Superior Jornalismo Federal – SJF


Ricardo Kohn, cidadão brasileiro.

Diante dos sucessivos descalabros cometidos pelo Poder Judiciário nas últimas décadas, em especial por sua Excelentíssima Alta Corte (STJ e STF), torna-se necessário criar uma instituição justa, que declare, como contrapartida racional, a posição majoritária do povo brasileiro.

Trata-se de uma instituição privada, sem qualquer relação com o setor público. Assim, por óbvio, sem necessidade de pedir permissão a quem quer que seja, para que possa existir e funcionar em benefício da sociedade.

Após matutar como organizar esta instituição, ou seja, qual classe de profissionais deveria ser estimulada, cheguei a uma conclusão simples: jornalistas e comentaristas da política brasileira. Afinal, embora dispersos, dezenas de milhares deles fazem isso diariamente.

Contudo, alguém poderá questionar: ─ Para que serve esse tal Supremo Jornalismo Federal?

Minha resposta é direta: favorecer a consolidação da consciência do povo brasileiro, diante dos descalabros que, há muito, são cometidos safadamente pela Alta Corte brasileira.

Vivas a Augusto Nunes que, em minha opinião, deverá ser o primeiro presidente do SJFSupremo Jornalismo Federal.

O neurônio político


Por Zik Sênior, o Ermitão.

Zik Sênior

Zik Sênior

Tenho acompanhado nos jornais os acontecimentos políticos mundiais, com ênfase para os que ocorrem no Brasil. Aos 104 anos de idade tenho todo o tempo do mundo para ler e fazer pesquisas pela internet.

Foi assim que descobri um espaço digital que só trata de conversas e falações de políticos. Em cada texto o jornalista faz comentários quase sempre cômicos sobre o autor. Trata-se do Sanatório Geral, que é uma seção do blog de Augusto Nunes. Não sei quantos prédios, alas e salas tem este Sanatório, mas decerto é gigantesco, pois a quantidade de pacientes e das besteiras proferidas é muito grande e diária. Uma solenidade de asnices sem fim.

Ontem fiquei durante mais de 12 horas estupefato ao ler as falações políticas proferidas, bem como as chacotas provocantes de Augusto. Imaginem, compilei, mesmo com bastante seletividade, cerca de 13 páginas de asneiras monumentais!

Como seus autores são muito variados, assim como as circunstâncias e temas sobre o que falaram, optei por apresentar apenas um autor, que se destaca sobremaneira na sua forma inteligente de fazer política.

Transcrevo a seguir, como mais um registro de minha passagem neste planeta, algumas falas da Sra. Dilma Rousseff, candidata à reeleição para a Presidência da República. Todas têm um título, a data em que foi proferida e as considerações do Sanatório. Saliento o fato de que não consegui descobrir quem é um tal de “Celso Arnaldo”, sempre citado pelo Sanatório. Acho que só pode ser um diretor executivo da instituição.

A esperar a licença do jornalista Augusto Nunes e equipe, mas com respeito, e obviamente sem cerimônia, reproduzo uma pequena parcela de seu rico material informativo. A sátira é ancestral e verdadeira. Portanto, receba meus parabéns pela criatividade do que é capaz de nos apresentar, com base em fatos corriqueiros da nossa putrefata democracia.

Seguem, grafados em bege, discursos, verborreias e textos da “presidenta”.

Neurônio em parafuso, em 07/08/2013

“E é essa a forma pela qual um país vira uma grande nação, porque uma coisa é um grande país, outra coisa é uma grande nação. Uma grande nação é grande porque a sua população é grande. E nós só podemos ser de fato um país desenvolvido, não é se o nosso PIB crescesse – é também –, não é só se nós descobrimos mais riquezas, é também, mas é, sobretudo, se nós mudarmos radicalmente a qualidade da educação prestada às crianças e aos jovens deste país, e também aos adultos, porque também adulto não pode pará (sic) de estudar, não”.

Hoje, na cerimônia de inauguração do campus avançado da Universidade Federal de Alfenas, internada por Celso Arnaldo ao dar um exemplo extraordinário de adulto que parou de estudar e chegou à Presidência da República.

Neurônio espacial, em 18/07/2013

“Se a gente for olhar essas manifestações de junho, nós vamos ver que elas foram feitas por quê? Por que elas foram feitas? Por causa do seguinte: uma característica do ser humano nos distingue e nos transforma em capazes de fazer, de sair da idade do bronze e colocar um voo na lua. Qual é essa característica? É querer mais, é cada vez querer mais, como aquele pessoal que você tentava e tentava”.

Nesta quinta-feira, durante inauguração de estações do metrô de Fortaleza, internada por Celso Arnaldo ao revelar que os manifestantes de junho pararam o Brasil porque agora querem ir da Idade da Pedra a Marte.

Antecipando o antecipado, em 04/06/2013

“Mas hoje eu queria antecipar – até porque eu falei disso ontem – algumas, praticamente uma questão, que engloba tudo o que eu vou antecipar”.

Na cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, internada por Celso Arnaldo ao antecipar o que já foi antecipado antes de ser antecipado novamente.

