velhos amigos. O vinho ajudou bastante, não tenho dúvida. Todavia, meus medos fizeram vinculações entre a Cidade do Cabo e o Brasil. E posso explicar.

Enquanto Nelo explanava como trancafiaria os machos adultos de babuínos, a descrever as armadilhas a serem usadas, minha mente estava no Brasil, país em que vive minha família. Afinal, recentemente o molusco fez ameaças de “soltar seu exército de petralhas nas ruas do país”, para lutar contra os movimentos democráticos que pedem a saída imediata da “anta soberana”.

Não posso negar que associei grupos de babuínos às quadrilhas petralhas. As imagens das ações de ambos pareceram-me semelhantes, senão idênticas:

  • Adorar bens alheios versus roubar bens públicos.
  • Cercar residências para aterrorizar as famílias versus aparelhar a máquina pública para aterrorizar a nação.
  • Roubar alimento nas geladeiras versus roubar cofres de estatais.
  • Mentir e enganar desbragadamente, ambos o fazem.

Creio que já relatei o suficiente, embora haja outras semelhanças que deveria mostrar. Porém, sintetizo:

  • Babuínos e petralhas são irmãos de sangue. Os primeiros, definham se não roubarem bens das famílias. Os segundos, odeiam ao povo, que anseia sua saída do governo que capotou, quebrado.

……….

[1] Chamado de “o explorador”, diz a lenda que, em 1486, o português Bartolomeu Dias contornou a ponta sul do continente africano a caminho das Índias e relatou aquelas terras ao Rei. Isto é babosice! Porém, de toda forma, duas coisas devo lembrar: Bartolomeu era, de facto, uma “besta quadrada”, pois nunca quis saber por onde passava; e estava esfomeado para garantir ótimos resultados monetários de “seus negócios indianos”.
[2] Jan van Riebeeck foi o navegador holandês que, em 1652, rumo a Índia, criou um porto de apoio na Baía da Mesa e estabeleceu o primeiro assentamento europeu permanente na África do Sul, dando origem a Cidade do Cabo. Hoje é uma urbe industrializada, com quatro grandes centros comerciais, porto e aeroporto internacional privados, bem como transporte público de qualidade.

Novo pacote anticorrupção


Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior

Zik Sênior

Em minha opinião, louco é todo cidadão que, aos olhos dos passantes, parece estar vivo, mas abandonou a vida, de fato. Só enxerga a si próprio e a seus interesses particulares, ainda assim, de forma transtornada. Acha-se rei (ou rainha), mas não passa de demente vagabundo.

Há inúmeros exemplos desses loucos a atuar no Brasil, visando à mudança do sistema político e econômico: desejam tornar o país em uma ditadura comunista, com alguns deles a coçar o saco para dar segurança aos pretensos donos do poder.

Seguidos por bandos de ovelhas pagas, autodenominam-se “líderes de movimentos sociais”. Nesse caso, destaco o MST e o MTST, que parecem estar financiados por propina pública. Na verdade, são raivosas hordas de baderneiros, dementes capazes de cometer as maiores atrocidades, sempre em “defesa da ideologia” que seus líderes juram acreditar.

De acordo com o que diz a mídia, João Pedro Stédile e Guilherme Boulos, líderes do MST e do MTST, respectivamente, são milionários que comandam miseráveis. Vejo somente uma fórmula para que essa versão seja verdadeira:

  • Recebem a propina pública para realizar turbas; oferecem tubaína e sanduíche de mortadela para que vândalos atuem na destruição de propriedades privadas e públicas; ao fim, embolsam o grosso da propina, recebida para comandar badernas. Dessa forma, vivem engalfinhados nas tetas do desgoverno petista.

Assisto bastante a programas de televisão que tenham bons mediadores, onde posso acompanhar a opinião de analistas sobre o atual cenário político e econômico brasileiro. Alguns, não tenho dúvida, são notórios especialistas nesta matéria. Cientistas sociais bem formados, com larga experiência em trabalhos analíticos para o diagnóstico do cenário atual brasileiro e a posterior formulação de seu cenário futuro.

Todavia, observo que poucos são o que analisam a cleptocracia institucionalizada nos três poderes. Há sujeitos que chegam a afirmar que a corrupção é uma questão de somenos importância, secundária. Ave César, ave ladrões!

Pois, penso bem ao contrário e argumento. Basta verificar a absurda quantidade de escândalos e roubos públicos que se sucederam nos governos do PT com “seus partidos alugados”. Por serem muitos e sistemáticos, chegaram a atingir ao incrível “nível de qualidade corruptiva” alcançado no Petrolão, quase impossível de ser desvendado.

Não fora a ação eficaz do FBI brasileiro, completada pela justiça dos “Estados Unidos do Paraná”, e a nação brasileira decerto assistiria a Petrobras, antes a 4ª maior petroleira no mundo, tornar-se, em apenas 8 anos, uma caveira de burro: inútil, depauperada, seca para fazer face aos investimentos futuros e sem governança corporativa.

Mas, em verdade, ninguém sabe ao certo em que estado de decomposição ela se encontra hoje, sobretudo com um “pau-mandado” em sua presidência, completo idiota em matéria de óleo e gás. Até mesmo eu sei bem mais do que este subserviente. Mas vejam o que nos espera.

A imprensa divulgou que o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras tem investimento para o período 2014-1018 previsto em US$ 206,5 bilhões, um montante maior que o da Exxon Mobil, a maior petroleira do mundo. Esse valor tenebroso ainda hoje consta do site da Petrobras e o idiota acredita que consegue realizar.

Fiquei a pensar e me pergunto: esse investimento, em obras paquidérmicas, não teria sido “inventado” para que a “quadrilha do PT” pudesse corromper, roubar e distribuir muito mais? Fica esta questão, que me dá coceiras para especular. Mas lamento o estado da gigantesca cadeia de fornecedores que talvez atendesse a Petrobras de forma honesta, sem os ditos 3% para o PT.

Finalizo. A presidente, claro que com a permissão de seus ‘superiores‘, comunicou, em “cadeia de vaia nacional”, que encaminhará outro “pacote anticorrupção” ao Congresso. Igual ao que o apedeuta Lula enviou em 2005 e fez grassar o sistema corruptivo em toda a máquina do Estado. Tudo isso virou a Comédia da Imoralidade.

Que audácia, a de um “corrupto-extorquidor”, afirmar, nas minhas barbas, que vai acabar com a corrupção que ele próprio comete sistematicamente!

Martírio naval: o ocaso da Petrobras


Ricardo Kohn, Consultor em Gestão.

Sem dúvida, nada entendo de navios, sejam particulares, mercantes, científicos ou de guerra. Apenas sei que são pesados, possuem cascos possantes, um deque principal, e podem ter vários deques secundários, em parte submersos, abaixo da linha do mar.

No início do século 21, tive a oportunidade de conhecer um moderno navio francês, destinado à aquisição de dados sísmicos (foto abaixo). Embora estivesse a trabalho para a empresa que o utilizava na costa brasileira, guiado por dois tripulantes, fui apresentado à tecnologia de ponta instalada nos 6 deques submersos.

