Guarde sua emoção para o final


Vive-se em um país democrático, pelo menos até agora. Na sociedade, a cada minuto veem-se fatos que mostram seu desejo na continuidade dessa forma de governo. Por exemplo, quando alguns amigos de uma rede social tentam demonstrar que o candidato em que vão votar será, sem dúvida, o melhor Presidente para a República Federativa do Brasil, é um caso típico de democracia.

A aurora da democracia em 1º de janeiro de 2015

A aurora da democracia em 1º de janeiro de 2015

Sabe-se que isso é uma pequeníssima parte dela, mas, convenha-se, para um país não muito civilizado, constitui uma demonstração bem-vinda, uma sólida prática democrática.

Porém, é incrível, mas, segundo as pesquisas, todos os onze candidatos para outubro de 2014 têm intenção de voto, com argumentos que, mal ou bem, visam a justifica-lo. Esse fato exprime uma das certezas da democracia: o direito inalienável que cada cidadão possui para externar sua opinião e defende-la com educação, quando for necessário e possível.

Contudo, na sociedade brasileira, o respeito com que se pode antecipar um voto político, às vezes torna-se agressão aos demais votantes, por força da emoção exacerbada e dos termos com que certos indivíduos declaram em quem irão votar. Se não houver lucidez e razão na mente dos que possuem outra visão, é iniciada a pancadaria radical.

Acredita-se que a principal questão, hoje posta sobre a mesa dos brasileiros, não é a escolha do melhor candidato à presidência do Brasil. A pergunta que se precisa responder, com base na razão, é “qual dos candidatos poderá ser melhor para o povo brasileiro, na qualidade de eficiente gestor público?” E isso é bem distinto de ser apenas um “melhor presidente” qualquer. Melhor para quem?!

Tem-se quase certeza de que o país se encontra politicamente dividido; rachado ao meio, como dizem. A depender dos resultados finais das eleições, a demência homérica de certos partidos jihadistas pode conduzir a nação a quadros de graves conflitos civis e sociais. Já se viu esse filme em 1968.

Ameaças nesse sentido já foram declaradas, pública e agressivamente, por “líderes de ditos movimentos sociais”, os quais o atual governo permite que existam. Inclusive há informes que, com o uso do dinheiro público, financia sua permanência no cenário nacional. Se isso for verdade, é um ato deprimente de desgoverno. Afinal, esses líderes são repulsivos e seus movimentos, badernas sociais de delinquentes pagos.

Opinião

Nos últimos dias tem corrido pela internet a seguinte mensagem: ─ “A atenção de todos! Não teclem 13 na urna eletrônica! Trata-se de um vírus que corromperá o futuro da nação! É o mais destrutivo de toda a História do Brasil”.

Evidente que o brasileiro é cômico, a fazer piada até com a própria desgraça. Mas também é claro que essa mensagem não terá efeitos sobre os resultados da votação de 5 de outubro. Mesmo que as redes hoje constituam uma das principais artérias da comunicação bilateral entre os brasileiros.

No entanto, a piada acima revela uma verdade que, para declara-la, se ousa parafrasear o “sumo pontífice” da imbecilidade: “Nunca na história desse país houve tantus crime cometido (sic) pur tantus agentes público (sic)”.

A imprensa informa parte do que alguns corruptos presos disseram em interrogatório, através da delação premiada. Vários colunistas informam que o volume monetário da corrupção, realizada nos últimos 12 anos, é assustador. Atinge à casa de dezenas de bilhões de reais. Ou de dólares, tanto faz.

Aguarda-se com ansiedade que duas coisas aconteçam: que a justiça brasileira aceite a delação premiada, prevista em lei; e que ela seja rápida, com resposta antes das eleições. Caso contrário…

Acredita-se que seus partícipes, ativos ou por omissão, serão punidos pelo menos nas urnas. Dessa forma, aposta-se que não haverá reeleição. Ao contrário, o segundo turno será, enfim, dedicado ao debate franco e aberto de dois candidatos da oposição. Sem agressões e emoções cretinas.

─ Que vença a razão!

Um político, três discursos


O palanque eleitoral é o habitat do primeiro discurso. Nele, sob sol a pino, o político fala para as massas de suas qualidades perfeitas para o cargo que deseja ocupar. Gesticula, berra, agride aos demais candidatos, coça os testículos, sua a camisa, como se fora um insuperável lutador.

Faz promessas descontroladas para “seu povo”, as quais não se recordará logo após descer daquele estrado elevado. Sorridente e fedendo, está sempre cercado por sua camarilha e brutamontes que fazem sua segurança. Por sinal, facilmente confundidos com milícias locais.

No caminho para os próximos palanques, passeia pelas ruas da cidade, faz corpo-a-corpo, abraça pessoas e beija crianças, come carne de sol com moscas e bebe cachaça, enquanto faz pose para a televisão. E segue aturdido para os sucessivos espaços que o aguardam, cada vez mais bêbado e sujo, a garantir mentiras e inventar promessas cada vez maiores.

Ao fim da tarde, pega o jatinho “emprestado” e parte com sua “assessoria especial” para outro estado. Lá, reproduz as mesmas mágicas públicas, mas agora com carro de som, carreata, banda de música e bandos de militantes. Só que em novos palanques, novas ruas, novos bares e novas moscas apetitosas.

Após realizar esse espetáculo durante meses, sua assessoria esta obcecada em como obter as “notas fiscais” necessárias para justificar os estupendos gastos do partido perante a justiça eleitoral. Mas isso não é problema, um “doleiro amigo” sempre resolve essa questão.

Porém, é a massa quem decide, e o político é eleito pela primeira vez! E fica muito emocionado, não consegue acreditar em sua vitória. Chora na entrevista da televisão, tal é a descrença em si mesmo como governante. “Não era possível, concordo, mas eu venci!”, pensa o austero tratante.

Então, muda o discurso. Sua equipe de “intelectuais” já está montada e ele agora é o chefe. Em pouco tempo troca de roupa (ternos importados), de sapatos, gravatas, relógios, canetas e bares. Não existem mais as moscas que o acompanharam durante a campanha. Porém, a imprensa logo o questiona, a cobrar as promessas de palanque. Mas ele mal fala o português, só diz asneiras, e tem coisas mais importantes a fazer, todas pessoais.

Decide que vai aproveitar a riqueza de um mundo comprador para, enfim, criar o Brasil. E até descobri-lo novamente, a tomar o lugar de Cabral, o descobridor. Assim, compra seu jato de 1ª classe e o transforma em escritório voador, ao custo de milhões de dólares.

Viaja todo o tempo e começa a realmente conhecer o mundo, pensando ser um estadista. Porém, de fato, é um escapista. Tem horror à imprensa que o obriga a falar, mesmo estando no exterior. Surgem vontades de silenciá-la, mas as adia. Está bem mais interessado em fazer alguns “negócios” no exterior.

Os únicos países que acolhem suas ofertas são sul-americanos, africanos e o sonho de sua vida, a ditadura cubana. Como gosta de correr riscos, pretende ir além: quer ensinar relações internacionais a dirigentes da Palestina e Israel, em eterna crise. Obviamente, quebra a cara, mas continua gastando combustível, trepado em seu escritório voador.

Seus assessores íntimos chamam-lhe a atenção por viajar muito e esquecer de “seu povo”. Mas, para acalmá-lo, diz o político que inventou uma série de “bolsas” a que apelida por “política nacional de distribuição de renda”. Assim, torna-se megalômano desenfreado e seu discurso sempre demonstra, de forma cabal, essa autoestima de boteco.

Mas, como era de se esperar, seu mandato chega ao fim. Contudo, ele ordenou que sua assessoria amestrasse um sucessor, por ele determinado. A escolha da criatura sucessora não pode ser pior, mesmo que o político se encontre sem opções. Afinal, os “sócios do partido”, que considera “melhor equipados” para sucede-lo na missão, estão “a descansar” na penitenciária.

Por fim, o político chega ao terceiro discurso. É um novo tempo e ele faz a campanha de sua criatura sucessora que, por precaução, permanece calada para não fazer mixórdia com as promessas alardeadas, incríveis patranhas. Então, mais cansado, torna a subir em vários palanques pelo país, trajando andrajos para comover “seu povo” e também portando sua máxima cara-de-pau, agora ampliada pelos “negócios” que fez no exterior.

Contudo, nada comenta sobre sua potencial criatura sucessora, até por que, dela não há feitos para serem alardeados, ao contrário, trata-se de uma terrorista. Por outro lado, diz que “a criatura será a minha continuidade, tem muitos planos para o Brasil” e o resto é blá-blá-blá. Ninguém que o ouve sabe o que isto quer dizer de concreto.

O político está bem envelhecido, traz aparência de enfermo e, dizem, urina nas pernas e caga nas calças. Mas, para ajudar sua criatura sucessora, fala bastante “das minhas obras públicas”, todas desnecessárias, com custos crescentes e descomunais, nunca concluídas. De algo mais, ninguém sabe, ninguém vê, além de empréstimos dedicados aos irmãos Castro.

Mesmo assim, para perplexidade mundial, consegue eleger sua vagabunda sucessora. Nunca diz nada sobre seu passado, seu perfil ideológico, qual seu nível ético, nem sequer um pouquinho de seu programa de governo.

A criatura sucessora, indigna presidenta, tenta renovar seu mandato, nas eleições de 2014. Mas, sem dúvida, é a continuidade perfeita da política. A todo momento “inaugura” as mesmas obras, mas não conclui alguma. Seus custos sobem, mas as estruturas são erodidas pela ação do tempo.

Porém, há outras continuidades da politiqueira que precisam ser lembradas, tais como: os escândalos de corrupção durante seu governo; a insatisfação com a prisão de ladrões do partido; o uso permanente de doleiros amigos; o “nunca escutei falar disso”; o linguajar ininteligível; e, sobretudo, a “proficiência” em relações internacionais, demonstrada em recente Assembleia Geral da ONU, a defender a importância do diálogo com os terroristas do Estado Islâmico!

A vanguarda destruidora do Estado Islâmico

A vanguarda assassina do ISIS

Reflexões abismais


Através da leitura diária de jornais e periódicos publicados no mundo, verifica-se que o noticiário que mais chama atenção das pessoas está associado a decisões das Nações Unidas, de governos de grandes potências e até de corporações de porte.

É possível notar que muitas das decisões tomadas por essas instituições são apenas tentativas pífias de “sugar com canudinho o explosivo derramado ao solo”. Meras reações à poeira dos desastres sociais que há muito eram previsíveis.

Gentileza póstuma a uma floresta tropical

Gentileza póstuma a uma floresta tropical

Hoje são poucas as nações do mundo que se encontram sob a governança de verdadeiros estadistas. Estadistas que tenham capacidade para escolher suas equipes e proagir, visando a impedir que se desenrolem cenários indesejáveis. Em verdade, esses cenários sequer chegam próximos aos saguões de entrada dos Estados que dirigem. Afinal, cenários estáveis de ordem política, econômica e social são passíveis de serem humanamente construídos. Basta estabelecer e perseguir alvos de longo prazo bem definidos.

No entanto, crê-se que as “ditas explosões democráticas” de líderes mundiais , hoje comuns no dia-a-dia, podem sair pela culatra, a bater na testa de seus povos, não raro atordoados diante de antigas formulações ideológicas, há muito empalhadas em estantes de museus.

Certos governantes dizem ser capazes de fazerem de tudo para revive-las, embora não falem que somente a seu próprio serviço. Conduzem seus rebanhos a quadros próximos da miséria, com o argumento iníquo de que toda a distribuição de riqueza de uma nação precisa ser equânime e igualitária.

Entretanto, esquecem-se que, por mera distração, ficaram bilionários enquanto pregavam descalços este “ato da cristandade”. E  pregam sempre para seus companheiros mais próximos que, por sua vez, conduzem grupos de ovelhas amestradas, sem necessitar do chicote. Dessa forma, estão convictos que serão eternos donos do poder.

Mas, ao encerrar as reflexões à beira do abismo, deve-se salientar que também existem ovelhas críticas e bem informadas. Contra elas, de modo a silencia-las, costumam tentar “gentilezas póstumas”. Porém, isso nunca dá certo.

A comichão da mentira


Ricardo Kohn, Escritor.

Em tese, o discurso do exagero não constitui a mentira, mas apenas uma fala desmedida. Diria-se mesmo, pode ser um ato quase poético de empolgação na narrativa. Enfim, resulta do carisma da pessoa que discursa. Mas há que se ter cuidado com os exageros cometidos no discurso. E é simples contorna-los, embora o mentiroso permaneça com DNA de Pinóquio.

Diante de uma plateia de 400 alunos universitários, por exemplo, um conferencista com menor experiência ficará assustado. Mesmo que possua carisma e conhecimento sobre assunto que irá tratar, decerto sentirá uma espécie de vertigem intelectual, que pode emudece-lo por instantes.

Assim, recomenda-se nesses casos que se apresente a todos de forma objetiva e honesta, diga quem é e o que faz, mas sem exageros para dourar sua existência profissional. Após respirar bem fundo por vezes, a vertigem terá cedido espaço à eloquência do jovem conferencista. Isso é garantido!

Imagem para o conferencista que soube respirar

Imagem para o conferencista que soube respirar

Situação bem distinta acontece com o político, seja ele um velhaco traquejado ou estreante na área. Não faz diferença. Como o político sempre pensa que se dirige a milhares ou milhões de imbecis como ele próprio, sente seu corpo inteiro reverberar e arder com a “coceira da mentira”. A comichão é tanta que a vontade de exagerar e mentir torna-se incontrolável. Então, desanda a se coçar até ver brotar o próprio sangue e, logo em seguida, vencido pelo Pinóquio que mora nele, comete mentiras palanqueiras, a enganar aos que chama de “meu povo”.

A história política do Brasil República traz à luz milhares dessas ratazanas e suas tocas, sempre a cometer patranhas desbragadas, a roubar o pouco pão que ainda resta na mesa do povo, o qual juram que algum dia haverão de tirar da miséria. Porém, enquanto fazem promessas de salvação, aproveitam o tempo para se tornarem mi ou bilionários, à custa de esquemas sórdidos, como os das quadrilhas recém descobertas, cravadas na testa da Petrobras. Enfim, tomaram de assalto os recursos econômicos da estatal.