Neurônio atrapalhado, em 15/05/2013

“Porém esse processo está sub judice, e a MP que define essa parte, essa parte dos royalties que é royalties, participações… essa parte da lei, aliás royalties, participações especiais e os recursos do pré-sal, destina à educação… essa lei, ela está parada porque ela está sub judice. O Supremo Tribunal está avaliando essa questão, se é ou não é inconstitucional ou não”.

Tentando dizer alguma coisa sobre royalties numa variação do dilmês ainda não catalogada por Celso Arnaldo.

Neurônio de porre, em 11/05/2013

“E hoje aqui eu aproveito a posse do ministro para mais uma vez – eu fiz esse anúncio, ali quando eu compareci em São Paulo à posse da Associação Comercial de São Paulo e do presidente da Federação de Associações Comerciais do Estado de São Paulo – eu fiz um anúncio que foi que nós estamos reduzindo os juros desses empréstimos de 8% para 5%, portanto juro zero”.

Na posse de Guilherme Afif Domingos, revelando em dilmês de botequim que, para o neurônio solitário, 5% é igual a zero.

Neurônio ministeriável, em 10/05/2013

“E por que um novo ministério? No Brasil nós temos de ter e de reconhecer que é necessário um processo de expansão para depois abrir um processo de redução e assinamento”.

Na cerimônia de posse de Guilherme Afif Domingos, titular da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, o 39º ministério de seu governo, internada por Celso Arnaldo ao insinuar que, antes de se saber o que é “assinamento”, vamos chegar fácil aos 50º.

[Neurônio] Não entendeu, em 07/05/2013

“Mas voltando desse parêntese, a destinação dos royalties do petróleo. Ela não é trivial. Eu enviei para o Congresso quando vetei a medida, aliás, vetei parte da Lei dos Portos, dos Portos não, dos Royalties, e era do Petróleo, que mudava os contratos para trás, em uma afirmação que o Brasil tem que respeitar contratos gostando dos contratos ou não, não é uma questão de vontade, é uma questão de respeito à lei. Porém esse processo está sub judice, e a MP que define essa parte, essa parte dos royalties que é royalties, participações… essa parte da lei, aliás royalties, participações especiais e os recursos do pré-sal, destina à educação… essa lei, ela está parada porque ela está sub judice. O Supremo Tribunal está avaliando essa questão, se é ou não é inconstitucional ou não”.

Na posse da nova diretoria da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, internada por Celso Arnaldo ao insinuar aos empresários presentes que a lei dos royalties ainda está sub judice no Supremo porque nenhum ministro entendeu o que a presidente quis dizer e persiste a dúvida se é ela inconstitucional ou não ou vice-versa.

Como é que é?, em 05/05/2013

“E nós, agora, estamos fazendo por um método brasileiro. Me desculpem… Não, não vou falar isso, não, porque é uma dó. É um método brasileiro que é o seguinte. Nós, agora, construímos e já beneficiamos… a gente não constrói… por exemplo, nós construímos um trecho e entregamos, e ele já dá água. Aí construímos outro e entregamos, e ele continua dando água, porque antes você construía o primeiro e o terceiro, e aí você não tinha um intermediário. Agora nós construímos por módulos. Eu chamo de sistema brasileiro para não chamar sistema de outro país. Eu não posso falar o outro país. Mas é… o sistema nosso agora é um sistema brasileiro, bem inteligente. Ficou bem inteligente o nosso sistema”.

Ao tentar explicar como é o novo e revolucionário sistema brasileiro de combate à seca, deixando claro que, se depender do neurônio solitário, o Nordeste inteiro vai morrer de sede.

Neurônio criativo, em 27/04/2013

“Por exemplo, eu vou dar um exemplo, morreu muita criação. Morreu muita galinha, morreu cabra, morreu boi, morreu criação. Então, nós vamos ter de retomar. Nós vamos criar um programa para retomar a criação. Justamente o bovino, tem de recuperar a criação. A mesma coisa com semente. Nós perdemos todas as sementes. E nós vamos voltar a distribuir”.

Diretamente do Portal do Planalto, avisando que, assim que chover no Nordeste, o governo vai semear bovinos, colher galinhas, criar sementes e plantar cabras.

Neurônio doentio, em 23/04/2013

“Nós colocamos à disposição das pessoas, nas farmácias populares, nas farmácias populares que se chamam Aqui Tem Farmácia Popular, são as privadas, coloca à disposição tanto remédios para hipertensão como remédio para insulina”.

Na coletiva de hoje no Palácio do Planalto, internada por Celso Arnaldo ao anunciar uma boa nova: a partir de agora, as farmácias populares, também conhecidas como as privadas, passarão a oferecer remédios para essa doença ameaçadora chamada insulina.

Neurônio comprometido, em 03/04/2013

“Eu queria dizer para vocês, nesta noite, aqui no Ceará, em Fortaleza e nessa escola, o compromisso forte, o compromisso que é um compromisso que eu diria o maior compromisso do meu governo. Porque é que o compromisso com a educação tem que ser o maior compromisso de um governo”.

Na cerimônia de inauguração de uma escola de educação profissional em Fortaleza, internada por Celso Arnaldo ao deixar bem claro que tem compromisso com o compromisso.

Para os que tiverem interesse na leitura dos absurdos proferidos por todos os “artistas políticos” brasileiros e sul-americanos, cliquem em Sanatório Geral.