Moderno navio para levantamento de dados sísmicos off shore

Moderno navio para aquisição de dados sísmicos off shore

Ao fim, houve uma comemoração a bordo: pães, frios, queijos , vinhoschampanhe francês. Recebi, como prêmio por serviços prestados – o que agradeço até hoje –, uma medalha prateada, com a imagem gravada deste navio:  medalha pesada como uma âncora.

Através desta experiência, é lógico deduzir que se um navio estiver aportado em um cais, é por que suas âncoras foram lançadas. Navios de maior porte podem exigir várias âncoras, todas presas a eles por pesadas correntes de aço.

O binômio “âncora e correntes” possui seu peso calculado de forma precisa por engenheiros navais. E esse peso é específico para cada navio, de forma a mantê-lo firme junto ao porto ou fundeado, a flutuar sobre as águas, como na foto. Entretanto, é evidente que este peso não pode fazê-lo adernar, muito menos naufragá-lo.

Atualmente, esse cálculo é bem simples e preciso. Há muito tempo que a engenharia naval criou critérios, parâmetros e fórmulas para fornecer o peso da “âncora e correntes” de forma automática.

Porém, pensem nisso: ─ Mas se este cálculo fosse feito por uma quadrilha de ladrões navais? Será que saberiam balancear o peso das âncoras e correntes requeridas por um grande navio?

navio Petrobras

O investimento no aumento da produtividade de uma empresa petroleira é o que a faz manter-se no disputado mercado internacional de óleo e gás. Pode-se fazer uma analogia: investir de forma produtiva, significa garantir o crescimento gradual do casco e dos deques da petroleira, bem como, sobretudo, de suas “âncoras e correntes”, para que aporte com destaque em qualquer cais do furioso mercado competitivo mundial.

O que foi descoberto na Petrobras, através da operação Lava Jato, é que houve investimento pesado no casco da empresa, não há dúvida. Porém, bilhões do dinheiro público que eram para ser investidos em “deques submersos, âncoras e correntes”, invisíveis aos olhos do povo brasileiro, foram desviados de forma organizada e criminosa por uma quadrilha de ladrões navais“.

O cenário atual da Petrobras mostra que ela se encontra à deriva nas águas do mercado internacional, sem condições de aportar em qualquer cais do mundo. Pode estar em linha de choque com rochedos. Pobre de sua tripulação e da multidão de seus fornecedores. Afinal, seus deques submersos, âncoras e correntes foram surrupiados e transformados em propriedades particulares: fazendas, milhares de cabeças de gado, aviões, caras obras de arte, residências e apartamentos de luxo, carros importadosinvestimentos em lavanderias off shore e, decerto, coisas bem leves como punhados de diamantes.

Uma lista, uma análise e uma pergunta: Cadê o Poder Executivo?


Da Veja on line, por Reinaldo Azevedo.

Ah, que delícia! O segredo de aborrecer é mesmo dizer tudo, né? Quando se diz antes, então, tanto melhor. Ontem — sim, nesta quinta! —, escrevi aqui um post em que expressava, com certa ironia (para bons leitores), a minha curiosidade sobre quantas pessoas da “Lista de Janot” seriam ligadas ao Poder Executivo, este que é chefiado por Dilma Rousseff.

Voltem à lista no post anterior. Só há dois nomes ali que tiveram função relevante no Executivo: Edison Lobão e Gleisi Hoffmann. E apenas ele foi ministro do governo Lula, que é quando o circo de horrores prosperou na Petrobras pra valer.

Assim, vejam que coisa fantástica. Por enquanto ao menos — vamos ver o que mais virá, se vier —, o escândalo do petrolão teria sido, então, uma maquinação de empreiteiros e de funcionários corruptos da empresa para beneficiar parlamentares, na sua maioria, do PP, que, como sabemos, é o partido que comanda os destinos da República, né???

Continuar leitura na Veja

Matricule-se na UFCor


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

Escrevi para o blog uma sátira intitulada “Ministério da Corrupção”. Zik Sênior, por sua vez, redigiu de forma brilhante a crônica “Ladrão-Geral da República”. Mas não é que recebi um convite do Brasil, a oferecer matrícula gratuita em uma Universidade Federal, a UFCor?

Abri o envelope da missiva ansioso e entusiasmado. Afinal, por que motivo, aos 96 anos, um português receberia um convite d’além mar para cursar uma universidade noutro continente?

Tudo me levava a crer que se tratava dos tais “cursos à distância”. Entrementes, pude ler que era um curso presencial, com três anos de duração. Por ser intensivo, com aulas teóricas e práticas, tinha 10 horas de dedicação diária. Diz a propaganda do curso que, ao fim, promove seus alunos com o título de Ph.D. em Corrupção! Formidável a autêntica brasilidade vigente naquele país…

Recostei na poltrona e devaneei, a observar as antigas estantes de livros. Obras que ganhei de velhos amigos ou adquiri com meu trabalho de pescador. De facto, dentre as mais de 4 mil obras que reúno na biblioteca, não há sequer uma que ensine a como ser um “corrupto de qualidade”, que dirá um Ph.D. nesta matéria.

Aos poucos entendi como pode um cidadão brasileiro, experto em analfabetismo funcional, receber “de forma heroica” 27 diplomas de Doutor Honoris Causa, sem ter concluído o 1º Grau.

Dizem por aqui que a UFCor já existe no Brasil há décadas, mas a ementa de seu curso de doutorado profissionalizante vem a ser aperfeiçoada desde 2003. Hoje possui cadeiras que sempre foram negligenciadas, tais como: “aprenda a montar quadrilhas públicas”, “saiba fidelizar seus quadrilheiros“, “como instalar e operar empresas de fachada”, “como negociar em paraísos fiscais”, “saiba extorquir empresas privadas”, “a lavagem de dinheiro para profissionais”, e muito mais.

Doutor Honoris Causa

Doutor Honoris Causa

No convite que recebi encontra-se a “Lista de notórios Acadêmicos” que ministram o curso. Sem dúvida são “especiais”, procurados pela polícia de diversos países. Lembra a tal da “Lista do Janot“.

Porém, a propósito, UFCor é a sigla de Universidade Federal da Corrupção. Mas me responda uma coisa: quem é o seu Reitor Vitalício, o paraninfo obrigatório de todas as turmas, e Decano da Corrupção?

Fiquei a saber…


Ricardo Kohn, Escritor.

Hoje fiquei a saber do seguinte boato: a lista dos “fregueses denunciados (54)” pelo juiz federal Sérgio Moro, enviada para a Ricardo KohnProcuradoria-geral da República, é bem mais completa do que a “listinha para investigações (28)” que acaba de ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal pelo excelentíssimo procurador-geral, Rodrigo Janot.

Isso leva-me a crer que a lista dos futuros “investigados” (nunca serão denunciados) antes teria sido “filtrada” com maestria por uma “insinuante comissão de asseclas”, extraídos da nata da quadrilha do Petrolão. Somente a partir disso, a lista foi rubricada e assinada pelo senhor procurador-geral. Aliás, disse ele que “passou um pente fino”, mas nada encontrou contra o “casal de morubixabas”. E ainda se felicitou por isso! É um acinte às esperanças do pobre cidadão brasileiro.

Hoje também fiquei a saber que existe no Chile um furioso estrato-vulcão, o Llullaillaco, com cratera a 6.740 metros de altitude. Segundo uma lenda atribuída aos índios mapuche[1], “es un volcán que expele mierda caliente y limpia”. Porém, pelo que conheci e pesquisei, os mapuche respeitam como deuses do fogo os 28 vulcões que emergem do solo chileno. Acho que parte desta história deve ser outro boato.