A ação dessa horda é de tal ordem, tão molesta, que cria em certas pessoas a certeza de que o país tem órgãos públicos e empresas estatais aparelhadas por catervas políticas, há cerca de um decênio, pelo menos. Assaltam a nação no mínimo há dez anos. Mas, estariam elas enganadas? Acredita-se que não. A única verdade é que permanecem impunes e gastadores.

Analisando por outro ângulo, deve-se convir o seguinte: é incabível existirem lotes de milionários públicos brasileiros a passear pelo mundo instalados em jatos particulares. Salvos aqueles que herdaram e multiplicaram a fortuna de suas famílias. Contudo, estes normalmente não se envolvem com a famosa “política de ordenhar os cofres públicos”.

Destaca-se que essa política de governo, desde 2003 é prática vulgar no Brasil. Ocorre à revelia das expectativas da sociedade civil. “Mensalão” e “Petrolão” são duas evidências claras. Profissionais da imprensa independente mundial estimam que bilhões de dólares hajam sido tomados da população brasileira nesse período (2003-2014). E mais, que estejam muito bem guardados em bancos de paraísos fiscais, através da ação de doleiros contratados por “ordenhadores de cofres”.

Por sua vez, o povo mais carente, em troca do seu total apoio e silêncio, recebe a esmola da atual “Bolsa Eleição”. Em verdade, deveria receber educação pública com conteúdo prático, para que pudesse ter alguma chance de obter trabalho honesto, produtivo e com remuneração digna para levar uma vida decente.

Trata-se de questão básica da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): uma vida decente, com direito ao trabalho, mas desde que sem as “esmolas apaziguadoras” que visam a silencia-los. Que visam a “comprar” seus votos.

A ausência da verdade tornou-se explícita em 2012, com a instalação de um ente público, a “Comissão Nacional da Verdade“. Sem entrar no mérito desta manipulação política, parece um paradoxo, uma afronta à inteligência. Criaram esta instituição que, segundo membros do próprio governo, estaria fundamentada nos Direitos Humanos. Porém, se esqueceram de esclarecer que o país é governado por mentirosos, que dizem haver lutado contra a ditadura pela democracia no país. Mas, na verdade, querem a vingança contra aqueles que não permitiram que ocorresse a desgraça nacional que pretendiam.

Afirmou Fernando Gabeira, em entrevista televisionada:

─ “O programa político que nos movia naquele momento era voltado para a ditadura do proletariado”.

Resta aos eleitores 2018, impedir, pelo voto, que isso torne a ameaçar o país. Na falta de um sistema de governo melhor, fica-se com a bosta da democracia

2015: Ano da Guerra


Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior, o eremita

Zik Sênior

Tenho acompanhado a evolução dos candidatos que desejam a Presidência da República. Mas, como tenho 106 anos e não preciso votar, sinto-me à vontade para opinar sobre o que pressinto que pode acontecer em breve.

Até o momento, tudo aponta para, finalmente, a desejada derrota do PT nessa disputa. Um sinal evidente dessa tendência está explícito na fala de petistas boçais, mais extremados. Ameaçam criar sucessivos empecilhos para que o candidato eleito não consiga governar o país, e o povo que se dane! Ameaçam, até mesmo, com o uso da violência.

Um tal de João Stédile, que se diz líder de um “Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra” (o que é um enigma para mim, pois, se não possuem terra, não são trabalhadores rurais), em entrevista concedida a Rodrigo Viana, da Revista Fórum, afirmou a seguinte pérola:

─ “A questão agrária no Brasil só virá num futuro próximo (sic) quando houver a retomada das manifestações de massa, que vão pautar um projeto de país. […] Ganhe quem ganhe (sic) continuará tudo igual. Só espero que não ganhe o Aécio, porque aí seria uma guerra (sic). […]” [1].

Em minha completa ignorância acerca desse tipo de babaca, deduzo que se trata de um gajo agressivo, mal alfabetizado, presunçoso e ainda a querer instalar o comunismo no Brasil. De forma bem pejorativa, trata-se de um estafermo avariado, um terrorista de calcinhas bordadas. Contudo, ainda que tente cumprir o que prometeu, “dará com os burros n’água“. Quer dizer, “vai nadar muito e morrer na praia”.

Que haverá uma grande guerra, não tenho dúvida. Mas será bem outra. Não importa se o novo presidente venha a ser o Aécio ou a Marina, que são as únicas opções que ainda existem. Qualquer um deles terá de higienizar a máquina pública, o que demandará um esforço descomunal de sua equipe de governo.

Sanear ministérios, secretarias, empresas estatais e agências públicas da sujeira humana instalada pelo PT e sua “base ‘de corrupção’ aliada”, não tem preço! Será guerra para durar um mandato inteiro e ainda vai deixar bastante fumaça tóxica na atmosfera do planeta.

A ser assim, o novo governo será acusado pelo IPCC de ser o maior contribuinte de gases para o aquecimento global. Deverá ser severamente punido na ONU, pela queima descontrolada de elementos orgânicos, nocivos e perigosos. Meno male, será sinal que a limpeza obteve algum sucesso!

Grato pela atenção e até a próxima…

……….

[1] Fonte: Folha Política. Na matéria intitulada “Líder do MST promete ‘guerra’ se Aécio ganhar”.

Horário eleitoral gratuito


Recebemos um texto para campanha política de um candidato às eleições de 2014. Ele pede que o publiquemos no blog, função do tal do “horário do político gratuito” ou qualquer coisa que o valha. Seu advogado disse-nos, por sinal de forma um tanto grosseira, que essas publicações são obrigatórias e precisam ser gratuitas. Afirmou ainda que todos os veículos de comunicação do país têm a obrigação de divulgá-las, querendo ou não, pois consta da lei.

Após algumas discussões internas de nossa equipe, decidimos postar a “marquetagem” para nos livrarmos de eventuais vendetas. Nunca se sabe quais podem ser as consequências das ações desses prodígios. Mas, mesmo assim, ainda insistimos em pensamento:

─ “Trata-se de uma coisa muito estranha, uma propaganda política refogada com lixo”.

De toda forma, conforme determina a lei, segue o ‘comício eleitoral’ do político Geisonilsuam da Silva, o Fiofó.

……….

Comício público de Geisonilsuam ‘Fiofó’ da Silva

─ Atenção meu povo, vamos à luta para vencer! Para presidente, vote 00, vote no Fiofó!

─ Tudo o que Fiofó promete, Fiofó faz com exatidão. Afinal, se Fiofó dá tudo por você, então não perca seu Fiofó de graça.

─ Para presidente, crave seu voto no Fiofó! Faça negócios e ganhe muito dinheiro com Fiofó. Realize “relações eleitorais” com o seu Fiofó!

─ Mas saiba de um fato que nos multiplica: nosso Fiofó será todo seu, assim como o seu Fiofó será todo nosso. Vamos, juntos, compartilhar o Fiofó!

─ Meu povo, nestas eleições para presidente, vote em Fiofó! Crave 00 no Fiofó!

O analfabeto político do século 21 - Fiofó da Silva

O analfabeto político do século 21 – Fiofó da Silva

A urna eletrônica brasileira deve auxiliar bastante a eleição de milhares de Fiofós. Vota-se no Tonico Trombeta e um Fiofó, devidamente programado, recebe o voto! Na qualidade de eleitores, temos de nos sujeitar a isso. Não existe escapatória, sobretudo da maneira como essa vergonha está legalizada pelo voto obrigatório. Desculpem, mas desse jeito, obrigatório, trata-se de uma violação grave, não de uma “cantada”.

São milhares, talvez milhões de Fiofós, zanzando pelas ruas e escritórios do país, sobretudo durante as milionárias campanhas políticas que realizam. Nunca se sabe o que pensam, o que planejam, de onde vieram e em que lugar desejam se aboletar no futuro próximo.

Não há qualquer dúvida que querem ser políticos, mas, com certeza, não é pelo salário mais as benesses que percebem. Até porquê, tudo indica que gastam muito mais do que ganham para fazer muito pouco ou fazer nada.

Há quem diga que o Fiofó acima transcrito ficou milionário com “restos de campanha”. Haja restos. É como ser um minguado faquir desde a origem e, num dia, com restos de comida colhidos nas lixeiras, engordar rápido para, logo em seguida, sagrar-se campeão mundial de sumô. Há algo inexplicável nessa trama.

Quem assiste aos programas políticos, televisionados duas vezes por dia, ou procura ocupar o tempo com comicidades ou está prestes a enlouquecer. Confessamos que, por curiosidade de ver se o nível havia melhorado, assistimos ao primeiro programa desse ano. Claro que nem todos os Fiofós estavam presentes, pois não há tempo disponível para tantos. Mas o que vimos e ouvimos foi dantesco. A menos de um único candidato, para todos os cargos eletivos destas eleições só compareceram Fiofós!

Assim, considerando o cenário trágico em que fomos enrolados nestes últimos anos, ficamos a pensar como ficará o país com a nova geração de Fiofó que vai invadir aos coices o Congresso Nacional e as Câmaras estaduais.

E mais lamentável ainda, quais são os riscos que a sociedade brasileira correrá se o Palácio do Planalto for dominado por mais um Fiofó, a comandar sua tropa de “ditadores democráticos”.

Viadutos que não desabam


Na cidade de Wuhan, situada na região central da China, foi construído um grande viaduto sobre uma linha férrea de alta velocidade.

No entanto, antes de iniciar a construção, a empresa construtora tinha alguns problemas para resolver: (i) demolir a passagem elevada existente (com duas pistas de 3,5 km de extensão) e (ii) construir em seu lugar um viaduto maior. Porém, com uma séria restrição: (iii) sem interromper os serviços do “trem-bala chinês”.

A demolição com explosivos da estrutura foi realizada a noite. Como a região possui muitos prédios residenciais, com canalização de gás, cabos de energia elétrica e de telefonia, era imprescindível reduzir a expansão da nuvem de fragmentos e poeira. A construtora seguiu a experiência britânica nesse tipo de demolição. Forrou a área do desabamento com sacos de areia e de algodão, para em seguida iniciar a “ordem de fogo”.

A maior demolição de viaduto jamais realizada na China – Foto BBC

A maior demolição de viaduto jamais realizada na China – Foto BBC

Pelos cálculos dos engenheiros, o novo viaduto, projetado com seis pistas e 5 km de extensão, teria seu peso na ordem de 17 mil toneladas. A questão era aonde construí-lo sem parar a linha férrea? Mas, como “cabeça não foi feita para separar orelhas”, a solução foi encontrada.

Engenharia para viadutos seguros que não desabam

Engenharia para viadutos seguros que não desabam

A estrutura do viaduto foi construída em duas seções, com canteiro de obras situados em paralelo à linha férrea. Mas com um importante detalhe de engenharia. Ambas foram construídas sobre um eixo de 15 metros de altura, com capacidade de rotaciona-las e fazer os encaixes sobre os pilares de sustentação e nos bordos da pista existente.

Girando um viaduto de 17 mil toneladas

Girando um viaduto de 17 mil toneladas

Viaduto encaixado nos bordos da pista, sem desabar

Viaduto encaixado nos bordos da pista, sem desabar

De fato, uma verdadeira “obra de arte” chinesa.

Porém, eis os viadutos que desabam!

Em doze cidades brasileiras “tentaram” fazer dezenas de obras urbanas. Segundo o que foi “vendido” pelo governo, eram todas para “melhoria da mobilidade urbana”. Além, é claro, de atender ao dito “Padrão Fifa”.

Segundo a soberana, sempre sob o comando de seu marqueteiro de estimação, somente com a execução do inventado “PAC da Copa” seria realizada a inventada “Copa das Copas”. Inventaram até uma “Lei Geral da Copa[1], válida apenas para as 12 cidades. Viveu-se um inferno de obras urbanas muito mal planejadas. Muitas delas não foram concluídas a tempo de atender a Copa da Fifa; quase todas foram superfaturadas.

Mas foi em Belo Horizonte (MG) que o “PAC da Copa” fez as primeiras vítimas que não eram operários da construção. Um viaduto ainda em obras despencou sobre uma avenida com elevado trânsito, no bairro da Pampulha e, por sorte, somente soterrou dois caminhões e um carro. Mas um micro-ônibus escolar também foi atingido e teve perda total em sua dianteira.

Todavia, como não poderia deixar de ser, a ação inepta e até mesmo criminosa dos gestores do “PAC da Copa” acabou por matar duas pessoas inocentes e feriu outras vinte e três.

Viaduto brasileiro desabado em Belo Horizonte

Viaduto brasileiro desabado em Belo Horizonte – China News

Ao comparar os riscos de segurança das obras do “viaduto chinês” (com 5 km), com os da “passarela brasileira” (com 112 metros), fica óbvio que os responsáveis por esse acidente seriam punidos pelo governo chinês de forma equivalente ao que destruíram, inclusive a perda de vidas humanas.

Para onde segue a engenharia brasileira?

Segue muito bem, obrigado. O que segue mal são as formas de sua contratação pelo sistema público. O critério de menor preço é simplesmente absurdo. Usado a título de fazer economia com o dinheiro público – o que é uma falácia –, o sistema dispõe de “esquemas” que permitem “acordos com a contratada” para que realize uma série de consecutivos “aditivos ao contrato”. Tudo leva a crer que ambas as partes saem ganhando – os sócios da contratada e os donos do Estado.

O governo sempre contrata o menor preço, mas graças aos aditivos paga, em média, ágio de 300 a 400% do valor contratado. A variação dos custos da construção da refinaria Abreu e Lima – de US$ 2, 5 bilhões, para US$ 20 bilhões – é prova cabal desta “ação entre amigos”. Não é à toa que a dívida pública brasileira alcançou R$ 2,12 trilhões, em 2013. Um recorde, equivalente a quase um décimo do PIB da China, o segundo maior do mundo.

Sugere-se, com base na ética da Engenharia, que todas as obras concluídas pela Delta e pela Cowan no Brasil sejam auditadas em termos de sua segurança, envolvendo a proveniência dos insumos construtivos utilizados, sua qualidade, as ferragens das estruturas, etc.

……….

