O Risco de Rotular


Simão-pescador, Praia das Maçãs.

Simão-pescador

Simão-pescador

Para que entendam o que chamo “risco de rotular”, vou tomar como exemplo o trabalho de notórios cientistas que estudaram a Geologia da Terra. Em algum momento reuniram-se no campo para descobrir como, quando e por quê ocorreram mudanças significativas nas feições físicas do planeta: seus mesoclimas, suas rochas, seus solos e suas águas abundantes.

Após milhares de pesquisas de campo e incontáveis análises laboratoriais, concluíram que deviam classificar as variações periódicas sofridas pela geologia do planeta em quatro intervalos de tempo geológico, do mais amplo ao mais específico: Éon, Era, Período e Época foram os rótulos escolhidos para localizar no tempo a mudança geológica do planeta, ocorrida desde sua formação, estimada em 4,5, bilhões de anos passados, até a atualidade.

Por acaso encontrei um relógio que marca a História Geológica da Terra, o que facilitou-me a compreensão sobre o processo da Transformação do Ambiente Planetário. Sugiro que, para melhorar o entendimento, entrem neste link: Escala de Tempo Geológico. Diria ser necessário a leigos na matéria, tal como eu.

A ser assim, vive-se na Era Cenozoica, Período Neogênico, Época Holocênica. Até agora, o principal evento planetário ocorrido durante o atual Holoceno, também rotulado por Quaternário, foi o degelo da Terra (rotulado “fim da Era do Gelo”) e a expansão da dita civilização humana. Foi aí que se deu o maior perigo: a invasão dos sapiens. Porém, não se trata de “perigo geológico”. Significa “perigo de apedeutismo”, pois a maioria da população mundial ainda sequer foi civilizada, que dirá educada.

Há “cientistas”, que presumo salientes, a dizer que já se vive no Antropoceno, época em que as transformações planetárias seriam proporcionadas pelo “Homo sapiens”. Dizem que teria iniciado no século XVIII, com a Revolução Industrial, ocorrida na Grã-Bretanha.

Discordo frontalmente que o dito Antropoceno seja uma Época Geológica, que tenha no sapiens o único ou principal responsável. Afinal, que eu saiba, o Homem não é um ente geológico, a erupcionar, emitir trilhões de toneladas de gases de enxofre, calcinar a atmosfera, destruir rochas, mover continentes e oceanos.

Sem o auxílio considerável das Forças do Ambiente parece-me incapaz de “mudar as feições físicas do planeta”. Por enquanto, na minha lógica, o Antropoceno não passa de um rótulo arriscado, mera retórica de alarmistas.

Os “defensores do Antropoceno”, insuflados por jornalistas, defendem-no pelos impactos que dizem ocorrer na Terra, onde destacam o tal Global Warming. Por sinal, pela ignorância predominante, tornou-se o aterrador Aquecimento Global Antropogênico.

Com o medo crescente do dito aquecimento dos oceanos, a morte de peixes em caldeirões marítimos fervilhantes tornou-se o roteiro cinematográfico de meus pesadelos sistemáticos. Não conseguia dormir e passei várias madrugadas a andar na praia. Meu mais velho, preocupado com minha saúde, avisou-me que haveria um encontro de cientistas no Brasil para esclarecer esse “danoso boato“. Disse-me que eu deveria ir.

Assim fiz. Arrumei a maleta e segui para Recife. Consegui hospedagem num pequeno casebre na Praia de Porto de Galinhas. Um ambiente maravilhoso que, de chofre, anulou-me a insônia. Assisti a várias palestras sobre a hipótese da mudança climática. O “fim do mundo num buraco quente“, como rotulado de forma intempestiva por Al Gore, o Presidente do Global Warming. De clima o gajo nada entendia, porém, como artista do cinema mudo, até que não foi tão ruim.

Mas uma palestra pareceu-me precisa. Foi feita pelo Professor Dr. Luiz Carlos B. Molion, do Instituto de Ciências Atmosféricas. Em síntese, sobre o aquecimento global, disse ao plenário da academia, a comparar dados meteorológicos de 2013 e de tempos longínquos [1]:

“… as temperaturas da Terra já estiveram mais altas, com concentrações de CO2 inferiores às atuais. Portanto, não é possível afirmar que esteja a ocorrer um aquecimento global sem precedentes, como querem alguns. Muito menos que esse aquecimento seja provocado pelo aumento da concentração de CO2, decorrente da queima de combustíveis fósseis pelo Homem. Ao contrário, demonstro em meu trabalho que o CO2 não controla o clima global e que haverá um ligeiro resfriamento global nos próximos 20 anos”.