    O amanhecer de Llullaillaco, por Lion Hirth

O amanhecer de Llullaillaco, por Lion Hirth

Por fim, fiquei a saber hoje que no Brasil há um pequeno monte que emite ruídos desagradáveis e cheiro pungente de enxofre, o Llullapatranha. Tem a garganta profunda situada a 1,5 metro de altitude e suas explosões derramam-se sobre seu sopé, mesmo quando usa megafone.

Segundo a lenda inventada por seus patéticos adoradores, está prestes a entrar na grande erupção final. Mas, ao contrário do que nos querem fazer acreditar, vai diluir-se em filetes de “mierda caliente”, que se desvanecerão pelas fétidas redes de esgoto do país. Não deixará vestígios de sua existência. A ser assim, fiquei a saber que essa história é uma notável predição.

……….

[1] Mapuche ou “gente da terra” são o povo indígena que ainda habita nos Andes chilenos.

Vagabundos invadem o Rio


Ricardo Kohn e Cláudia Reis, a quatro mãos.

Ontem, 1º de março de 2015, tivemos um bom domingo, até com temperatura amena. Coincidiu com mais um aniversário da cidade do Rio de Janeiro, que completou 450 anos. Parabéns à cidade que, por pura incompetência pública, vem sendo destruída [prostituída] por suas sucessivas prefeituras há 46 anos, desde 1969.

Porém, vamos ao assunto. Não sabemos por que a soberana veio ao Rio para as “festas da cidade“. Mas acreditamos que chegou cercada por carros blindados e escolta de policiais em motocicletas pesadas, com a sirene aberta. Tal como foi hábito de seu criador, o apedeuta.

Porém, em frente ao prédio onde moramos, foi estacionado um ônibus, com vidros negros e opacos. Era parte do pelotão municipal encarregado de dar segurança à matrona oficial. Seu motorista, com o veículo em ponto morto, pisava no acelerador sem parar, a roncar o motor, cada vez mais alto. Os ruídos infernais invadiram todos os prédios próximos.

Quartel da força de segurança, com "clima de montanha"

Quartel da força de segurança da soberana: “clima de montanha”

Vários moradores dos prédios severamente impactados pelo barulho começaram a gritar para que o motorista deligasse o ônibus. Mas nada aconteceu. Durante cerca de 15 minutos os apartamentos foram invadidos por roncos alienígenas. O ônibus parecia uma nave intrusa estacionada, múmia marciana a bufar agressiva como delinquente ameaçadora.

Cláudia, que é uma pessoa calma e equilibrada, diante dessa agressão, ficou possessa com o ruído incessante na rua tranquila. Foi assim que decidiu enviar uma mensagem para a rede social de que participa o “esperto prefeito“. Todo esse desconforto, sentido por diversas famílias, era em troca da “segurança à soberana de republiqueta”, em visita ao Palácio da Cidade. Afinal, o quê a atemoriza tanto? Tem pavor de quem? Por quais motivos?

Para este artigo, redigi destaques em azul, acerca de como penso que deva ser tratado o desacreditado “esperto prefeito” e sua “proba soberana“. Dessa forma, segue a mensagem enviada por Cláudia:

Prefeito Eduardo Paes

“Nada contra as comemorações natalícias da cidade, na qual infelizmente nasci. Digo assim, pois não aguento mais tanta anarquia e baderna na rua em que vivo, em função das festas que você realiza no Palácio da Cidade. Mais parece a boate em que se tornou a sua prefeitura! [Penso eu: uma provável casa de massagens negociais].

“Hoje, em especial, a prefeitura resolveu tomar a Rua da Matriz e, neste exato momento, há um ônibus lotado de guardas municipais. Sou obrigada a sentir o cheiro de óleo queimado e um barulho infernal. Na porta do meu prédio, de frente para as janelas do apartamento, o veículo está com motor ligado todo o tempo. Faz um ronco enorme para que esses “trabalhadores” descansem em ambiente fresco pelo ar condicionado. [Penso eu: Prefeito, uma pergunta rápida, até a sua guarda também gosta de frescura?].

“Já pedi com educação para desligarem o ônibus, mas não adiantou. Mandaram-me falar com o prefeito. Isso é total absurdo. Eu, na minha casa, pagando impostos, é que tenho que ficar com as janelas fechadas? [Penso eu: por que, caríssimo prefeito, você próprio não dirige esse ônibus de esterco para a frente do Batalhão de Polícia, que fica na porta de seu Palácio? Devo dizer-lhe, faz tempo que você esgotou a paciência da cidade!].

“Peço que você tome as devidas providências, imediatamente. O Rio em que nasci morreu há tempos, por força de tantos desmandos e pela total falta de respeito a seus cidadãos.

“Vivo em uma rua residencial, que já sofre bastante durante a semana com o movimento da Escola Britânica, para a qual nunca deveria ter sido autorizado o acesso por essa via. Hoje é domingo, prefeito [estúpido]. Idosos e crianças moram aqui. Cadê seu respeito à lei e seu mínimo instinto de civilidade?!

“A sua “Presidenta” não deveria causar transtornos aos moradores de Botafogo. [Penso eu: para ter uma garantia mais efetiva de sua já ameaçada segurança pessoal, após cumprir 4 anoscomo poste de seus apaniguados‘, a soberana somente deveria chegar ao Palácio de helicóptero, camuflado e blindado!].

“Vou continuar insistindo com você, prefeito [excelência de merda, penso eu]. Tire esse ônibus da frente de meu prédio ou mande trabalhar quem está no ar condicionado. Não existe outro espaço para esse povo ficar? Lugar de polícia municipal é na rua, a patrulhar, e não a se refrigerar dentro de ônibus. Ainda por cima, você está poluindo o ar que respiramos!

“Aliás, prefeito, por que sua guarda não “bicicleteia” pela cidade. Essa não é a sua campanha favorita? [Penso eu: pintar as mais equivocadas e estúpidas ciclovias do Brasil, sem respeito ao trânsito e aos idosos]. Vamos poluir menos, sem distúrbios sonoros e contaminação do ar! [Penso eu: afinal, somos ou não a tão proclamadacidade verde”?].

“Programar essa farsa [hipócrita e cínica, penso eu], no dia do aniversário da cidade é uma lástima! Vê-se que o Rio encontra-se à mercê de políticos incompetentes e não da cultura de seus habitantes – como sempre foi em seus tempos áureos. Isso é muito triste; é apavorante ver nossa cidade invadida por ignorantes.”

Resultado

Após cerca de 20 minutos de tortura cidadã“, proporcionada pela emissão de gases e ruídos do ônibus, o motorista foi autorizado a desligar a máquina da segurança. Enquanto isso, por óbvio, o “poste soberano” era vaiado pelo povo na entrada do Palácio da Cidade: “Fora Dilma! Fora PT!”. Até quando este estado de coisas vai durar?…

Ladrão-Geral da República


Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior

Zik Sênior

Acredito que liceus, universidades e bibliotecas são as principais instituições responsáveis pela Educação da Humanidade. Contudo, não basta que um país as possua em abundância.