[1] Quem tiver interesse, está disponível em Lei Nº 12.663, de 5 de junho de 2012. Tudo leva a crer que, com base neste diploma legal, o Brasil foi governado pela Fifa durante a Copa de 2014. Essa lei foi feita sob medida para garantir, sem quaisquer riscos, os lucros financeiros da Empresa Fifa e seus associados.

Erros crassos consagrados


No Brasil de hoje, ‘político’ virou étimo de ignorante”, esta é a visão a que a população chegou após a bandalha de 12 anos, pois quase 40% de votos ainda não estão definidos.

Os dialetos da língua portuguesa, falados e escritos em certas regiões do país, arriscam-se ao criarem jargões desconexos, que acabam por se consolidarem em ambientes incultos, para enlevo e regozijo dos que precisam dominar turbas de ignaros com fins pessoais. Em suma, para servir à manipulação efetuada por políticos corrompidos.

Erros crassos em tudo, mas consagrados

Erros crassos em tudo, mas consagrados

Têm-se vários exemplos dessa fraude, sobretudo movidos por expressões coloquiais dúbias, que constituem erros crassos de gramática e sintaxe. Há pouco mais de uma década, a classe política dominante, sempre em permanente “corrida eleitoral”, escoiceia o vernáculo, a fazer promessas que nunca cumpre.

Agora, para estupefação da sociedade, a mesma classe jura que vai realizar mudanças. Mudanças para o quê, se nada fizeram? De toda a forma, o mais interessante é que mais de 70% dos eleitores querem “mudanças na forma de como o país é governado”. Decerto, com outra equipe de verdadeiros governantes, de estadistas formados.

A despeito disso, ainda há quem ache engraçado o modo das “falações regionais”, fazem piadas, contam causos inverossímeis de arrepiar mulas e jumentos. Mas não há motivo para fazer graça com essas falações, apenas de se sentir vergonha em viver calado sob o regime delas. Na verdade, tornaram-se subdialetos ordinários, coalhados de falas grotescas, embora consagradas por políticos apedeutas.

É desse modo que certos políticos “negociam” entre si e, mesmo a correr perigosos riscos, ainda tentam convencer à sociedade menos letrada que nunca cometeram “malfeitos’ e que continuarão honestos, a perseguir o caminho que escolheram [para se locupletarem na mesa alheia].

Isso é doloroso nos setores que podem ser atendidos por ciências específicas. E é o caso da “política”, uma vez que existe a Ciência Política. Não significa que um Presidente ou Primeiro Ministro de qualquer nação precise dominar esta ciência, longe disso. Apenas, sob nenhuma hipótese, pode ser analfabeto funcional, muito menos associado a pares corruptos semelhantes.

O ultraje das Copas


Para se nivelar com a infâmia.

Após os espantosos “gastos esportivos” do governo, estimados pela imprensa em cerca de 30 bilhões de dólares, o Brasil é eliminado da Copa da Fifa pela Alemanha, que foi implacável técnica, tática e disciplinarmente. Placar desmoralizante de 7 a 1 !!!

A seleção brasileira, penta campeã mundial de futebol, recebeu uma porrada “nunca vista na história desse país”. Parece piada de mal gosto, mas a nação do futebol encontra-se de luto.

Alemanha 7 x 1 Brasil

Resultado da infâmia: Alemanha 7 x 1 Brasil

O governo federal vendeu descaradamente a Copa da Fifa para o povo brasileiro como o mais “grandioso evento da história esportiva do país”. Seu único objetivo era colher mais votos nas eleições gerais deste ano, de modo a manter a oligarquia que possui no parlamento e reeleger a “criatura” à presidência da República. “Fod&u-s&”.

A Copa da Copas demonstrou, de forma cabal, que o futebol nivelou-se aos mais infames serviços públicos de educação, saúde e segurança que são oferecidos . Porém, agora a dura realidade bate à porta de cada um.

Um brasileiro mais atento enviou essas linhas para um amigo que, graças à capacidade de previsão de desgraças, mudou-se há 12 anos para o Canadá:

─ “Você estava certo quando foi morar em Toronto. Temos um péssimo futebol. Um péssimo técnico. Copa superfaturada. Máfia de ingressos. Trouxas pagando R$ 2.000,00 por um único ingresso. Ausência de legados. Operários mortos. Viadutos feitos ‘nas coxas’ que desabam. Trem bala e metros que sequer saíram das fábricas. Governo corrupto. Doutrinação ideológica. Setenta milhões de bolsas família distribuídas. Política de Cotas. STF loteado. Inflação em alta. R$ 2,2 trilhões de dívida pública. Invasão de médicos cubanos. Porto de Mariel. Petrobras sucateada. Eletrobrás desesperada. Cerca de 50 mil assassinatos por ano. Médicos brasileiros humilhados. Amizade íntima com Venezuela e Cuba. Economia a caminho da ‘argentinização’. Presídios superlotados. Hospitais caindo aos pedaços. Não é possível, o povo deve estar anestesiado. Acorda brasileiro!”.

Faz-se apenas um adendo a este texto. O atento brasileiro esqueceu-se de observar que o Brasil é único país do mundo em que treinadores de futebol são chamados de “Professores” e recebem remunerações astronômicas.

Aguarda-se com muita ansiedade a presença da “soberana” no Maracanã, para  a entrega da taça à seleção campeã do Ultraje das Copas. É ideal que esteja acompanhada por seu “criador e respectiva camarilha”. Com certeza, serão bastante “ovacionados pelas elites brancas”.

O ocaso do apedeuta


Zik-Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior, o eremita

Zik Sênior

Confesso que durante o ano de 2003 fazia menos esforços para aceitar que meus ouvidos escapassem quase incólumes das falações de Luiz Inácio. Tudo bem, eu tinha 11 anos a menos do que tenho (105), era mais saudável e estava curioso para conferir sua extrema ignorância. Assim, optei por levar suas falas para o lado cômico e perder-me em risadas. Não havia outro remédio, afinal.

Mas o “sábio” começou a ficar temerário já no meio daquele ano. Ao receber uma delegação de pessoas com necessidades especiais, ao invés de se aproximar para os cumprimentos, Inácio olhava-a através de uma câmera de TV. De chofre, para espanto da imprensa, largou essa:

─ “Estou vendo daqui companheiros portadores de deficiência física’. Estou vendo Arnaldo Godoy sentado, tentando me olhar, mas ele não pode porque é cego. Estou aqui à tua esquerda, viu, Arnaldo? Isso! … Agora você está olhando para mim”.

Notei que sua fala era primária, precária, primeva. Dominava com dificuldade um reduzido vocabulário, com sintaxe próxima de zero e dicção péssima. Suas frases ou começavam pelo verbo ‘estar’ na primeira pessoa ou tinham nele próprio sua única finalidade. Mas, afinal, fora eleito presidente da República, mesmo com voz de sapo-boi esganado a atropelar o vernáculo português.

Em dezembro do mesmo ano, num encontro com atletas paraolímpicos ele repetiu a dose: ─ “Estou com uma dor no pé, mas não posso nem mancar, pra imprensa não dizer que estou mancando porque estou num encontro com companheiros portadores de deficiência”.

A partir de então, ‘pessoas com necessidades especiais’ passaram a ser chamadas pelo ‘sábio’ por ‘companheiros portadores de deficiência’. Então, ficou assim combinado: se mancar ao lado dele será tachado de “companheiro deficiente”.

Ao longo de sua estada no cargo todos os segmentos da sociedade passaram a ser formados por companheiros: companheiro político, companheiro bispo, companheiro corrupto e foi ouvido até Companheiro Papa. Companheiro é o cacete, Inácio!

Em 2004, na comemoração do Dia Internacional da Mulher, Inácio soltou uma pérola: ─ “Sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta”. Fiquei surpreso com sua notável descoberta científica; além da brutal coincidência entre os resultados do nascimento de sua genitora com os do resto da Humanidade. Alguém já conheceu um “PhD nascituro”? Pois é, mas na cabeça do ‘sábio’ eles existem.

Pensei com meus botões, “perfeito, sua mãe nasceu analfabeta e você, além disso, cresceu inepto e apedeuta; assim manteve a honra de sua estirpe”. Mas não tirei qualquer conclusão antecipada sobre o ‘sábio’. Apenas passei a observá-lo com mais acuro, queria perceber quais poderiam ser suas intenções.

Foi então que verifiquei que, mesmo após eleito, Luiz Inácio permaneceu pelos palanques do país, a fazer discursos despropositados, cheios de jargões, metáforas futebolísticas, com linguagem vulgar e promessas inexequíveis. Mas isso funcionava bem para aquele segmento humilde do povo. Inácio recebia muitas ovações em troca, achava-se um felizardo.

Na verdade – mal sabia eu –, ele estava a treinar discursos para outros palanques do mundo. Preparava o grande ciclo de viagens internacionais, “o maior da história desse país”, onde visitaria vários países africanos e asiáticos à procura de espaço para “vender novos projetos”.

O apedeuta entrou em seu jato reluzente – adquirido em 2004, ao custo camarada de 56,7 milhões de dólares – e partiu para a faina. Oferecia aos soberanos locais “queijos coloridos em pacotes fechados”: projeto, obra, mais financiamento de banco público e a empreiteira brasileira que executaria a obra. Por algum motivo ou “estímulo“, vários soberanos aceitaram as ofertas milionárias. Acho muito provável que alguém haja ganho uma espécie de comissão” nessas vendas, pois trata-se de sabida norma sagrada de certas construtoras.

Mas, chegando à África, o ‘sábio’ cometeu barbaridades diplomáticas. Após desembarcar na capital da Namíbia, junto com sua camarilha, por conta própria disse, sob a forma de agrado, que os africanos são sujos e desorganizados:

─ “Quem chega em Windhoek não parece que está em um país africano. Poucas cidades do mundo são tão limpas (…)”.

Em outra visita, ao sudoeste da Ásia, as “gafes do Inácio” continuaram, agora com o ditador da Síria:

─ “Um brinde à felicidade do presidente Al Assad!”, ignorando que, por orientação religiosa, muçulmanos não consomem bebidas alcoólicas. Importante lembrar que, no caso de Bashar Al Assad, apesar de não beber, tudo leva a crer que ele tem “permissão para ser genocida”.

A presunção de Luiz Inácio estava a se tornar incontrolável. Parecia um narciso aloprado, a render homenagens à própria imagem refletida nos espelhos da ignorância. Mas, em 2004, ocorreu uma situação que me impressionou, deveras. Devia estar descendo de uma benção de seu pajé de Cuba e resolveu passear pela Costa Rica. Em conversa com o presidente desta nação, gabou-se e demonstrou, com superior naturalidade, seus interesses autoritários mais pejorativos.

─ “Fui agora ao Gabão aprender como é que um presidente consegue ficar 37 anos no poder (…)”.

Também em 2004, creio que no palácio do Planalto, para mostrar a líderes de um partido “mensalizado” por sua facção, disse abertamente que era “o todo poderoso”:

─ “Um dia acordei invocado e liguei pro Bush”.

Formidável, não acham? O ‘sábio’ a mentir para parlamentares pagos com iscas para ouvi-lo. Estava inebriado com o que julgava ser seu “poder maior”.

Dedução minha. Num dia, com mal humor por ter levantado da cama macia, iniciou uma conversa íntima com seu clone norte-americano em boçalidade. Formaram uma “irmandade apedeuta a dois”, com consequências simplesmente desastrosas, tanto para o Brasil, quanto para o resto do mundo. Pagamos por elas até hoje.

Mas as práticas políticas começaram a desandar, como “massa de nhoque aguada”. Em abril de 2005, o ‘sábio’ declarou em uma entrevista coletiva que “Eu e Palocci somos unha e carne, tenho total confiança nele”. O que foi curioso aconteceu em agosto do mesmo ano, quando declarou acerca do escândalo do mensalão que então viera a público: “Quero dizer com toda franqueza: me sinto traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento”.

Vejam bem, “com toda franqueza” é uma verdadeira patranha! Convenhamos, o antro da quadrilha ocupava salas próximas à sua. Os quadrilheiros eram companheiros íntimos do ‘sábio’, havia décadas. Como ele não saberia de nada? Como seria possível?!

Um parêntesis. Passei parte de minha juventude na Paraíba, morando no povoado de Sumé. Lá tive um amigo mais velho, chamado Jônatas. Lembro-me que ele era muito grande e forte. De cima de sua moral do agreste, quando se sentia provocado no limite, berrava na cara de quem tentava enganá-lo:

─ “Oh, seu filho de cinco puta! Some daqui sinão te rebento!”. Era um amigo cheio de piedade para dar…

Óbvio que Jônatas não fazia a menor ideia do que significava a “teoria do domínio do fato”. Eu mesmo só vim saber mais ou menos após o julgamento da quadrilha íntima do apedeuta. Mas, com certeza, se ele fosse um juiz da Alta Corte, iria xingar a todos de “filhos de cinco puta”, enquanto os espancava “sem dó de bater”.

Retorno. Em minha opinião, o noticiário mundial sobre o caso do mensalão foi fatal para as meninges de Luiz Inácio. Desde então, seus miolos e sistema nervoso nunca mais foram os mesmos. “O apedeuta foi obrigado a sair do ataque para jogar retrancado na defesa”, para traduzir o que ocorreu na linguagem do apedeuta.

Seus “companheiros secretários” e alguns “companheiros quadrilheiros” tiveram que pensar num plano capaz de silenciá-lo. Em uma reunião ficou decidido que ele viajaria muito mais pelo mundo e que, para estimula-lo, poderia levar consigo ‘a moça’, sua Secretária no escritório da presidência de São Paulo. Quase deu certo.

Houve ano que passou quase 90% dos dias úteis fora do Brasil. Apenas o restante do tempo manteve a bunda cravada na poltrona do Planalto. Mas, mesmo assim, Inácio dava entrevistas no exterior para a imprensa, vangloriava-se e, acometido pela sanha do poder, continuava a “fazer negócios” e falar coisas desconexas.

Quando retornava de cada viagem, estava transtornado e não dizia coisa com coisa. Certa vez, em 2009, quando inaugurava obras na orla marítima de Maceió, talvez tentando agradar aos operários, vomitou no chão esta frase:

─ “Não tem coisa mais fácil do que cuidar de pobre no Brasil. Com R$ 10, o pobre se contenta”.