É essencial que as crianças cheguem aos liceus já “civilizadas de casa“, de preferência por seus pais. Falo baseado em minha própria história de vida, filho de pais pobres mas educados.

Creio que a “civilização infantil” deve ocorrer até os 5 anos de idade. Dela resultam a curiosidade pelo conhecimento, interesse por descobertas e capacidade de memória. Caso a civilização seja bem feita, haverá maior chance de as crianças, ao chegarem à adolescência, concluírem os cursos que selecionarem – da graduação ao doutorado, se assim for seu desejo.

A partir de então, resta-lhes adquirir cultura para a vida, através de vários expedientes. Porém, sem parar de usar as boas e gratuitas bibliotecas públicas. A preguiça e o desinteresse pela leitura geram graves desvios cerebrais que, em minha opinião, são próprios de adultos que não foram civilizados na infância.

Creio que a assertiva sobre “desvios cerebrais”, associados à falta de leitura e da “civilização na infância”, deva ser estudada com mais afinco pelas ciências envolvidas. Tenho como tese que os cérebros da maioria dos indivíduos que não viveram esses processos também funcionam, porém, com fins degenerados e, não raro, delinquentes. Enfim, tornam-se as flores do mal, conhecidas pelo mundo afora.

Há inúmeros cenários de guerra no mundo, passados e presentes, que justificam essa especulação. Associo-os a atores degenerados e delinquentes como Saddam Hussein, Muammar Kadhafi, Ali Khamenei, Mahmoud Ahmadinejad, Bashar Al Assad, os irmãos Castro, Hugo Chávez, Maduro-podre, o casal Kirchner, Wladimir Putin, o atual líder da Coréia do Norte (não escrevo o nome da besta!) e o brasileiro “inepto”, que tem como cognome Ladrão-Geral da República.

Aposto que a ameaça à integridade do Procurador-geral da República, caso haja sido factual, foi feita pelo Ladrão-Geral da República. Para não correr o risco de ser descoberto, claro que usou os sociopatas de sua quadrilha. Alguém duvida disso?!

……….

A Biblioteca do Congresso Nacional norte-americano, inaugurada há 215 anos, é tida como a maior biblioteca do mundo. Situada em Washington, D.C., oferece mais de 115 milhões de obras literárias, afora cerca de 63 milhões de manuscritos, para pesquisas em áreas de interesse ao conhecimento humano. Sua frequência diária é intensa e variada: professores, alunos, intelectuais, empreendedores, inventores e até mesmo políticos sempre estão bisbilhotando suas estantes.

Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

Já no Brasil, a maior delas é a Biblioteca Nacional, instalada há 205 anos, na atual cidade do Rio de Janeiro. Oferece, aproximadamente, 9 milhões de obras, o que não é pouco. Por isso, está entre as 10 maiores do mundo, embora jogada às traças. Sua frequência de visita é baixa, no mais das vezes, os mesmos “ratos de biblioteca” que há décadas, desiludidos, tiram pó das suas estantes e bancadas.

Três raças da espécie humana


São elas: o Racionalo Otimista e o Pessimista.

Inicia o mês de fevereiro de 2015, com o Brasil sob o comando do dito “novo governo”. Mas o país não para de sofrer fortes terremotos econômicos e políticos, com intensidade e frequência crescentes. Por sinal, há muito que eram bem nítidos, mais claros do que evidências especulativas.

Em 2008, por força da “estratégia” de um governante idiota, diante da violenta crise mundial que então se iniciava, tratou-a de “marolinha” e conduziu-a segundo a ideologia particular de seu grupo. Boa parte da população ficou assustada com a maneira escolhida para tratar uma grave crise econômico-financeira mundial.

Hoje está provado que esse grupo, já então constituía uma exímia “quadrilha política”. Porém, o mesmo tratamento da “marolinha” continuou a ser adotado até 2014, conforme determina a ideologia da patranha.

Em outras palavras, a nação sofreu seis anos com efeitos maléficos das sucessivas asneiras cometidas pelo governo de quadrilheiros. Se assumir-se como base de cálculo o PIB de 2009, a economia do Brasil entrou em recessão desde 2010 e permanece até hoje a ser torturada pela mesma ideologia de quadrilha.

Investigações policiais

Todavia, em 2014 a Polícia Federal descobriu que, de fato, pela primeira vez na história do país (!), uma corrupção avassaladora invadira as vísceras da máquina do Estado, desde 2003. Concluiu que as asneiras federais foram apenas uma cortina de fumaça para ocupar a imprensa. Visavam, na verdade, a impedi-la de estimar o tamanho da corrupção bilionária – em dólares – ou, quem sabe, trilionária, em moeda brasileira.

Refinaria de Pasadena: “eu tenho a força!”

Refinaria de Pasadena: ferrugem comprada por 1 bilhão de dólares!

As reações a esse presépio de canalhices são curiosas, sobretudo, as publicadas em redes sociais. Pode-se classificar três gêneros de pessoas que comentam sobre o derretimento da economia brasileira: os racionais, que representam uma população pequena; os pessimistas, que causam desespero em quem os lê; e os otimistas, que não enxergam um palmo à frente do nariz, falam absurdos sem conexão com fatos e fazem ameaças genéricas, fruto do desespero.

Diante das decisões econômicas que entraram recentemente em vigor no país – aumento de tributos, elevação de tarifas públicas, arrocho nos programas sociais para idosos, etc. –, segue um trecho de publicação encontrada num pasquim:

─ “Medidas tributárias do ‘novo ministro’, com a finalidade de ‘reforçar os cofres do governo’, não significam, obrigatoriamente, o aumento da ‘vazão do propinoduto’, destinado a regar a conta bancária de companheiros corruptos[1]”.

Diante desse texto estranho, as reações da raça humana são variadas.

Reação do Racional

“O cenário político-econômico do país encontra-se bem abalado”, diz o racional. “É óbvio que me baseio na lógica dos números obtidos pelo governo e na ausência da razão na tomada de decisões públicas, decerto pensadas por esquizofrênicos”. Resultado, “a base de apoio ao governo encontra-se ‘desaliada’ e trará mais efeitos danosos para a sociedade civil. Contudo, os inúmeros erros cometidos ainda podem ser amenizados; em alguns casos, até mesmo saneados”.

E prossegue nas ponderações: “A questão essencial é que as medidas econômicas estão corretas. Porém, faltaram medidas políticas urgentes, com vistas a reduzir despesas absurdas com a monumental máquina do governo: 39 ministérios e milhares de cargos comissionados, afora o empreguismo nas estatais. Com a efetiva redução dessas despesas desnecessárias, a população brasileira sofreria ‘apenas’ durante o ano de 2015”.