Luiz Inácio, o apedeuta já então milionário, traduziu com essas palavras a postura sórdida e manipuladora de sua política de caça: cada “cabeça de pobre” valia para ele dez reais e nada mais.

Em minha opinião, a essa altura do mandato, o ‘sábio’ já se encontrava em franco processo de decadência moral. Era o “ocaso do apedeuta” que estava a acontecer, em nível já avançado. Tanto é que, mesmo com a maioria absoluta no Congresso, amestrada por iscas fiscais, preferiu não tentar um terceiro mandato e “parir um poste” para sucede-lo.

Achei uma opção de alto risco. Pensei ser improvável que o povo que o elegera duas vezes, sem receber educação pública básica durante 8 anos, continuaria calado e cativo, a R$ 10,00 por cabeça. Em outras palavras, permaneceria submisso às esmolas públicas que recebia (e recebe até hoje).

Pois, errei! Inconformado, queimei o título de eleitor. O oráculo da patranha conseguira eleger seu poste de estimação, apesar da própria decadência. Seu linguajar retornara ao da origem, de volta a seu ânimo congênito, ora debochado, ora boçal.

Durante os anos de “mandato do poste”, pude observar sua fala, sempre a estimular o “ódio e a vingança entre as classes”, bem como a defender os indefensáveis efeitos das minas explosivas que plantara pelos caminhos da nação: uma série de financiamentos em vários países – com destaque para o porto de Mariel, em Cuba; os desvios criminosos de dinheiro que reduziram o valor do Aparelho Petrobrás pela metade; a riqueza descabida de seu “filhote-pupilo” (o gênio invisível); e o carnaval das obras superfaturadas para a Copa da Fifa, são fatos noticiados maciçamente pela imprensa nacional e mundial.

Ficou, digamos assim, a “impressão” de corrupção generalizada durante 12 anos do mesmo partido no “poder público”, a degradar instituições e princípios vitais à civilização humana.

Sim, já ia me esquecendo de comentar sobre seu “poste de estimação”. Mas vou falar o quê? Não há mais nada a acrescentar, tudo já foi dito e provado. Deste ‘poste‘ não saem fios e cabos, está bambo no ar. Ao contrário, são certos fios e cabos que movem o ‘poste’ para onde bem quiserem. Ele é um títere manipulado que sofre frenesis, histerias, eletrocuta e escoiceia a todos. À exceção, é claro, de seu oráculo criador, ainda que à beira do colapso final. Essa é minha expectativa otimista para a nação brasileira.

A pré-história das urnas eletrônicas


Ricardo Kohn, Consultor em Gestão.

Em 1981, mudei-me do Rio para Brasília. Aceitei um convite para trabalhar no Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro. Dado que era (e sou) um “estrangeiro” em informática, fui convidado a trabalhar na área de planejamento e gestão, no Centro de Desenvolvimento Empresarial – CDE.

Naquela oportunidade, encontrava-se em desenvolvimento no Serpro o “Projeto Eleitoral”, gerido por Carlos Eduardo Oberlaender Alvarez. Aproximei-me dele, pois tinha curiosidade em saber como funcionaria o voto eletrônico. Sem dúvida, pareceu-me uma excelente proposta da inteligência e automação. Mais tarde, fiz amizade com Alvarez [1], tanto por seus traços de caráter, quanto por sua competência técnica em lógica e informática.

Em síntese, o Projeto Eleitoral visava a desenvolver softwares capazes de totalizar votos em eleições. Mas não tenho dúvida que a equipe de Alvarez já pensava em como construir um hardware para receber os votos de eleitores. Do contrário, de que valeriam aplicativos para totalizar votos gravados em discos rígidos?

Em minha visão, à época, além de Alvarez, pelo menos dois membros da equipe do Projeto Eleitoral chamavam-me a atenção, embora por motivos diferentes: Ricardo Telemberg e Paulo César Camarão.

Tanto é que, anos mais tarde, Telemberg participou da equipe que construiu a primeira urna eletrônica brasileira. Esse projeto de inovação, foi concluído em fins de 1991, na cidade de Florianópolis. Envolveu especialistas do Serpro, técnicos do Tribunal Eleitoral de Santa Catarina e cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina. Da dedicação desta equipe resultou um sucesso positivo. A visão do saudoso Alvarez parecia começar a tornar-se realidade.

No entanto, Paulo Camarão, um pouco mais “burocrata“, seguiu por outro caminho, embora vinculado às eleições e à “máquina de votar”. A última informação que tive acerca dele foi que, durante dez anos, respondeu pelo cargo de Secretário de Informática do Tribunal Superior Eleitoral. Compatível, mas será possível que tenha achado irrelevante o risco de hackers alterarem os votos consagrados na “máquina brasileira de votar”? Devo duvidar.

Eleição eletrônica e segurança de dados

Comparando o cenário de 1991, quando foi feita a primeira máquina de votação eletrônica brasileira, ao dos dias atuais, mesmo para os leigos iguais a mim, a evolução das ferramentas da informática, dos meios de transmissão de dados, das telecomunicações, dos controles impostos para sua segurança e até da periculosidade dos hackers, foi simplesmente notável.

Que eu me recorde, a primeira eleição eletrônica brasileira ocorreu em 1996. Hoje, de acordo com o que dita o TSE – Tribunal Superior Eleitoral, o eleitor não pode conferir o voto que deu. Ele apenas vê seu voto no visor da máquina, mas não possui qualquer comprovação de que foi somado aos votos do candidato que escolheu.

A visão do eleitor brasileiro, segundo o TSE

Como o Tribunal Superior Eleitoral vê o eleitor brasileiro

Contudo, o TSE afirma que seu sistema eleitoral é ótimo, possui todas as funções necessárias e que os eleitores podem morrer tranquilos, pois nunca serão enganados. Todavia, por algum motivo desconhecido, mesmo que a muito custo, o TSE só permite auditorias externas impondo uma série de restrições danosas para qualquer auditoria técnica. Ou seja, não permite que sejam públicas, livres e independentes.

Em 2006, um candidato de Alagoas encontrou erros na votação e solicitou uma auditoria. O TSE cobrou-lhe 2 milhões de reais para realiza-la. Como, por motivos óbvios, não possuía meios para pagar, acabou condenado pela justiça eleitoral por “litigância de má fé”. Sem dúvida, é um caso patético, a mostrar o poder extremamente centralizado no TSE, como administrador, normatizador e julgador simultâneos do processo eleitoral. Se algum dia o TSE for réu em qualquer processo, evidente que se absolverá.

Naquela ocasião, as urnas eletrônicas brasileiras utilizadas pelo TSE, eram fabricadas pela Diebold Procomp. Essa empresa, após duas eleições nos EUA, uma ocorrida na Califórnia (2004) e outra em Ohio (2006), teve suas urnas e aplicativos auditados por equipes de competência indiscutível. Os erros encontrados foram tão graves que a Diebold foi proibida pela justiça norte-americana de vender suas armadilhas naquele país. Saliento que hoje uma empresa venezuelana continua a usar a Diebold. Chama-se Smartmatic, e opera absoluta no Brasil.

Cerca de 60 países possuem sistemas eletrônicos de votação. Afora o Brasil, que desde 2004 é o único cliente Diebold no mundo, todos os demais usam urnas que permitem dois registros de votos, sendo um em meio digital e outro em meio físico, que normalmente é impresso. Para isso, adquiriram Urnas de 2ª Geração, além de permitirem que sejam realizadas auditorias públicas, livres e independentes. Isso por que não há “falhas e malfeitos” que não sejam identificados nessas auditorias. Caso ocorram, a autoridade eleitoral local é a primeira a punir com severidade os culpados.

Segundo dados públicos que obtive na internet, Holanda, Estados Unidos e Argentina, por exemplo, são países que evoluíram muito nesta matéria, impedindo que crimes de corrupção eleitoral sejam realizados por meio desta via. Nós somos o único povo do planeta submetido às superadas e manipuláveis urnas de 1ª geração. Tudo leva a crer que há algo muito sujo sob o manto da escuridão da autoridade eleitoral brasileira.

O quadro eleitoral de 2014

Desde já, declaro que não acredito em teoria da conspiração eleitoral. De toda forma, é vital ficar atento. Há uma pesada infraestrutura em rede para as eleições gerais de 2014. São estimadas cerca de 530 mil urnas coletando e transmitindo votos eletrônicos por todo o país, todas produzidas pela empresa Diebold Procomp, de acordo com projeto assinado pelo TSE.

É isso mesmo, a Diebold, daquela empresa que não consegue mais vender urnas para qualquer país do mundo, dado que seu modelo DRE de 1ª geração [2], após ser retirado das normas técnicas norte-americanas, foi proibido na Holanda, julgado inconstitucional na Alemanha e abandonado pelo Paraguai.

Contudo, não posso esquecer que o TSE negou-se a fazer qualquer teste público das urnas DRE, antes das eleições. Argumentou que criara um “grupo de segurança” visando a realizar quatro trabalhos: “ (i) mapear requisitos de segurança das diversas fases do processo eleitoral brasileiro, (ii) elaborar um plano nacional de segurança do voto informatizado, (iii) propor um modelo ágil de auditoria da votação e (iv) totalização dos votos e estudar, propor e validar modelos de execução do teste de segurança”.

Parece-me óbvio que esses ditos “trabalhos” já deveriam estar prontos há muito. Pelo menos desde 2004, quando um agente do desgoverno – quem sabe, com interesses inconfessáveis – decidiu comprar as “urnas enganosas” da Diebold e implantá-las como alma de nosso sistema eleitoral.

Resta lembrar que a tecnologia das máquinas de votar não para de evoluir. A Argentina, nossa vizinha,  já possui Urnas de 3ª Geração, praticamente invioláveis “por ratos“. Será que o TSE, presidido por um ex-advogado do partido do governo, vai continuar permitindo que ele próprio permaneça infanto-juvenil, “a soltar ruídos” de 1ª geração?

Assisti o vídeo de uma entrevista com o Engo Amílcar Brunazo Filho, um dos grandes conhecedores dos sistemas eleitorais eletrônicos. Ele narra o que já passou, sobretudo quando demostrava ao TSE quão ordinário e burlável é nosso sistema eleitoral.

Entretanto, no mesmo endereço do Youtube foi colocada uma paródia que faz a síntese cômica do que são nossas atuais urnas eletrônicas. Assista ao vídeo, pois é bastante sério. Assista, mas também ria de si próprio.

……….

[1] Carlos Alvarez deixou o Serpro após muitos anos de trabalho, passou pela Mesbla SA e pela rede Globo. Veio a falecer cedo, em 18 de março de 2004. Sonhara com a automação nacional de votos, sem sequer cogitar que seu criativo projeto poderia ser ameaçado pela criminosa corrupção brasileira.

[2] DRE é abreviatura de Direct Recording Electronic ou “Gravação Eletrônica Direta”.

O ódio é mútuo


A princípio não queríamos entrar nesse tipo de discussão: – Xingar em público o mandatário máximo de um governo nacional é admissível ou constitui uma grave violência?

Porém, não há como calarmos. Entendemos ser necessário refletir com mais profundidade sobre a ocorrência das vaias e xingamentos dirigidos à atual Presidente da República. Acreditamos que a reflexão é uma atitude essencial ao exercício da “cidadania democrática”.

No entanto, focalizando não apenas às extremadas indignações ocorridas na “Arena de São Paulo”, durante jogo de abertura da Copa da Fifa. É importante ir além e considerar o contexto dos últimos quatro anos do governo, fruto exclusivo das ações políticas de seu mentor apedeuta. Afinal, vaias dirigidas à soberana são repetitórias, até mesmo em pronunciamentos televisivos, quando, de forma antecipada e ilegal, chafurda à cata de votos.

Um pouco do contexto histórico

Desde quando o partido pôs suas mãos no comando no Planalto, em 2003, o país foi dividido entre “nós e eles”. Essa foi a principal contribuição ideológica gradativamente imposta ao povo brasileiro: nós, do partido, somos o povo e sempre estamos a seu lado, acreditem; eles, da oposição, são a elite dominadora, corrupta e que nada realizou; só cometeu desgraças para o nosso povo.

Esse tipo de ódio foi insuflado sistematicamente, tanto com difusas “promessas de correção dos rumos do país”, quanto pela cara publicidade chapa-branca em veículos de comunicação. Mas foi assim que o partido conseguiu construir uma sólida muralha de fumaça, capaz de esconder, aos olhos da nação, as ações clandestinas de seus partidários dentro do governo.

E, paradoxalmente, foi por obra de uma ação intestina, realizada em público e mostrada em canais de televisão de todo o mundo, que o esquema do mensalão foi denunciado por um parlamentar da chamada “base aliada” (junho de 2005). O motivo da delação foi o fato de se considerar menos aquinhoado pelas propinas que a quadrilha distribuía com dinheiro público. Ela comprava vários “elementos” do Congresso Nacional para ter seus votos e manter-se eternamente no poder. Ou seria outra coisa?

Após mais de 7 anos, alguns foram julgados pela Alta Corte, apenados e encontram-se presos em penitenciárias. Porém, muitos outros permanecem soltos, atuando nas mesmas práticas que lhes interessam realizar: planejar corrupções futuras e executá-las sob nuvens de fumaça, com o auxílio de quadrilhas privadas. Tudo clandestino, obscuro e furtivo.

Já a partir de 2006, novas plantações de corrupção são efetuadas na calada de escritórios políticos. Começaram a ter frutos mais expressivos em 2013, no reinado da atual soberana. A sequência de escândalos descobertos é fenomenal. Não temos meios de destrincha-los, mas todos já os conhecem ou, pelo menos, ouviram falar deles.

No entanto, o escândalo mais grave apresenta – todos juntos e unidos pela fé – “uma quadrilha de doleiros, ex-presidente e diretores de estatal, parlamentares, assessores e traficantes de drogas”. Mais uma vez, a maior vítima da extorsão foi a Petrobras.

De toda forma, o esquema de propina e lavagem de dinheiro já se encontra evidenciado pelas investigações da Polícia Federal, na “Operação Lava a Jato”. Resta esperarmos sentados, como sempre, que a justiça brasileira cumpra com sua missão: envie os responsáveis e, sobretudo, “seus sócios” para uma penitenciária que seja de segurança máxima. Pois, extorquir o povo brasileiro e a Petrobras é um crime moralmente hediondo!

Contrastes, falhas e mentiras

Antes de abordarmos os apupos e palavrões dirigidos à soberana, é necessário ponderar sobre sua motivação. Em nossa visão, é de ordem social-democrata e fundada nos contrastes dos investimentos do governo, ao longo de pelo menos 10 anos – período 2003-2012.

Em síntese, neste período o governo despendeu mais dinheiro público na África e na América Latina do que em território brasileiro. Em 2012, nossas estradas, ferrovias, aeroportos, portos, eram os mesmos de 2003, apenas deterioradas após 10 anos de uso sem manutenção. Não vamos ser redundantes em falar mais da falta de equipamentos de educação e saúde, bem como da malfadada insegurança pública nacional.

Em compensação, o porto de Cuba é a Joia da Coroa. A unidade da Petrobras, situada em território boliviano, foi desapropriada pelo cocaleiro que lá governa, com forças do exército da Bolívia que a invadiram. Mas o mentor da época ainda foi capaz de remunerar o cocaleiro-mor pela façanha cometida!

Enfim, o descaso do partido à frente do governo, baseado em princípios ideológicos escusos, abatidos desde o século 19, cria contrastes que humilham diariamente a população brasileira. Isso não merece vaias?

As falhas e o superfaturamento das obras da Copa da Fifa – arenas e mobilidade urbana – são mais uma confirmação da corrupção instalada e da incompetência do Planalto. Por quê, então, não mais vaias?

Orientada por seu mentor, desesperada à cata de votos e sem mais tentar gerir o país, a soberana faz pronunciamentos nacionais que são verdadeiras odisseias de mentiras sobre o cenário que turvou o Brasil. Parece que discursa sobre a Noruega, a Alemanha ou a Holanda. Talvez ainda acredite ser capaz de manipular o povo brasileiro sem ser apupada. Mas, por óbvio, crescem as vaias!

Apupos e xingamentos

A imprensa chapa-branca e a soberana afirmam que os apupos e palavrões partiram da área VIP do estádio de futebol, isto é, da elite que a ocupa. Mas se esqueceram de um fato importante:

─ “O que é “elite” e quem forma a “elite brasileira” após 12 anos de poder do mesmo partido?”

Segundo o dicionário Michaelis, elite significa “o escol da sociedade, de um grupo, de uma classe”. Já escol, consultando o mesmo amansa-burro, é “o mais distinto em um grupo”. Por sua vez, distinto significa “elegante, gentil”.

Como se vê, a visão ideológica do que é “elite” está completamente deturpada pelo partido adoentado no poder.

Por outro lado, muitos fatos nos levam a crer que a maioria dos ocupantes da área VIP do estádio era composta, além dos convidados pelo próprio governo, por “doleiros, ex-presidentes e diretores de estatais, parlamentares, assessores e traficantes de drogas”. Essa é a elite que nos restou após os últimos 12 anos.

Somos favoráveis às vaias e apupos, posto que são expressões legítimas da democracia. Caso estivéssemos presentes ao jogo de abertura da Copa, não temos dúvida que vaiaríamos a soberana e seu séquito de estimação. É uma reação normal à força do ódio do partido dirigido aos cidadãos, desde que configurados como oposicionistas.

Por outro lado, ainda que hoje o ódio seja mútuo, não vemos qualquer consequência positiva em gritar palavrões e ofensas pessoais. Entendemos que essa prática deva ser abolida, pois não é a postura típica do cidadão brasileiro, além do fato de que não implicará a retirada dessas facções destruidoras, que tomaram o governo brasileiro de sua sociedade.

Será o voto de outubro que, provavelmente, terá real poder de transformação do ambiente político. Precisamos pratica-lo e fiscalizar os resultados, a despeito das dúvidas sobre a qualidade das “urnas eletrônicas“.

Assinam este texto três articulistas do blog. Somos gratos aos leitores desta catarse. Sem dúvida, consideramos necessário registra-la.

Discurso da ‘Presidenta’ Anta Roskoff


Simão-pescador, Correspondente na Europa.

Recebi e-mail de um “anônimo“, onde estava anexado um estranho discurso político. Não gosto de anônimos e mesmo com a ajuda do serviço de telecomunicações de Portugal, não conseguimos localizar sua origem. Permaneceu na escuridão. Assim, passo a vocês para que identifiquem a “douta Roskoff“.

Discurso veemente e esclarecedor

“Companheiras e companheiros, camaradas e camarados [sic], estou muito feliz de estar com vocês por aqui hoje [sic] para fazer um comunicado pro meu futuro governo” [sic].

“No meu próximo governo, que eu quero deixar bem claro, que vai começar em 2015 [sic], eu vou mudar muita coisa, quer dizer, eu vou mudar tudo, tudo o que precisa ser mudado [sic]. Entenderam?! Farei as mudanças que vocês que sempre que me pediram [sic] e que eu nunca tive saco de fazer” [sic].

“Que eu vou acabar com as polícias, com todas as polícias do país. Mas que vou criar novas polícias para botar no lugar das polícias que eu acabei de acabar [sic], fui clara?! Vou contratar policiais mais insinuantes [sic], principalmente das milícias do MST, MTST, dos Black Blocs e do PCC, que agora também são nossos parceiros nessa empreitada” [sic].

“Que eu vou integrar ao corpo, quer dizer, ao do meu executivo [sic], os Mídia Ninja, que são muito úteis para a intensa comunicação do meu novo governo [sic]. O ninja beiçola, de cabelo grande e enrolado, vai ser meu ministro das comunicações, não há ninguém melhor” [sic].

“Aliás, resolvi demitir do cargo aquele careca requentado, que há de catar coquinhos na seca árida [sic], pelas entranhas do nordeste [sic]. O castigo dele é que ele vai vaquejar nas costas do jumento [sic], sobre um sol inclemente” [sic].

“Que sempre saibam vocês todos que eu sou uma competente revolucionária [sic], faço de tudo que se for preciso [sic]! Me entenderam bem?! Só que eu não faço ameaças, que eu só cumpro o que faço [sic]. Tenho certeza que vocês me compreendem a importância das minhas ideias reju,. rer-ju-ve-nes,… Das novas ideias, porra! ” [sic].

“Que eu não vou permitir que ninguém tasque essa minha proposta democrática de governo [sic], só se me matando [sic]. Mas isso nunca vai acontecer. Afinal, eu tenho as minhas forças pessoais, bem treinadas e muito parecidas com as da SS e da Gestapo [sic], que me garantem minha integritude” [sic, sic, sic].

“Para finalizar eu quero comunicar a vocês que vou abençoa-los em 2015, com minha grande paz de espírito e inteligência superior (!!!). Para continuar o desenvolvimento do país que iniciei, vou criar mais 40 ministérios; isso mesmo, vou ter mais quarenta ministros e suas equipes. Saibam que, a partir de hoje, todos vocês estão empregados com cargos de chefia nesses aparelhos, analfabetos ou não” [sic].

A esquerda e seus dinossauros confiáveis

A esquerda e seus dinossauros confiáveis

“Mas determino que tragam familiares e companheiros confiáveis para que uma das minhas assessorias monte o aparelho de cada um [sic]. Mas não me incomodem com mais chatices. Fiquem em casa vendo televisão, vão passear por aí [sic], esbanjem seus salários, comprem carros, geladeiras e bicicletas, pois vou criar a Política Nacional da Bicicleta, e só me apareçam pela frente em 2015” [sic].

“Sintam-se à vontade, podem me bater com muitas palmas de forma ordeira que eu sei que eu me mereço; sou sua Soberana Absoluta…” [sic, sic].

Horário político-eleitoral


Ricardo Kohn, Escritor.

Partidos sem um mínimo de conteúdo, apresentam inúmeros políticos “desconteudados”, a fazer promessas aberrantes. Essa é a prática adotada no Brasil desde que dois “horários nobres” diários, do sistema brasileiro de comunicação (rádio e tv aberta), foram “tomados pelo parlamento“, para obrigar a população a assistir ao “digno horário eleitoral[1]. Contudo, aqueles que podem pagar caro por transmissões via canal a cabo, estão livres dessa tortura diária.

No Brasil o tempo de tv é dividido entre os partidos através de numerosas burocracias, com regras estranhas e até draconianas. Dessa maneira pouco democrática, os políticos da situação sempre têm mais tempo para prometer suas patranhas, já conhecidas de longa data por todos.

O povo e o horário político gratuito

O povo e o horário político gratuito

Mas outros países têm modelo similar ao brasileiro. Por exemplo, África do Sul e Namíbia. No entanto, Dinamarca, França e Grã-Bretanha, embora também possuam “horário eleitoral”, o tempo de tv é igualmente dividido entre todos os “presidenciáveis”.

Acrescente-se um detalhe próprio do modelo dinamarquês. Somente falam na tv os partidos que tiveram destaque na eleição anterior. Esse destaque é dado por um número mínimo de votos. Abaixo dele, o partido fica calado, silenciado, e sequer aparece no horário gratuito. Trata-se de um quadro de tortura política moderada para os espectadores.

Salienta-se que nos Estados Unidos sequer existe horário eleitoral, muito menos gratuito. Quem quiser palanquear na tv, haverá de pagar o preço da publicidade, sempre estipulado pelo dono do canal. Os presidenciáveis precisam falar objetivamente para não terem seus próprios bolsos torturados.

Debates televisionados

A televisão a cores tornou-se comercial em 1954, nos EUA. Por isso, é provável que o primeiro debate televisionado entre presidenciáveis haja acontecido em 1960, entre John Fitzgerald Kennedy e Richard Nixon.

No Brasil o primeiro debate ao vivo quase aconteceu também em 1960. A extinta TV Tupi, tentou promover um debate entre Jânio Quadros, Adhemar de Barros e Henrique Teixeira Lott.  Mas Jânio fugiu para fazer um comício em Recife, na mesma data.

Assim, o primeiro debate televisionado brasileiro somente ocorreu em 1974, no Rio Grande do Sul, transmitido pela então TV Gaúcha. Os debatedores foram dois candidatos ao Senado: o jurista Paulo Brossard e o político Nestor Jost, ligado ao agronegócio.

Agora, em 2014, a expectativa do povo brasileiro é grande para ver Dilma, Aécio e Campos travando fortes contendas. Roga-se que sejam capazes de apresentar programas públicos reais e factíveis, dentro de prazos pré-fixados, sem preços sobrefaturados, capazes de atender às tão sonhadas mudanças que a sociedade brasileira, por fim, exigirá do vencedor. Deve-se salientar que o programa de máxima prioridade é colocar o Brasil de pé, novamente.

Porém, uma coisa é certa. Dilma e seu aparelho já tiveram mais de uma década – longos três mandatos sucessivos – para melhorar o país ou, pelo menos, deixa-lo decente e confiável para os jogos enriquecedores do comércio internacional. E o que fez a “mardita” até agora?

……….

[1] A lei que criou essa façanha data de 15 de julho de 1965. Está na hora de extingui-la. É retrógrada, reacionária e canibaliza a mente dos milhões de brasileiros menos informados.

Mais um circo armado


Simão-pescador, correspondente na Europa.

Simão-Pescador

Simão-Pescador

Durante um mês inteiro é facto que o mundo ficará quase improdutivo para assistir aos jogos mundiais de ludopédio, mais conhecido como football. Dizem ser o esporte das massas. Ou será que nem tanto? Não seria tão-somente o esporte de milhões de espectadores obcecados?

Vejam bem, com a população mundial à beira da casa dos 7,5 bilhões de terráqueos, creio que os “futiboleiros” fanáticos talvez alcancem, no máximo, a 10% dos habitantes da Terra. De toda forma, esses gajos são capazes de parar a produção para ficarem diante de uma telinha, vendo o circo montado. Mas cada um que interrompa seu trabalho cria um vazio implacável na linha de produção. Se 10% deles estacarem, imaginem as consequências disso durante um mês mundial! Façam as contas: durante 30 dias, 8 horas por dia, de 750 milhões de futiboleiros“, com remuneração média de 50 euros a hora. Um valor formidável para salvar qualquer miséria.

Aqui nas Maçãs, dentre os 122 pescadores que trabalham no mar, apenas quatro assistem aos jogos de ludopédio. Nós outros não gostamos deste circo. Até porque, por óbvio, peixes e crustáceos não veem pelejas de qualquer tipo. Assim, mantemos nossa atividade e diariamente levamos os pescados para o mercado do porto.

Que eu saiba, Portugal nunca foi campeão mundial, nem possui equipa preparada para isso. Os jornais dizem que há um lascarinho arrogante e convencido em nosso scratch que se acha insuperável. Mas também trazem notícias de que o bruto vive em cima de grave dúvida: se fica a jogar ludopédio ou se vira modelo de modas. Uma gracinha, o rapaz. Vai gostar de levar bolas na rede

Porém, cá estou a matutar, como se dará essa copa da Fifa no Brasil? Pelo que tenho lido na imprensa francesa, inglesa e norte-americana, mais as impressões que recebo do meu velho Zik Sênior, peço que não, mas creio que há alto risco de ocorrerem muitos disparates e talvez desastres.

Por setor de interesse, fiz uma breve análise das coisas essenciais a um país para receber a copa do mundo e permitir um mínimo de conforto aos visitantes. Mas muitas obras não foram concluídas nas doze ditas cidades-sede. Aeroportos, rodovias, mobilidade urbana e até mesmo vários estádios de ludopédio somente serão completados após os jogos (!).

Aeroportos. O sistema aeroportuário brasileiro sempre foi fraco. Sem planos diretores para planejar a evolução futura de aeródromos, a tarefa de melhorá-los fica complexa. No entanto, com as doze cidades-sede da copa, foi programada às pressas a melhoria de alguns deles. Porém, muitos ainda se encontram com obras inacabadas, outros foram mal dimensionados e ficaram incapazes de atender sequer à demanda interna.

A sinalização vertical e horizontal de acesso e saída dos novos aeródromos ainda não foi feita. Os serviços da receita e da polícia federal também não estão operando em condições normais nos doze equipamentos. O sistema aeroportuário brasileiro continuará extra e ordinário após a copa.