Reação do Otimista

Tem-se impressão que o otimista gosta do governo por locupletar-se com os “esquemas da quadrilha organizada”. Afinal, suas reações são patéticas, confusas ou fora de contexto. Com certeza, são militantes ideológicos a serviço da quadrilha. Vejam algumas frases “cerebrais” do otimista:

  • Vocês fala’ [sic] muito sem ‘conhecê’ [sic] nada; nunca houve uma ‘presidenta’ [sic] do Brasil ‘que nem que ela’ [sic].
  • Vai lá’ [sic] no governo Fernando Henrique ‘pra vê’ [sic] a roubalheira ‘que foi’ [sic] na Petrobras.
  • Vocês não sabem do que somos capazes!”. Ah! E como sabemos…

Reação do Pessimista

Por fim, tem-se o pessimista, que deita falações acerca dos efeitos nefastos sobre a sociedade civil. No entanto, sempre a concluir com frases que provam sua completa omissão ou falta de visão. Mas, inevitavelmente, a causar revolta no cérebro dos racionais que ainda sobrevivem:

  • Não tem jeito mesmo, o cidadão brasileiro é um animal covarde por cruza.
  • Duvido que alguém se mexa para mudar qualquer coisa, esse povinho é corrupto mesmo.
  • Viu, quem mandou votar neles?!
  • Pode falar o que quiser, mas não vai conseguir mudar nada.
  • Não adianta reclamar, sempre foi assim.

Há cidadão brasileiros que, diante desse cenário de degradação ética, moral e cultural, acreditam que está a nascer uma quarta categoria da raça humana no Brasil: o revolucionário racional.

……….

[1] Mesmo com a ideologia instalada no governo – “ajude-nos a roubar muito; nós o premiaremos” –, realizar desvio de tributos diretamente da Receita Federal é quase impossível. No entanto, dizem que é tramado por meio de processos complexos. Pelos informes colhidos na imprensa, as atividades básicas seriam as seguintes: (1) criar e organizar uma grande quadrilha, bem treinada para esse fim; (2) semear no setor público inúmeros quadrilheiros especializados; (3) realizar muitas obras e serviços inúteis, mas sempre com preço final superfaturado e sem prazo para acabar; (4) montar uma cadeia de empresas fantasmas, on-shore e off-shore; e, por fim, (5) ter doleiros e amantes de total confiança. A propósito, corre o boato da existência de pelo menos um partido político brasileiro que produz, em larga escala, expertos internacionais nesta prática.

A privataria no Parque do Flamengo


Ricardo Kohn, Gestor do Ambiente.

Breve histórico

O Parque do Flamengo, que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico NacionalIphan, em 1965 – e, mais tarde, também pelo governo do município, através de lei de 1995. Mas, desde de julho de 2012, é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco. Vejam a cópia da planta oficial de tombamento feita pelo Iphan.

Perímetro de tombamento do Parque do Flamengo

Perímetro de tombamento do Parque do Flamengo (1965)

A questão básica é a seguinte: ─ “Por quais motivos esse equipamento urbano foi tombado e premiado pela Unesco com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade?”

Para responder a essa questão é necessário entender a magnitude do problema urbano que existia na cidade e, sobretudo, no bairro do Flamengo, ao fim da década de 1950. A população se avolumara pelo intenso fluxo de migração interna para a então capital federal. No entanto, seu sistema viário e seu saneamento básico, eram extremamente precários. Esgotos in natura eram lançados na orla marítima da cidade, criando as chamadas “valas negras” em suas praias.

Vista da Praia do Flamengo, com o aeroporto Santos Dumont ao fundo

Vista da Praia do Flamengo, com o aeroporto Santos Dumont ao fundo

Várias áreas da cidade foram aterradas desde cedo. A começar pela região do porto, no fundo da Baía da Guanabara. O próprio aeroporto Santos Dumont foi construído sobre área de aterro. Boa parte da praia do Flamengo também sofreu o mesmo processo, mas foi em vão.

Somente em 1961, o governador do Estado da Guanabara, jornalista Carlos Lacerda, e seu Secretário de Viação e Obras, engenheiro sanitarista Enaldo Cravo Peixoto, receberam proposta da paisagista Lotha de Macedo Soares, que visava a criar um parque na praia do Flamengo. A proposta foi aprovada.

Para fazer frente a esse extremo desafio, foi criado um grupo de trabalho visando a planejar, projetar e gerir a construção e plantação da flora nativa no Parque do Flamengo. Notórios profissionais participaram deste grupo [1], que teve a frente o arquiteto Affonso Eduardo Reidy e a própria paisagista, Lotha de Macedo Soares.

Conforme projetado e finalizado, o Parque do Flamengo diferencia-se das belezas cênicas do Rio, todas elas herdadas da natureza, mero acaso das relações mantidas entre os sistemas ecológicos que nela se formaram, à revelia do ser humano.

Na verdade, o Parque do Flamengo a elas se integra sem perder suas funções urbanísticas vitais – mobilidade urbana, acessibilidade a pessoas com deficiência, educação, esportes, bem estar, laser, recreação e, acima de tudo, manter permanente seu enlace com os ecossistemas terrestres e marítimos da região.

Na visão de Reidy, obstinado pela equidade na ocupação do espaço urbano, o Parque do Flamengo, ao tornar-se um bem público, já justificava sua restrição plena como área non aedificandi. Infelizmente, Affonso Reidy faleceu jovem (54 anos, em 1964) e não acompanhou o processo de tombamento do Parque a que tanto se dedicou.

Vista aérea do Parque do Flamengo e suas vizinhanças

Vista aérea do Parque do Flamengo e suas vizinhanças

Manutenção do Parque

Desde quando foi inaugurado, nas festividades dos 400 anos da cidade, o Parque do Flamengo teve sua primeira manutenção realizada em 1999, feita pelo escritório do paisagista Roberto Burle Marx. Esses trabalhos envolveram o replantio da flora afetada, assim como a inspeção e eventuais obras civis nas passarelas do parque.

A poda de árvores e os cortes dos gramados sempre foram atividades sistemáticas realizadas por um órgão público chamado Parques e Jardins. No entanto, a prefeitura passou esta responsabilidade para a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). É evidente que esta empresa não é habilitada para realizar podas e replantios de vegetação, muito menos obras civis.

O descaso do atual prefeito com relação ao Parque do Flamengo é de tal ordem que, a pensar nas verbas para as obras destinadas aos Jogos Olímpicos de 2016, o Parque foi esquecido em estado lamentável.

Este é o estado das passarelas do Parque do Flamengo

Estado das passarelas do Parque do Flamengo, com ferragens aparentes…

Por sinal, caro Eduardo Paes, como andam as obras olímpicas nas cinco regiões de jogos que foram pactuadas com o Comitê Olímpico Internacional? Prometidas pela trinca de falcatruas: Lula, Sérgio Cabral e Paes, o inventor do tal “Porto Maravilha“.

Obra na enseada da Glória

Mas eis que surge uma “parceria público-privada”, obcecada em desconstruir um bem público, finalizado e tombado há 50 anos. Marqueteiros aliados ao poder público tiveram a desfaçatez de chama-la “Revitalização da Marina da Glória”.

Aos olhos do povo do Rio, com plena consciência de seus direitos humanos e legais, trata-se de “descarada negociata”. Tudo indica que sua realização conta com o conluio de instituições públicas – Iphan e prefeitura do Rio –, dado que permite a execução de um projeto ilegal, antes já rejeitado pelo próprio Iphan!

Um grupo de cidadãos brasileiros iniciou um movimento popular – clique em “Ocupa Marina da Glória” – visando a impedir a deformação urbanística do Parque do Flamengo. A finalidade desse movimento é simples: conservar um bem público tombado como área non aedificandi e impedir o desmatamento sumário da vegetação ocorrente na enseada da Glória, local da dita “revitalização da Marina”. Segundo informações públicas, cerca de 300 pés de árvores já foram decepados na área do canteiro de obras e suas imediações.