Rodovias. O sistema rodoviário federal é precaríssimo. Dois estados se destacam em termos da qualidade de suas rodovias estaduais – Minas Gerais e São Paulo. Mas graças à política de concessão adotada por seus dirigentes. Não tenho informação sobre melhoria de estradas para o evento mundial de ludopédio. Porém, tudo leva a crer que continuam esburacadas, margeadas por capim alto, sem acostamento, com desastres à vista.

Mobilidade urbana. Neste setor aconteceram as maiores barbaridades urbanas em várias cidades-sede. Houve projetos de toda natureza – metrô, veículo leve sobre trilhos, trem-bala, novas vias urbanas, viadutos, BRT e outros mais. Tudo financiado por bancos públicos, com obras executadas por “empreiteiras selecionadas”. E é óbvio que nem tudo ficou pronto pros jogos. Por sinal, houve projetos que seguiram direto ao lixo! Mesmo assim, a população destas cidades está transtornada com o trânsito imobilizado, com o ruído crescente e a emissão diária de toneladas de poeira, que é obrigada a respirar.

Estádios. Sem estádios – ou Arenas, como queiram – não há ludopédio. Isto é um facto. Como eram doze estádios a serem obrados, aconteceu um verdadeiro festival de inépcia ou de canalhice. O povo brasileiro pagou o triplo do que fora orçado inicialmente para as ditas Arenas. E várias estão incompletas para os jogos, embora já inauguradas com toda pompa. Com um monte de tesourinhas nas mãos, “autoridades”cortam fitas de inauguração, às vezes cantam o hino nacional e, impolutas, amealham sua parte.

O circo subdesenvolvido chegou

O circo subdesenvolvido chegou

Porém, o caso mais aberrante é o da Arena de Brasília. O custo do estádio chega a 1,6 bilhão de reais. Possui 71.000 assentos, numa cidade onde sequer existe ludopédio. Ou melhor, existe sim, mas na 4ª divisão e sem plateia de circo que o pague.

Segundo o jornal Estadão on-line, se o governante distrital enfim decidir fazer as obras de mobilidade previstas, “estimadas em R$ 294 milhões”, o valor da Arena pode atingir à cifra de “1,901 bilhão de reais”. Meus amigos, ao diacho com a cleptocracia implantada!

Esses são os quatro segmentos de obras que considero básicos para o conforto dos visitantes durante os jogos. Entrementes, há alguns aspectos de suma importância a serem salientados, mais exatamente o da segurança pública e dos chamados movimentos sociais. Vamos lá.

Segurança pública. Logo de início, pergunto-me: ─ “Como um partido político, ao assumir o governo central em 2003, poderia sequer pensar em segurança pública, se já praticava os desastres iniciais que redundaram no Mensalão?” Claro que ocorreria a dissidia interna, com algumas cabeças cortadas, pois assumira o poder justamente para cometer atos desse tipo.

Mas no caso da copa mundial de ludopédio tudo ficou diferente. Talvez em homenagem a Fifa, o governo federal investiu a bagatela de 1,5 bilhão de reais, em equipes de policiais treinados (polícias federal, militar e civil), um monte de militares do exército, da marinha e aeronáutica, bem como equipamentos de segurança, que envolvem até tanques de guerra. Fonte: site da CBN.

Zik disse-me ontem que há pouco um jornal da tv mostrou a inauguração de “uma grande central de controle”, destinada a receber todas as matérias produzidas pela mídia internacional e, depois, distribui-las para veículos interessados. Pelo que entendi – posso estar errado –, essa central possui um colosso digital capaz de consolidar o que for produzido pelas equipes mundiais de jornalismo – vídeos, vozes, sons, fotografias e textos.

No entanto, os pesados investimentos em segurança pública estão preocupados em garantir a tranquilidade de brasileiros e estrangeiros presentes aos jogos, contra atos de terrorismo externo e interno. Mas, cá com meus botões, o governo central também não estaria querendo impedir protestos e movimentos sociais ordeiros, espontâneos e democráticos?

Em resposta, creio que sim. Porém, não posso acreditar que o colosso digital da central de controle, ou coisa que o valha, seja usado para “filtrar imagens que danifiquem a cara do Brasil perante o mundo”. Seria um descalabro a vã tentativa de trancafiar a boca da imprensa internacional. Até porque, a Fifa tem direito de imagem dos jogos de ludopédio.

Se há alguém que ganhe dilúvios de dinheiro com “copas de mundo”, estes são a Fifa e seus “sócios locais contratados”, que montam o circo e, no caso específico do Brasil, isentou-a formalmente de pagar impostos. Afirmo que o documento assinado pelo governo brasileiro e a Fifa deve ser entendido como um Contrato Formal de Corrupção.

Em tempo

Fuleco” é um nome extremamente feio e infeliz para o “boneco” que representa a copa da Fifa no Brasil. Isto porque o ato de fulecar só pode ser entendido través de seu significado real na língua portuguesa, qual seja: “Perder, ao jogo, todo o dinheiro que se leva” [1].

Assim, há três interpretações possíveis para o que significam fuleco e fulecar. Ou os cidadãos brasileiros vêm sendo sistematicamente fulecados durante as obras da copa, ou os turistas que chegarem em cada cidade-sede terão larga chance de serem fulecados diariamente. Ou ambas, o que é óbvio.

……….

[1] Cliquem em “Fulecar“, in Dicionário Priberam.

“Nada feito”


Dizem alguns ex-políticos que nunca mais se reelegeram, que o brasileiro não tem qualquer interesse em falar sobre a política instalada no país. Parece-me ser uma dor de cotovelo, justificativa por não terem recebido qualquer crédito através dos votos necessários.

Meu círculo de amizades prova justamente o contrário da moral da fábula de La Fontaine: “É fácil desprezar aquilo que não se pode obter” – A Raposa e as Uvas.

Gostamos muito de assistir a programas de debates políticos, em especial aqueles em que o moderador conhece o tema central a ser discutido, assim como suas eventuais variantes. Tal como milhares de outros brasileiros, assisti há poucos dias a um debate conduzido pelo jornalista William Waack.

O tema inicial foi a provocação formulada pelo jornalista: “Com greves e protestos contra o governo, há uma perda do sentido de ordem no Brasil?”. Óbvio que fiquei interessado em ouvir as exposições dos três debatedores, uma vez que considero a resposta evidente, qual seja, nas minhas palavras:

─ “Mais do que isso, o Estado e o atual Governo brasileiros não perderam nada, pois nunca tiveram o sentido da ordem. Aliás, implantaram com sucesso a extrema desordem”.

Porém, o primeiro a responder pareceu-me ser um tanto infeliz. Fugiu da pergunta e, de forma temerária para quem se crê bom cientista político, generalizou dizendo que “a perda da ordem de governos é um fenômeno mundial”.

Todavia, não há qualquer precisão nesta “afirmação de cientista”. Há inúmeras nações no mundo que não perderam sequer um milímetro do sentido de sua ordem, de sua autoridade policial para conter conflitos de todo tipo.

Bem ao contrário do que ocorre no Brasil, após 12 anos de domínio do Estado por uma corja política ameaçadora. Sendo assim, neste país, até agora, nada feito.

Refinaria de Bacabeira - Além da terraplenagem, Nada Feito

Refinaria de Bacabeira – Além da terraplenagem, com gastos de mais de um bilhão, nada feito

O tema final debatido foi “qual poderá ser o cenário futuro do país com a perda da ordem pública?”. O segundo debatedor ponderou da forma assustadora a esta questão. Demonstrou ser um verdadeiro cientista político, proferindo uma análise objetiva e lógica das tendências políticas no Brasil.

Em suma, pelo que entendi de suas palavras, mostrou o risco de atores oportunistas se instalarem comodamente no Estado com a perda da ordem pública, para aplicar mais intervenções para limitar a liberdade da sociedade civil brasileira. Estaria ele pensando em mais uma ditadura?

De toda forma, isso seria extremamente grave – o desmonte da democracia brasileira –, sobretudo porque as eleições de 2014 já apontam para um segundo turno, com o crescimento dos candidatos da oposição. Aliás, apesar de a máquina pública estar sendo usada de forma ilegal pela candidata que tenta a reeleição, com as mesmas decenais promessas que nunca realizaram. De qualquer modo, tenho muita fé que, mesmo assim, nada feito.

Coitados dos cubanos

Após derrubar o governo do ditador Fulgencio Batista, as forças revolucionárias comandadas por Fidel Castro resolveram instalar naquela pátria uma democracia verdadeira. Em entrevista concedida a CBS Television, Fidel garantiu que todos os direitos cidadãos seriam mantidos, pois era um democrata e mandou executar apenas duas ou três dúzias de criminosos (!).

Basta assistir ao antigo vídeo Fidel Castro: on face the nation que, embora não seja legendado, o inglês macarrônico do grande chefe é fácil de entender. Nessa primeira entrevista concedida após o golpe, Fidel proclama sua pureza revolucionária e faz promessas de carinho para a sociedade cubana.

Promessas, sempre as comezinhas promessas nunca realizadas. De fato, têm-se mais 54 anos de ditadura em Cuba. Nada feito, além da miséria praticamente generalizada.

Campo minado


Cuidado aonde pisa!!!

Basta ler o noticiário (nacional e internacional) de um dia qualquer, que o desânimo ameaça se instalar em nossos cérebros. Variados artefatos estão plantados no entorno de nossas moradas, prontos para eclodir com violência. Atenção, explosivos!

Kaboom!

Kaboom!

Seguem alguns exemplos de bombas noticiadas recentemente sobre a atual realidade brasileira:

  • Fundos de pensão de servidores públicos aplicaram R$ 23 milhões em empresa de um doleiro”.
  • “Juiz federal de Curitiba manda prender onze acusados na operação Lava-Jato por evasão de divisas, lavagem de dinheiro, exportação de drogas e corrupção”. Maravilha!
  • Presidente do Congresso adia novamente a instalação da CPMI da Petrobras”.
  • “Após terça-feira de caos, cinco empresas de ônibus não operam em São Paulo”.
  • Ministro do STF, Teori Zavascki, suspende inquéritos e concede liberdade a todos os presos da Lava-Jato”. Enlouqueceu…
  • “PT não indica nomes para integrar a CPMI da Petrobrás”.
  • Governador de Mato Grosso [PMDB] é detido pela Polícia Federal”.
  • “Enquadrado na “CPI entre amigos“, Gabrielle poupa Dilma por compra da Refinaria de Pasadena”.
  • Juiz federal de Curitiba alerta sobre risco de fuga dos acusados na Lava-Jato”. Pelo menos um que “pensa sem os bolsos!”
  • “Paralisação de policiais tem adesão de 14 Estados e do DF”.
  • Teori Zavascki revê sua decisão: só será solto o ex-diretor da Petrobras”. Estranho… Soltar logo este!
  • “Médico cubano é investigado por suspeita de abuso de grávidas”.
  • A Rose não precisa falar comigo para chegar no Lula, diz Paulo Okamoto”.
  • “Teori diz que recuou de prisões para evitar ‘decisões precipitadas’ na operação Lava-Jato”.
  • Virada Cultural [SP] acaba com cinco pessoas baleadas e duas esfaqueadas”.
  • “Rosemary Noronha fez chantagem contra governo Dilma”.
  • Metroviários entram em estado de greve e ameaçam parar na próxima semana”.
  • “Haddad chamou movimento dos motoristas de ônibus de guerrilha”. Trata-se de um nanico mental!

Essas são algumas das notícias recolhidas apenas nos últimos três dias. E o mais grave é o fato de que há quem entenda esse estado como “fruto da inteligência estratégica” da situação. Em nossa opinião, trata-se do cenário de “delinquência política”.

Vale lembrar que o próximo presidente da República indicará (nomeará) cinco novos juízes do STF. Vários comentaristas políticos observam a hipótese de reeleição da atual mandatária. E é com muito espanto que, neste caso, avisam acerca da certeira nomeação de mais “cinco estagiários do PT” para as vagas, visando a presentear o Executivo com o domínio absoluto da Alta Corte do Judiciário.

Pasadena versus Abreu e Lima


O poente da petroleira

Cada barril da nova capacidade de refino da Refinaria do Nordeste custará cerca de US$ 87 mil à Petrobras, sete vezes mais do que em Pasadena“, diz o jornalista Jeb Blount, em artigo sobre o caso. Para ler o artigo, publicado em 11/04/2014 pela Reuters Brasil, clique aqui.

Refinaria de Pasadena

Duas coisas, dentre milhares de outras, assustam a sociedade brasileira neste 2014. No mínimo amedrontam sua parcela de cidadãos mais educados e informados. A primeira é a “demolição sumária da maior empresa brasileira”, executada por um partido político com auxílio das forças do Eixo que lhe dão suporte[1].

A segunda, a atitude descarada da quadrilha de oligarcas, fazendo uma “CPI entre amigos” no Senado, enquanto impedem o início da legítima CPMI, com Câmara e Senado presentes, que é direito constitucional irrevogável da oposição.

Mas a corja está atuando além do limite que lhe foi permitido. Começou a injetar temas discrepantes das finalidades previstas para a comissão parlamentar de inquérito. E, afinal de contas, CPI não é lista de compras na feira!

Num ato de completo desrespeito à determinação da mais Alta Corte do país, que lavrou uma CPMI específica a temas vinculados somente à Petrobras – decisões escabrosas, prevaricação, recebimento de propinas, lavagem de dinheiro, etc. –, passou a fingir que investiga o Porto de SUAPE, que opera há décadas em Pernambuco (desde 1983).

Se a ideia dos corrupmentares é buscar estórias do passado para passar o tempo, sugere-se que investiguem a fundo a criação do cubismo por Pablo Picasso, que ocorreu por volta de 1910. É provável que venham a descobrir seus escândalos, para depois se lambuzarem e babarem sobre o Picasso.

De toda forma, a CPMI da Petrobras será instalada, nem que se tenha de aguardar a Copa e mais o mês para “descanso dos patifes do parlamento”. Assim sendo, prevê-se para agosto o início de uma investigação mais profunda dos graves desvios cometidos por agentes secretos do partido e forças do Eixo.