Signo do crime ambiental cometido pela Prefeitura do Rio

Signo do crime ambiental cometido pela Prefeitura do Rio

No entanto, a Secretaria Municipal de Ordem Pública, através de ameaças violentas por parte da Guarda Municipal, determinou a retirada de barracas, faixas e pessoas que protestam contra a invasão de seus direitos. Ressalta-se que esta violência já foi realizada contra os que participam do movimento “Ocupa o Golfe”, que ocorre na Barra da Tijuca.

É patético, mas na Barra pessoas foram agredidas e presas hoje, por expressarem seus direitos de cidadão e, sobretudo, seu dever de proteção da cidade do Rio de Janeiro. Afinal, a cidade, o estado e o país são nossa propriedade. Fomos nós que delegamos a prefeitos, governadores e presidentes a obrigação de geri-los da forma como definirmos. Precisa-se, com urgência, de um “recall de políticos“!

Eduardo Paes, espera-se que a “privataria” do Parque do Flamengo já o haja “beneficiado” bastante. Até por que, no Rio de Janeiro você jamais chefiará qualquer instituição pública, sequer uma equipe de safados da sua laia.

……….

[1] Membros do Grupo de Trabalho: Affonso Eduardo Reidy e Lotha de Macedo Soares (direção); Sérgio Wladimir Bernardes, Jorge Machado Moreira, Hélio Mamede, Maria Hanna Siedlikowski, Juan Derlis Scarpellini Ortega e Carlos Werneck de Carvalho (arquitetos); Berta Leitchic (engenheira); Luiz Emygdio de Mello Filho, Magú Costa Ribeiro e Flávio de Britto Pereira (botânicos); Ethel Bauzer Medeiros (especialista em recreação); Alexandre Wollner (programação visual); Roberto Burle Marx & Arquitetos Associados, com Fernando Tábora, John Stoddart, Júlio César Pessolani e Maurício Monte (paisagistas).

Lorota


Por Ricardo Kohn, Escritor.

Mentira” talvez seja o verbete da língua portuguesa que tenha o maior número de sinônimos. Como se não bastassem, possui expressões com o mesmo significado e diversos adjetivos derivados. Esse fato gramatical decerto é motivado pela enorme população de mentirosos vivos no planeta.

Vale dizer, não seria “conversa fiada” admitir que “patranheiros” se reproduzem tal como ratos, pois sua taxa de natalidade é bem superior à dos seres humanos íntegros. Há quem explique esse quadro através de ditos estudos estatísticos, que teriam comprovado ser mais fácil encontrar “casais de peteiros” do que de probos. Esses estudos não passam de “mentirolas”; porém, a ilação final dos difusores desta “lorota”, é verdadeira. Um paradoxo.

Em suma, não existem as tais pesquisas ou estudos sobre esse assunto. Afirmar que algum dia foram feitos é uma “peta” sarnenta. No entanto, “casais de patranhas” são incontáveis e tem-se milhares deles acocorados nos poleiros políticos do país, a comer o dinheiro público e obrar sobre a cabeça do povo, indistintamente, nas classes rica, média e pobre.

Essa ação sistemática virou uma espécie de solenidade pública, que em breve completará 13 anos. Um número que é tido por alguns como traiçoeiro, capaz de atrair azares e desgraças [1]. Resta pensar a quem se vai dedicar, “com afeto”, esses agouros…

Todavia, a “lorota exponencial” foi inventada exatamente nos poleiros mais altos do galinheiro nacional. Para debochar dos incautos, deram-lhe um título profissional: “marketing político”.

José Saramago e a Mentira Universal

José Saramago e a Mentira Universal

No Brasil, tem-se notícia de poucos “peteiros” especializados, capazes de engendrar “patranhas” rocambolescas, num lapso de tempo mínimo, e conseguir enganar a milhões de cidadãos omissos, durante mais de uma década. Que se saiba, tal nível de produtividade da patranha nunca foi alcançado no mundo.

A mentira universal, tão bem identificada por José Saramago, chega a ser bisonha perto da “lorota exponencial”, que, uma vez deixada nos braços da mídia impura, propaga-se e destrói cérebros baldios. No Brasil, esse cenário aterrador foi endêmico até 2014. Atenção! A sociedade civil tem meios lícitos para mudá-lo em 2015!

Indicadores e tendências

Para a mídia em geral, mas, sobretudo, para a imprensa independente, o Brasil está acéfalo há cerca de 40 dias. Somente hoje acontece a primeira reunião ministerial do novo mandato. Os 39 ministros, nomeados no loteamento ministerial, estarão presentes para ouvirem. Talvez o ministro da Fazenda fale acerca das medidas de arrocho que está a implantar. Salvo duas ou três exceções, os demais, sem qualquer competência técnica para tratar de seus “lotes partidários”, nem celulares terão nos bolsos, que dirá abrirão a boca para falar.

Por outro lado, é sabido que abastecimento de água e de eletricidade estão ameaçados de extinção. O racionamento nacional de ambos deverá ocorrer em breve. A geração de vagas de trabalho tem sido ínfima e degradante. O desemprego é crescente, numa economia com tendência recessiva. A indústria segue a demitir funcionários. A inflação estoura a meta de 6,5% ao ano e continua renitente. Deverá ultrapassar o topo ainda neste primeiro trimestre. Os preços dos alimentos estão nos píncaros. O PIB é antártico!

Em síntese, o Brasil torna-se a terceira calamidade política, econômica e social da América do Sul, a seguir na mesma trilha de seus excelentes parceiros ideológicos e nada comerciais: Venezuela e Argentina, são nações quebradas por sucessivos governos incompetentes e corruptos. A ser assim, pergunta-se:

Como esta quadrilha de apátridas pensa que vai manter-se no poder? Vai armar mais lorotas exponenciais“?!

“Quero ver quem tem ‘bolas de macho‘ para enfrentar o povo brasileiro aborrecido”.

……….

[1] Não está considerada a interpretação cabalista do número 13, pelo fato de não se professar qualquer crença, mística ou religião. Professa-se apenas a lógica da realidade e a razão necessária para lidar-se com ela.

PIB da Corrupção


Também chamado PIC – Produto Interno da Corrupção.

A pergunta que se faz é simples. Leia e, se quiser, arrisque-se a responde-la:

─ “Se o Produto Interno Bruto brasileiro de 2014 alcançar a casa dos R$ 4,8 trilhões, igual ao de 2013, qual terá sido sua parcela extorquida pela súcia governista? De forma mais objetiva, o Produto Interno da Corrupção terá sido próximo de 25% do PIB de 2014? [1]”.

Concorda-se, a resposta é difícil e muito complexa de ser contabilizada. Afinal, não há contrato assinado “entre as partes”, nem nota fiscal emitida por “empresas fantasmas”.

Grande parte do PIB nos bolsos da Corrupção

Grande parte do PIB nos bolsos da Corrupção

Observe somente o escândalo do Arrastão na Petrobras: a empresa que foi brutalizada pela corja sequer consegue fechar seu balanço de 2014! Não existe a conta “Fundo para Conluio e Corrupção”, o que torna infactível elaborar uma simples “Demonstração de Lucros e Roubos”.