O que deverá ficar claro à nação brasileira, após concluída a CPMI da Petrobrás, é o fato que salienta Jeb Blount em seu artigo: os custos da “burricede Pasadena devem ser muito inferiores aos da corrupção de Abreu e Lima.

……….

[1] Este é o fundamento do dito “presidencialismo de coalizão”ou, escrito na forma expandida, presidencialismo oligárquico, mensaleiro, mensalista, corrupto e fascista.

A copa da Fifa – 2014


Quais os reais legados do investimento efetuado para a Copa do Mundo que ficarão no Brasil, após 2014?

Sem dúvida, trata-se de uma questão complexa , que precisa considerar o período que vai da data em que a Fifa aprovou o Brasil como hostess dos jogos futebolísticos, em outubro de 2007, até o início das “peladas internacionais”, previstas para iniciarem em 12 de junho de 2014.

Somente há três anos , em 2011, teve-se certeza de que o Brasil sediaria a copa da Fifa. Pode-se saber um pouco acerca das obras que estavam se iniciando em doze cidades-sede. Eram 69 canteiros de obras com veias abertas, envolvendo estádios de futebol, aeroportos, terminais portuários, rodovias e vias urbanas, metrô, veículos similares de transporte público, e inúmeros projetos de reurbanização.

Considerou-se absurdo atravancar 12 capitais de estados brasileiros com obras pesadas. Uma megalomania nunca vista pela Fifa! De fato, duvidou-se que daria certo, sobretudo com o governo federal à frente das construções, envolvido com os estaduais e municipais. Eram muitos políticos-atravessadores juntos para se esperar qualidade e sucesso.

No primeiro levantamento orçamentário para executar as obras dos doze estádios de futebol, a Fifa estimou um investimento de R$ 2,8 bilhões. No entanto, conforme previu-se, segundo o Estadão, no último documento relativo aos gastos com estádios, já haviam sido despendidos R$ 8,9 bilhões.

Reprodução do Estadão

Reprodução do Estadão

Cerca de 300% a mais, somente para as ditas arenas. Foram muitos políticos-atravessadores “negociando com empreiteiras”. No entanto, nenhuma “parte interessada” parece haver saído triste destas tramas.

Negócios desta natureza, quando acontecem em corporações privadas de países civilizados, são lavradas por auditores internos como desfalques. Ocasionam processos criminais, com demissão por justa causa, bloqueio de bens e, em muitos casos, um alojamento na penitenciária.

Mas o fato é que a copa da Fifa vai acontecer e várias “arenas” encontram-se inacabadas. Suas obras serão concluídas após a Copa. O famoso Itaquerão, estádio do Corínthians para abertura dos jogos, está desfalcado: sem cobertura para arquibancadas e camarotes no setor oeste; área para jornalistas acochambrada; salas de convenções, área VIP e restaurante somente ficarão prontos após o Mundial. Há uma série de detalhes que os torcedores talvez verão mais tarde, nalgum dia.

Quanto às obras da chamada “mobilidade urbana” não se tem informação a respeito. Porém, segundo a imprensa, os aeroportos das doze cidades-sede encontram-se inacabados. Tem linha de metrô com apenas 6 km (!). Acesso viário a aeroporto construído pela metade, com pista única de mão dupla. Uma doideira.

O governo teve 7 anos para coordenar a execução da proposta que fez a Fifa. Tentou fazê-la em 3 anos. Claro que a deixou inacabada, com investimentos triplicados. Mas, para vergonha da nação brasileira, a copa será realizada aqui, apesar dos desastres. Portanto, não adianta mais gritar, muito menos criar conflitos e litígios.

Resta agora olhar para os Jogos Olímpicos de 2016. O quadro das obras olímpicas na cidade do Rio de Janeiro encontra-se muito atrasado quase parando. O prefeito responsável corre o série risco de ver as Olimpíadas realizadas em outro país. Há uma boa chance de que isso aconteça. Há muitas cidades prontas e interessadas em recebê-la.

Se for assim, o quê se faz com ele?!

Está difícil


Não temam. Mas, pode piorar muito!

Considero-me espontâneo, autêntico, visionário e muito otimista com atitudes pessoais. Procuro até mesmo descobrir o lado bom de uma eventual fatalidade ocorrida. Vivi momentos interessantes e, graças ao acaso, sem fatalidades.

Certa vez, andando pela Av. Rio Branco, vi um senhor bem sorridente, caminhando em minha direção de braços abertos. Pego de surpresa, tentei em vão reconhece-lo. De toda forma, dei-lhe um forte abraço, mesmo sem saber de quem se tratava. Ele sorriu, desvencilhou-se, agradeceu-me, e abraçou um velho amigo que vinha logo atrás de mim.

Sou assim mesmo, adoro conversar com pessoas desconhecidas. Permitam-me contar mais dois casos inesquecíveis, que mostram a parte boa de meu caráter. A ruim vocês já conhecem um pouco.

Estava no aeroporto internacional do Rio, aguardando um voo para Natal. De longe vi um amigo de costas, numa animada conversa com várias pessoas. Resolvi fazer-lhe uma surpresa. Indo em sua direção, pensava qual seria a melhor ação para surpreende-lo. Dada nossa antiga amizade, infantilmente dei-lhe um tapa na bunda!

Claro que foi uma besteira. Ele virou-se e, com muita calma, disse-me:

─ “Com certeza você bateu na bunda do meu irmão mais velho”. Foi assim que, naqueles rápidos segundos, tornamo-nos fieis amigos até hoje.

De outra feita, passando um fim de semana na cidade de Visconde de Mauá, minha mulher e eu fomos jantar numa famosa pizzaria, com forno a lenha. Era inverno e o ambiente tornava-se aconchegante.

Comentei que conhecia os dois irmãos sentados em uma mesa próxima. Um era político e o mais novo, um empresário inovador. Ambos notórios no país e mundo afora.

─ “Estão acompanhados de suas respectivas”, pensei.

Uns dez anos antes tivera uma breve reunião profissional com o irmão mais novo. E para ser cordial, num impulso, fui até a mesa que ocupavam para cumprimenta-los. Por educação, acenei também para as duas jovens senhoras. Até aí tudo bem, sorrisos à larga. Porém, a sequência foi hilária.

Olhei firme nos olhos da bela jovem que acompanhava o mais novo, talvez pensando em realizar algum trabalho para a empresa que ele dirigia, e afirmei de forma solene:

─ “Creio que nós já nos conhecemos do prédio de seu marido, lembro que a senhora avisou-me que o primeiro elevador não estava funcionado”.

E seu “acompanhante”, de testa franzida, falou de pronto:

─ “Tenho certeza que não …”.

Rapidamente interrompi sua fala e despedi-me dos quatro:

─ “É…, claro…, claro que não, evidente que nunca a vi, é isso que eu queria dizer! Tenham uma boa estada em Mauá”.

Embora os dois irmãos hajam soltado uma bela gargalhada com minha inesperada gafe, senti um estranho calor na face, prestes a se derreter pelo estúpido engano cometido: falar demais achando que seria agradável.

……….

Mas nem tudo é tão hilário na vida. Ao contrário, há dissabores que precisam ser entendidos e, quando possível, divulgados para reforçar as denúncias da imprensa.

Mantendo-me em linha – direto e autêntico – retorno ao foco principal do texto. Nesse caso, sinto ímpetos de ser desagradável com o que… Está difícil!

Pesando somente os escândalos que espocaram nos primeiros quatro meses de 2014, o cenário que o desgoverno federal serviu à mesa da sociedade civil brasileira é dantesco. Pior do que a descrição do inferno feita por Dante Alighieri, em Divina Comédia.

Cenário que constitui uma barafunda, coalhada de armadilhas plantadas em oito anos por “da Silva”, o apedeuta [1], que inventou a tresloucada “Gerenta Rebentona [2]. É difícil analisar a sequência de disparates decisórios cometidos pelo partido durante doze anos, que hoje ainda se acredita dono e senhor absoluto do Estado Brasileiro. Entretanto, é possível pelo menos dar uma ordem, ainda que aproximada, para a sequência das imoralidades.

Na quarta tentativa de eleição para Presidência da República, mas somente no segundo turno, “da Silva” foi eleito. Era o ano de 2003 e, por fim, conseguira instalar sua baderna. O chefe da Casa Civil,  automaticamente, passou a determinar as decisões de “da Silva”.

A primeira foi aparelhar a máquina pública federal, com lotes definidos para Companheiros da 1ª Classe. A segunda foi apelidar de “presidencialismo de coalizão” a mais safada oligarquia da história republicana do país. Aliás, alcunhada romanticamente pela imprensa de base aliada e não de forças do Eixo. Sem dúvida, seria mais apropriado.

Porém, nestas duas decisões pouco republicanas residiam graves conflitos. As forças do Eixo ameaçaram abandonar o navio e criar um grande vendaval, caso não recebessem as mesmas Bene$$e$ dos Companheiros da 1ª Classe.

Diante desse quadro, após ser devidamente orientado, “da Silva” decidiu “negociar” com as forças do Eixo e criar uma série de novos ministérios para cedê-los como “lotes de negócios”. Foi assim que os 39 ministérios do poder executivo foram aparelhados com os ditos cargos de confiança. Confiança em quê?!

A sensação do poder absoluto sobre Estado, Sociedade Civil e Mercado é inebriante para certos camaradas que atuam e pensam estar acima de qualquer lei. Têm-se diversos exemplos no mundo, infelizmente. Contudo, resquícios da democracia fizeram desabar o castelo de crimes políticos cometidos. O escândalo do mensalão foi denunciado pela imprensa livre, em cadeia mundial.

Parece ter havido uma coincidência numérica, pois, por ironia, alguns apelidaram o escândalo de Ali-Babá e os 40 Ladrões. No entanto, deve-se demonstrar profundo asco por esse tipo de tratamento para crimes hediondos praticados por agentes da gestão pública.

De toda forma, a Ação Penal 470 afetou seriamente a imagem da nação e de seu poder público, com reflexos bem sensíveis na relação com nações democráticas e no próprio comércio internacional.

Contudo, o mensalão deve ser tratado como “fichinha” diante da série dos graves e imorais crimes cometidos contra os ativos da Estatal Petrobras S/A. Por exemplo, as obras paradas de uma Refinaria de petróleo no Maranhão, a construção interrompida da Refinaria de petróleo em Pernambuco, o processo nitidamente corrompido da compra da Refinaria de Pasadena.

Duas coisas

Essa é uma pequena parte dos desmandos cometidos usando uma estatal. O governo federal jogou no lixo muitos bilhões de dólares em dinheiro público. E há forte impressão de que boa parte desse lixo, senão todo, esteja aterrado em contas privadas nos paraísos fiscais.

Há certeza de que o presidente da Petrobras da oportunidade, um possível responsável por este aterro, foi colocado no cargo durante o governo de “da Silva”, posto que parecem ser íntimos nos negócios.

Por fim, há absoluta certeza de que a “Gerenta Rebentona”, a criatura gerada por “da Silva”, assinou a infame compra da Refinaria de Pasadena, então na qualidade de presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Três coisas

Pode-se tratar de muitas outras misérias éticas e morais cometidas por agentes que lideram este partido. Todas na realização de projetos, tidos como projetos de governo. Na verdade, deviam ser revistos e, caso fossem vitais para a nação, tratados como projetos de Estado. Mas, com o uso da infraestrutura pública, foram transformados em negócios particulares.

Outros bilhões já foram jogados nos projetos da Ferrovia Transnordestina e da Transposição do Rio São Francisco. Ambos encontram-se muito acima do orçamento previsto. Mas nunca são concluídos, embora, volta e meia, façam festanças eleitoreiras para inauguração de suas obras inacabadas.

Duas características de “da Silva” causam péssima impressão ao mundo: sua arrogância e boçalidade. Quanto à “Rebentona”, há um traço de seu caráter que assusta ao povo brasileiro: sua extrema desconexão com a realidade do país e à sua volta.

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[1] Titulado Doctor Honoris Causa em Apedeutismo por várias universidades do mundo, hoje encontra-se escondido dentro de sua frágil cápsula de catedrático em patranhas e corrupção público-privada.

[2] Gerenta e Presidenta não existem no vernáculo português; Rebentona existe e, segundo o dicionário Priberam, também significa “negócio grave e duvidoso que está prestes a decidir-se”. Significado perfeito para o cargo.

Animália


Ricardo Kohn, Escritor.

A violência na sociedade brasileira apresenta tendência de se generalizar. São tantos casos de agressões brutais e gratuitas, que ocorrem diariamente em cidades e campos, que podem se transformar em “comportamentos normais e aceitos”.

Parece tratar-se de outra demonstração empírica da Lei dos Vasos Comunicantes. Diferencia-se apenas por não usar líquidos ou gases (fluidos), mas atitudes tidas como humanas, porém dignas somente dos antigos povos bárbaros, que destruíam a tudo e todos por onde passavam.

Torna-se necessário relembrar como se comportam os vasos comunicantes, com uma breve revisão da Física. Têm-se vários recipientes interligados, cada um com formato e volume diversos. Coloca-se um líquido homogêneo em qualquer um deles e vai se observar que ele se distribui pelos demais. Uma vez estabelecido o equilíbrio físico entre o líquido e seus recipientes, sua altura final será a mesma em todos os recipientes. Esse experimento, realizado pelo físico belga Simon Stevin em laboratório, data do início do século 17, e demonstrou o que ficou chamado Teorema de Stevin.

Imagem dos vasos comunicantes

Imagem dos vasos comunicantes

Isso ocorre porque a pressão exercida pelo líquido no corpo dos recipientes depende apenas da altura da coluna d’água. Os demais fatores de cálculo da pressão (densidade do líquido, pressão atmosférica e aceleração da gravidade) são constantes para casos dessa natureza.

O experimento empírico na Nação

Os recipientes de uma nação são a sociedade civil, suas empresas (públicas e privadas) e o Estado. Em razoável medida funcionam tal como vasos comunicantes, através dos meios e sistemas de comunicação de que dispuserem. O principal fluido que esses meios distribuem aos recipientes da nação é a informação útil, prática e culta, que visa a ampliar a educação de seus cidadãos, de forma a que continuem livres.

Embora essa tese possa ser considerada utópica, há várias nações que sempre caminharam nessa direção. São consideradas as mais desenvolvidas, pela qualidade dos serviços que oferecem às suas populações.