Até então, a própria Polícia Federal encontra-se prejudicada em uma das “ene” etapas dessa investigação. Não tem certeza de quantas outras precisará realizar e do tempo necessário. Além disso, é muito provável – quase uma garantia – que, além do setor de Óleo & Gás, outros setores da economia estatizada também hajam sido brutalizados. Dentre eles destacam-se o Elétrico, Rodoviário, Ferroviário, Aeroviário e Portuário, dado seus maiores orçamentos. Decerto, receberão atenção especial da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Com a operação Lava-Jato, no entanto, o PIB da Corrupção alcançou a marca de R$ 8 trilhões, a superar o PIB do Brasil, que foi R$ 5,9 trilhões, em 2015.

A prever com muito otimismo um futuro mais honesto e decente para o Brasil; a acreditar nas instituições nacionais de controle, sugere-se um apelido para esta investigação de grande abrangência: OperaçãoSoda Cáustica”. Por sinal, aguardada pela maioria da população brasileira, como medida definitiva de higiene moral.

……….

[1] É inimaginável que a extorsão do PIB de 2014 possa ter variado entre R$ 144 bilhões e R$ 1,2 trilhão, mas há evidências e fatos que apontam nesta direção. Os mais nítidos são enriquecimentos inexplicáveis de certos cidadãos, membros da família de asseclas da súcia governista. Até agora, que se saiba, nenhum deles foi investigado.

─ Não há uma prova sequer!


Em nações civilizadas, quando é descoberto um crime, tem início a sua investigação. A finalidade é óbvia: identificar quem o cometeu.Kohn - Sobre o Ambiente Mas o investigador precisa seguir um padrão lógico, tanto de raciocínio, quanto de ação, qual seja: identificar o que motivou o criminoso, com quais oportunidades ele se estimulou, e, por fim, como se beneficiou dos resultados que obteve. Desde há 400 anos, qualquer “xerife do Velho Oeste” já sabia fazer isso.

No escândalo do “Arrastão da Petrobras”, à primeira vista, os procedimentos da Polícia Federal, na histórica “Operação Lava Jato”, parecem manter essa mesma lógica. Apenas contam com o suporte de leis mais modernas e facilidades tecnológicas inexistentes no “Velho Oeste”.

Porém, vale destacar a atuação de instituições públicas autônomas, encarregadas de fazer a Justiça [1]. Embora seja a expressão do dever estabelecido, merece o agradecimento do cidadão brasileiro. Assim, até agora os resultados obtidos pelas investigações do “Arrastão da Petrobras” demonstram eficiência, sobretudo, graças à dedicação de agentes da Polícia Federal e à qualidade de juízes do Ministério Público Federal.

Há envolvidos neste “esquema” que já se encontram trancafiados: dois ex-diretores da Petrobras, diretores de grandes empreiteiras, um doleiro e um “carregador de mala”. São uma pequena amostra de dezenas de ladrões que ainda permanecem soltos.

Acontece que a Polícia Federal está no início da sua “operação de lavagem”; sequer entrou na etapa da centrifugação. No entanto, pelo que informa a imprensa livre, há indícios que, muito em breve, iniciará a bela “centrifugação de políticos imundos e respectivos partidos”, todos livres e impunes.

Todavia, já se escutam comentários de futuros centrifugáveis que confirmam a iminência dessa centrifugação. O fato mais aberrante foi a frase do Ministro-chefe da Secretaria Geral da República, ao deixar o cargo neste início de ano:

─ “Nós não somos ladrões”.

Declaração gratuita, tão esdrúxula quanto esta, é incomum na atual política brasileira. De fato, o ex-ministro entregou à boca do povo, na bandeja, “a essência do jogo sujo de sua equipe”.

Mas sempre há um outro emérito ladrão, que arma a defesa antecipada de seu “parceiro de negócios”. Imaginando livrar-se de possíveis conjecturas danosas, solta a frase lapidar:

─ “Não há uma prova sequer contra ele”.

Não precisa ser filósofo ou psiquiatra para entender o que subjaz a essa frase asquerosa. Afinal, dizer que não há prova de alguém haver cometido um crime, não nega ou prova que ele não o haja perpetrado. Trata-se sim, de prática prepotente e arrogante, que somente visa à blindagem de políticos ladrões.

Na última década assistiu-se a notórias quadrilhas de políticos contratando caríssimas bancas de advocacia. Era como se fossem enfrentar julgamentos passíveis da pena capital! Mas pasmem, só queriam inocentar seus membros pela corrupção frenética cometida. Uma vez liberados da justiça, a intenção sempre foi seguir pelo mesmo atalho. Afinal, o que sabem fazer na vida, além de desviar e distribuir dinheiro público para fortalecer sua camarilha?

A parcela do erário público roubada nos últimos 12 anos foi de tal ordem, que há incríveis milionários, verdadeiros nababos, a investir em fazendas, milhares de cabeças de gado, realizar de grandiosas construções, comprar apartamentos, lanchas e jatinhos de luxo. Investimentos que, definitivamente, nunca poderiam realizar com suas condições primitivas de trabalho.

Mas sempre haverá um “pentelho da camarilha” que se atreverá a afirmar que não há nenhuma prova contra eles. E será preciso mais o quê, diacho?! Na verdade, nada. Basta passar um pente fino nos fatos mundialmente conhecidos, confirmar a hierarquia das quadrilhas, enquadrá-los na lei e recolher seus membros à penitenciária mais segura.

……….

[1] Antes o xerife fazia tudo: investigava, produzia leis, aplicava-as e executava a justiça (na forca). No Brasil atual só há uma instituição que procede como xerife do Velho Oeste: o Tribunal Superior Eleitoral; sem a forca, é óbvio.

Há limite para comandar!


Por Simão-pescador, da Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

Quando jovem, de 1935 a 1939 estudei numa escola de Administração Pública. Vem daí minha afinidade com Ricardo Kohn. Não pensava em me tornar pescador, pois queria seguir rumo a Lisboa, trabalhar em uma Instituição do Estado. Para isso, fui aluno dedicado e, como diziam no Brasil, de facto um “cu-de-ferro”. Aliás, expressão curiosa, essa dos brasileiros.

Aprendi com o Professor Reis Vieira [1], do qual guardo os ótimos ensinamentos recebidos, que a direção de uma organização complexa deve ser descentralizada. Significa dizer que o diretor presidente da organização precisa delegar sua autoridade formal para os diretores que comanda. É prioritário que ele trabalhe nas relações externas da organização, mas deixe a cargo dos demais diretores a gestão interna dos processos, imprescindíveis para alcançar sua missão social.

Por que falo em processos imprescindíveis? Por óbvio, uma Instituição de Estado precisa ser econômica no gasto dos tributos pagos pelos cidadãos. Afinal, eles são seus sócios exclusivos. Assim, a estrutura organizacional há que ser seca e limpa ou, como chamam alhures, há que ser “enxuta”. Este é primeiro fator (critério) para que o número de diretores de qualquer Instituição de Estado seja reduzido a um mínimo.

Mas há outro fator essencial. Trata-se da capacidade física do gestor em dirigir seus subordinados. A experiência demonstra que o limite de comando é de, no máximo, 8 subordinados. Mais do que isso e o gestor precisaria de dias com 30 horas. Somente a gerir até oito comandados ele terá meios para garantir eficiência, efetividade e eficácia [2] dos processos imprescindíveis.