Como é normal de se prever, podem apresentar eventuais quadros de desvio, mas que logo são devidamente sanados pelas instituições formais do Estado. Justo por isso, seus Índices de Desenvolvimento Humano [1] são os mais elevados do mundo.

Porém, o inverso também ocorre. Ou seja, através do recipiente do Estado, o governo derrama fluidos incontroláveis que são expressivos quadros de desvio, no mais das vezes sistemáticos: atos de corrupção, assassinatos políticos, desvios e lavagem de dinheiro, evasão de divisas, associações criminosas, envolvimento com tráfico de drogas, enfim, tudo de ruim que se possa imaginar. Raras são as vezes que o Estado possui condições de impedir que esse fluido imoral nivele-se nos demais recipientes das nações acometidas pela barbárie política. Até porque ele e suas instituições encontram-se aprisionados, asfixiados.

Quando esse fluido se propaga e nivela-se no recipiente da sociedade, a educação deixa de existir, surgem revoltas, motins, vandalismos, linchamentos, insurreições, guerras civis e até “assassinato com latrinada na cabeça”. Os casos políticos que vêem sendo vivenciados pelo mundo são inúmeros. Constituem a confirmação prática dos vasos comunicantes na sua forma mais desastrosa.

A imposição ferrenha de ideologias fundamentalistas e de dogmas quase feudais, visando a locupletação de “parceiros dentro do Estado“, constituem as mais estúpidas agressões que uma sociedade livre pode receber. O cidadão que pensar de forma diversa será duramente punido. Merecerá a forca ou será linchado em praça pública por “agentes do governo”!

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[1] Para quem desejar a visão mais detalhada de como foram classificados os países segundo seu IDH de 2013, segue a lista publicada pela ONU. Clique aqui.

Tática de resposta


Utilizar somente em caso de guerra!

Tem-se o seguinte cenário de conflito bélico: um destacamento de doze soldados possui a missão de entrar e controlar um povoado, perdido no meio nada, num país que está a ser invadido por grupos terroristas. Sem saber de onde e como, o destacamento é atacado pelo inimigo, que usa artilharia pesada. A operação básica e imprescindível é como responder a esta ocorrência no campo de batalha.

Estrategistas de superpotências bélicas afirmam que a resposta a ataques terroristas precisa ser bastante intensa e severa. Algo como, ao receber um tiro, responder com 10 milhões de tiros instantâneos. Essa tática visa a silenciar o inimigo e recuperar o domínio do terreno, de forma a que o destacamento siga com sua missão programada. Assim, o inimigo e seu poder de fogo precisam ser totalmente destruídos, sem que reste pedra sobre pedra, sem sobrar alma viva no lugar.

Terroristas

O quadro urbano da paz

Embora esse cenário ocorra muito e amiúde em pleno século 21, sem entrar no mérito de quem possui a razão, trata-se de brutal agressão ao futuro da humanidade. Ainda que sem guerras conflagradas, algo muito próximo deste cenário repete-se diariamente em várias metrópoles brasileiras.

A mídia (nacional e internacional) se encarrega de narrar e mostrar esses fatos, dia após dia. Mas muitas vezes não deixa claro que são ações de criminosos específicos, os quais ainda constituem parcela menos significativa da sociedade brasileira.

É claro que a motivação das quadrilhas de criminosos é outra, pois baseia-se no tráfico de drogas em escala internacional. No entanto, tal qual os terroristas acima, os alvos finais das quadrilhas são basicamente os mesmos: o poder de comandarem um Estado Terrorista e, em consequência, o dinheiro que arrecadam com o uso da força – venda massiva de drogas, assalto a bancos, execuções sumárias, etc.

As iniciativas de controlar as quadrilhas de criminosos não redundam em benefícios para a sociedade. São incontroláveis. Há quem acredite que a solução seja trata-las tal como aos terroristas: “fuzilaria pesada e incineração do que restar!”Dizem que essa talvez seja a melhor tática de resposta.

O quadro da paz política

O país encontra-se numa situação política muito delicada, sobretudo neste ano de eleições. O comportamento do parlamento é realizado na surdina, dentro de trincheiras camufladas. O alvo da oligarquia instalada é atacar o erário público de surpresa, com artilharia pesada e fogo contínuo. Parecem terroristas radicais, a trajar terno e gravata.

Há mais de 10 anos, a mídia informa os fatos escabrosos que se sucedem. Todavia, poucos são os colunistas que os criticam abertamente e demonstram os estragos que causam na já precária infraestrutura brasileira, por exemplo.

Por sua vez, as três instâncias do executivo atuam de maneira distinta, porém complementar aos interesses da oligarquia. As exceções são raras, raríssimas! Possuem armamentos originais, capazes de enganar a néscios e troianos. Efetuam o fogo cerrado da patranha, uma mistura de doces promessas e infinitas mentiras.

De dentro de trincheiras blindadas, lançam saraivadas de mentiras com equipamentos sofisticados: canhões laser capazes de lançar mentiras em torno do planeta; mísseis a laser, que alojam mentiras concentradas nas áreas de interesse; obuses que explodem mentiras no colo dos opositores (inimigos) e assim por diante.

Para completar esse quadro, como forma de garantir a governança da mentira, o poder executivo infiltra agentes especialistas em todos os órgãos e instituições do Estado Terrorista, que se transformam em aparelhos incompetentes, porém bem dosados na mentira.

Solicita-se que estrategistas das superpotências da patranha sejam contratados para definir qual a melhor tática de resposta. Caso contrário, o povo brasileiro (inimigo) continuará vítima da tática da corrupção instalada.

Contaminação


O desenvolvimento contínuo e acelerado de um país precisa ser muito bem planejado para o médio e longo prazos, tanto por parte do governo, quanto por investidores. É usual que as engenharias requeridas sejam previstas e aplicadas, para responderem às demandas desse processo.

Entretanto, a Gestão do Ambiente, onde são implantados novos negócios, não recebe o mesmo tratamento. Daí resultam elevados custos ambientais, a gerar ameaças e desastres para sua população, bem como retroimpactar de forma adversa e violenta a economia do país, e os próprios empreendimentos em operação.

Esse é o caso da contaminação do espaço físico na China atual – ar, água e solo –, conforme mostram as imagens publicadas neste artigo. Até o guarda de trânsito parece pedir socorro.

Reprodução de O Globo

Reprodução de O Globo

O solo e a água constituem o substrato do planeta, ou seja, do macrossistema ambiental que ele detém. Em conjunto com o ar [e seu oxigênio], foram os fatores básicos para a criação e evolução da biota – flora, fauna e homem, nesta ordem.

Porém, se foram necessários bilhões de anos para que o planeta apresentasse os sistemas ecológicos que hoje possui, o mesmo tempo não será requerido para destruí-los. Basta retirar as propriedades originais do ar. Basta intoxicá-lo.

A alarmante poluição do ar na China

A alarmante poluição do ar na China

Não há como escapar a esse ataque “pseudo-desenvolvimentista”, pois as plumas de gases tóxicos chegarão à água e ao solo, contaminando-os gravemente de variadas formas.

A brutal contaminação das águas

A brutal contaminação das águas

Os agentes químicos da poluição industrial

Os agentes químicos da poluição industrial

A contaminação do solo e a perda de milhões de hectares de terra

A contaminação do solo e a perda de milhões de hectares de terra

O resultado desse cenário chama-se “depravação do ambiente”. É provocada pela falta de planificação do desenvolvimento. É inexorável e ruma para a eliminação de toda a biota chinesa, com o bicho homem incluído.

De forma simplificada pode-se dizer que, sem água em quantidade e qualidade, a flora morre e apodrece (é oxidada). Dessa forma, reduz-se o ciclo da fotossíntese e o oxigênio essencial é mal consumido, atingindo a concentrações muito baixas, insuficientes para a vida, sobretudo em ambientes aquáticos.

Por fim, com a vegetação já em declínio acelerado, o espaço domiciliar da fauna fica cada vez mais reduzido – áreas de dessedentação, alimentação, reprodução, proteção e descanso –, levando ao desaparecimento das espécies sensíveis que, em nenhuma hipótese, conseguem sobreviver no ambiente humano.

Por algum tempo, somente permanecem as espécies que vivem na casa do homem, as espécies com hábitos peridomiciliares – ratos, aranhas, escorpiões, cobras, mosquitos, baratas e outros insetos. A partir daí há uma alta probabilidade de ocorrência de zoonoses, endemias, epidemias e pandemias, além de acidentes com animais peçonhentos que, por uma cretinice, o homem trouxe para dentro de seu próprio quintal, enquanto acreditava que “desenvolvia o país”.

E agora, há de fazer o quê?

Primeiro, compreender que um PIB espantoso de cerca de 14 trilhões de dólares é medida de crescimento, nunca do desenvolvimento de uma nação. Sobretudo, quando possui população próxima a 1,4 bilhão de habitantes, que vive desde 1949 sob regime unipartidário, imposto pelo Partido Comunista Chinês.

Depois, ter certeza que para desenvolver uma nação, de forma estrategicamente planejada, é necessário que o Estado seja o servidor da Sociedade, um reflexo da educação e civilidade de ambos. E a atuação do Estado Chinês encontra-se muito aquém disto.

Por fim, antes de pensar em como aumentar seu PIB, deve debruçar-se sobre seu amplo território, conhece-lo profundamente, identificar em detalhes suas sensibilidades ambientais, de forma a executar somente projetos que garantam a sustentabilidade de seu vasto Ambiente.

Com certeza, o custo dos recursos ambientais de que a China se apropria para produzir será mais reduzido, em especial as fontes de energia, a água e os milhões de chineses treinados.

E no Brasil do Século 21?

O PIB brasileiro é inferior ao norte-americano (17 trilhões) e ao chinês (14 trilhões). Alcançou a 2,4 trilhões de dólares. Sobretudo, com uma população estimada em cerca de 200 milhões de habitantes, que vive sob o império de incertezas políticas, criado por uma oligarquia que pode estar à beira da falência eleitoral.

O Estado Brasileiro desconhece o significado da palavra Nação. Usa a Sociedade como uma servidora silenciosa aos interesses particulares de seus líderes políticos. Esse cenário requer sua rápida inversão democrática, pois, do contrário, a sociedade sofrerá consequências ainda mais desastrosas a partir de 2015.

Por fim, o Estado deveria conhecer em detalhes o Ambiente de seu vasto território e nele implantar somente projetos compatíveis com sua sustentabilidade. Porém, tem feito justamente o contrário. Seus dirigentes são mitomaníacos, fazem promessas que nunca realizam e deixam chagas abertas no território brasileiro, criadas por obras interrompidas e atrasadas.

Um dos inúmeros exemplos é o projeto da faraônica Ferrovia Transnordestina, com canteiros de obras parados, desde o Piauí até Pernambuco. Os impactos decorrentes sobre o Ambiente se avolumam, afetando de forma nefasta e significativa o Ar, a Água, o Solo, a Flora, a Fauna e o Homem. As perdas e danos desse cenário ambiental são inimagináveis, no mínimo para a região coberta pelo projeto.

Obra parada da Ferrovia Transnordestina - Piauí

Obra parada da Ferrovia Transnordestina – Piauí

Mas esse é o argumento do partido que governa o Brasil há 12 anos: “O ‘meio ambiente’, sem dúvida nenhuma, é uma ameaça para o desenvolvimento sustentável”.

Essa indecência foi verbalizada por uma ministra brasileira, durante evento internacional promovido pela ONU, em dezembro de 2009, para tratar do tema “Mudanças Climáticas”, realizado em Copenhague, DNK.

Debandada geral


Por Simão-Pescador, Praia das Maçãs.

Não encontro palavras para explicar, mas acho que estou a assistir a uma grande fuga do Brasil. Jatos provindos do país chegam lotados e no saguão dos aeroportos europeus vê-se famílias de brasileiros que chegam com expressão transtornada. Parece que estão a ser perseguidos.

Memórias do Aeroporto de Lisboa

Memórias do Aeroporto de Lisboa

Além de pescador, vez em quando faço negócios para empresas de turismo da região. Por isso, visito aeroportos para conhecer os desejos das pessoas chegam. Assim, já abordei alguns chefes de família para saber de seus interesses. Porém, os brasileiros sempre estão apressados que não têm tempo para conversar. Dou-lhes meu cartão de visita e poucos me retornam. Mas, sem exceção, todos têm dupla cidadania e desejam um imóvel em Portugal, de preferência situado no interior.

Oh! Raios me partam! Que coisa estranha, esses brasileiros estão a se esconder do quê?”. Isso atordoava minha cabeça de ‘brasilianista dedicado’.

Pensei em tudo para encontrar uma explicação que fosse pelo menos lógica. Seria a grave ameaça da falência do país? Ou os índices crescentes de morte por assassinato em quase todos os seus estados? Quem sabe, poderia ser o cansaço do cidadão ao ser diariamente assaltado pelas ruas? Ou seria a corrupção avassaladora que campeia no sistema público governamental?

Conclui que o cidadão brasileiro não se esconde de nada disso. Ele não tem medo, apenas nojo. Está sendo expulso e fugindo da vergonha em que se transforma o país.

Foi então que, após muito pesquisar os motivos da debandada de brasileiros, pude descobrir mais outra motivação desse processo, que sempre acontece de forma extrema no mês de abril.

Há muitos anos ocorre neste mês o auge da epidemia de dengue, que sempre assola todas as cidades do Brasil. Morre muita gente no país, mesmo que seus cientistas hajam produzido um macho “transgênico”de Aedes aegypti, a gerar rebentos que falecem ainda na fase de larva, o que acabaria de forma definitiva com a disseminação da doença.

Devo dizer que a produção e uso obrigatório do mosquito transgênico já devia ser lei federal no país. Cada metro quadrado de seu enorme território precisa ter três transgênicos a zumbir.

Entrementes, é muito provável que a debandada geral de brasileiros seja causada pelo facto de que haja inúmeros políticos no país que podem ter criado um modo de “ganhar dinheiro fácil justamente com a disseminação da doença”. Assim, pensariam esses políticos: “que se dane essa Ciência e seus experimentos prolíficos. Que morram todos os infectados, eu só tenho quatro anos pra roubar!”.