Também aprendi com Reis Vieira que o terceiro fator é a competência intelectual e técnica do gestor que dirige a instituição pública. Por analogia, só comando meu barco por que sei navegar, conheço bem as correntes marítimas, as variações dos ventos, as posições da vela, as espécies de peixe, aonde encontra-las e quais artes devo utilizar – rede, caniço, linha e anzol, linha longa com anzóis, etc. Consigo isso por que até hoje, aos 96 anos, estudo os processos da profissão que exerço: pescador artesanal.

Agora, para variar, sigo para o Brasil e seu aberrante “novo governo”. Pela quarta vez a nação brasileira vai sofrer o desgoverno do mesmo partido político que se apossou do Estado. O povo que se dane, é inimigo infeliz, tem que pagar tributos, precisa permanecer submisso e calado.

Mais de 60 dias após reeleita, a “gestora soberana” mal consegue escolher seus ministros. Mas há um motivo bem razoável para isso: serão 39 ou mais, quase todos políticos incompetentes!

Delegar autoridade formal para um bando de políticos, além de impossível, é surreal. Não há como dirigir aloprados ativos. Na verdade, são os partidos da “base incrustada no poder” que escolhem as pastas ministeriais desejadas e quais políticos irão ocupa-las, sempre em função de seu doce orçamento. Assim diz a imprensa, por meio de certos “analistas políticos”, que contam ao povo como se dá este processo, considerado absolutamente normal: “todos os estadistas do mundo fazem assim“…

Não tenho dúvida que isso não é a decisão de um estadista a “formar sua equipe”. Até porque há um elevado risco de a “eminente soberana” estar nomeando, na qualidade de Ministros de Estado, novamente, vários “chefes de quadrilha”.

……….

[1] Professor Reis Vieira, Ph.D. em Administração Pública, com tese defendida na Universidade do Sul da Califórnia. Sinto, mas não recordo seu prenome.

[2] Eficiência = fazer bem feito; Efetividade = fazer bem feito, conforme o planejado; Eficácia = fazer bem feito, conforme o planejado, e com baixos custos.

Assim o ambiente vê o político


Dizem alguns especialistas que o ambiente observa o político como se fosse um ornitorrinco, Ornithorhynchus anatinus. Tal como a do político rasteiro, a existência deste bicho é difícil de explicar, quer seja através da teoria darwiniana ou da patranha criacionista.

O ornitorrinco é complicado de explicar

O ornitorrinco é complicado de explicar

De fato, o animal tem cauda natatória dos castores, pelagem para uso terrestre, bico de pato, é mamífero, possui membranas entre dedos, vive na água doce e na terra, põe ovos mas não voa, e é um carnívoro sem dentes. Estranho, incrível mesmo de entender.

Diante do primeiro exemplar que chegou à Inglaterra, em fins do século 18, zoólogos que o examinaram pensaram que se tratava de fraude, uma ‘espécie construída’ por taxidermistas asiáticos. Vejam esse bico, parece que foi encaixado e costurado.

Close do bico visto de frente

Close do bico visto de frente

No entanto, no século 20, após ter sido sequenciado o genoma do Ornithorhynchus anatinus, cientistas verificaram que cerca de 82% de seus genes são iguais ao do Homo sapiens. Tem-se algumas dúvidas a respeito.

Porém, pelos detalhes similares que apresenta, somente se for da subespécie Homo corruptus brasilianensis. Ou seja, teriam saído do planalto central, sabe-se lá como, e se acomodado em lagos na Austrália, do outro lado do planeta.

É bem verdade que, se fossem puros H. corruptuspolíticos da quadrilha –, teriam ido de jatinho emprestado. Mas, de toda forma, há características do animal que lembram muito as do H. corruptus: possui esporões venenosos para liquidar as presas; órgãos sensoriais que captam a presença de alimentos (US$ bilhões); temperatura corporal fria (27 0C); e o jeito sinuoso do réptil.

A propósito, neste exato momento deputados e senadores articulam o aumento dos próprios salários e de cargos do executivo. Sem dúvida, mais uma ação descarada do Homo corruptus brasilianensis. Pobre coitado do ornitorrinco, só serviu de modelo para criar aleijões morais.

Esqueleto de um político, digo, ornitorrinco

Esqueleto de um político, digo, ornitorrinco

Enciclopédia de baixarias


As armadilhas estão prontas e armadas para o 2º turno das eleições de 2014. Com o suporte da máquina pública aparelhada, às custas do dinheiro público, todas foram distribuídas para militantes do partido; alguns deles desempregados, mas escravos ideológicos, repetidores de mentiras e agressões espúrias.

Até ministros de Estado largaram de mão suas pastas para se tornarem bedéis do partido no poder. O país está realmente desgovernado, a rolar ladeira abaixo. É um cenário patético e alarmante, assistir a vigaristas lutando para continuarem sem produzir qualquer coisa de útil para a nação e seu povo. O que interessa mesmo é o “plano de negócios” que cada um precisa realizar, visando a seus interesses particulares.

Nos bastidores, dentro da fábrica de produção de patranhas, para a permanência no poder, encontram-se as equipes de um dito “publicitário”, tentando criar uma imagem pública palatável para a “soberana”. Talvez seja o trabalho mais escuso para essa eleição. Mas ficou muito difícil de controlar, dado que o “poste” atrapalha toda vez que escancara a dentuça e afirma asnices.

Foi assim que o “marqueteiro de plantão” decidiu montar a “enciclopédia de baixarias”, engendrada pela cúpula do partido. Ficou emocionado com sua esperteza dogmática. A “soberana” deverá ater-se às palavras da enciclopédia, nada mais, pelo amor da égua!

A enciclopédia, com 13 volumes escritos à mão, tem mentiras e baixarias para todos os setores, públicos e privados. As mentiras são as armas de fogo disponíveis para defesa de seu “governo desenvolvimentista”. Defendem-no com mentiras para saúde, para educação, segurança, infraestrutura e empréstimos a Cuba, Bolívia, Venezuela, dentre outros. Mas contam com as infalíveis previsões econômicas do senhor “manteiga”, com incontáveis merrecas sociais, farta distribuição de bolsas, além do “Petrolhão” e do “Mensalão”, que nunca existiram.

Por outro lado, as baixarias são feitas sob medida para arrasar a conduta e a moral de seu oponente. O partido acredita nisso, pois possui larga experiência em criar dossiês fajutos e produzir vídeos ofensivos de efeitos especiais. São armas de ataque violento, para destruição sumária de quem ameaçar seu domínio do governo. Essa é a patranha orientada pelo “comandante do partido”, hoje em descanso noturno na penitenciária da Papuda.

Munida desta enciclopédia, uma verdadeira biblioteca ambulante, a “soberana” enfrentará seu oponente em todos os debates, desde que compareça. Pensa que conseguirá construir um bunker com 13 volumes pútridos e, escondida em seu conteúdo, soltará saraivadas de baixarias e mentiras para todos os lados.

O mais paradoxal desta história, própria do Brasil no século 21, é o fato de que, na falta de algo mais coerente com uma visão de Estado, a “enciclopédia de asneiras do marqueteiro” virou “programa de governo” do partido.

Na falta de uma baixaria, lave os olhos e veja Genipabú

No lugar das baixarias safadas, lave os olhos e sinta Genipabu