A farsa do aquecimento global

A farsa do aquecimento global

Ao retornar à praia das Maçãs fui direto molhar-me no mar. Meu inconsciente ficou tranquilo com a gelidez das águas. Agora, quase ao meio do dia, o termômetro de casa marca 5 0C. Durante a madrugada, -1 0C. Normal para início de inverno.

Que bosta dePátria Educadora“! Três Vivas ao Holoceno! Chega de rótulos safados!

……….

[1] Ele se referia a dados meteorológicos obtidos por pesquisadores de campo, há 320 mil anos, entre os últimos períodos interglaciares do planeta, “quando as temperaturas estavam de 6 a 10 0C mais elevadas do que as atuais”. Interessante, não acham?

A corrupção do Global Warming


Alimentada pela ganância corrupta da imprensa”.

As maiores variações do clima na Terra são função de dois fenômenos naturais: (i) os ciclos solares, decorrentes das suas emissões de radiações ultravioletas (UV), e (ii) a presença de partículas vulcânicas na atmosfera do planeta. O Sapiens não possui meios para controlar esses processos, mesmo com as pretensões de arrefecer o clima por meio de seus “projetos de geoengenharia”.

Os ciclos solares normais têm duração média de 22 anos e representam as variações das radiações de UV de “mínima atividade solar” até “máxima atividade solar”. Por óbvio, afetam o clima da Terra. Em segundo grau, não é possível esquecer os resultados dos inúmeros vulcões ativos do planeta.

Não há dúvida científica de que o calor emitido pelo Sol é bem mais poderoso do que os efeitos das emissões de gases do dito “efeito estufa antropogênico” [1] – vapor d’água, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e clorofluorcarbonos (CFC).

Vista do Sol em “máxima atividade solar”

Vista do Sol em máxima atividade solar

Por sua vez, as partículas vulcânicas da atmosfera dependem da quantidade de sismos que ocorrem diariamente no planeta. São estimados, em média, de 30 a 80 sismos diários. Não temos dados confiáveis para calcular o volume de gases lançados na atmosfera pelos vulcões ativos na Terra. No entanto, é provável que, em comparação com as emissões provindas de atividades humanas, seja bem maior.

Porém, há uma questão que não está devidamente respondida:

― Quantos bilhões de toneladas de CO2 são próprios da Terra (efeito natural) e quantos decorrem das atividades humanas?

Partilhamos a opinião abalizada de diversos cientistas do clima que o efeito estufa causado pelo homem ainda é inexpressivo na variação da temperatura da Terra. Vide artigos em anexo.

O “Global Warming” e a geração de empregos

A hipótese do aquecimento global rende muitos dividendos para organizações e pessoas em quase todo o mundo. Mantê-la e divulga-la é essencial para diversas universidades, ONG, instituições internacionais (ONU, IPCC, OMM, etc.), indústrias, empresas de consultoria e órgãos da imprensa em geral.

Ao contrário, provar que o Prêmio Nobel concedido ao senhor Al-Gore fez parte de uma farsa política e econômica neocolonialista, poderia causar um desastre em termos da oferta de empregos em quase todo o mundo desenvolvido.

Mas basta acontecer uma nova reunião do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que a audaciosa hipótese do aquecimento global é realimentada.

As ilhas de calor da Terra

Vários são os fatores que alimentam os oscilações climáticas planetárias. Além dos ciclos solares e do vulcanismo, os próprios movimentos de rotação e translação da Terra também, sem qualquer interferência humana, afetam suas temperaturas.

Mas é patente que o crescimento de grandes megalópoles de concreto, vidro e asfalto têm de ser considerados, muito embora em âmbito local, microrregional. México, São Paulo e Tóquio são bons exemplos de ilhas de calor.

Nota-se, no entanto, que pelo menos na ilha de calor do Rio de Janeiro as temperaturas têm sido declinantes na última década. Não ouvimos mais notícias dos “bairros quentes” nas décadas de 1960 e 70, quando chegaram a 45 oC à sombra.

Na verdade, hoje tagarelas especialistas da imprensa divulgam, com histeria climática, que em Bangu a temperatura alcançou o recorde de 50 oC! Só se for a máxima do dia e não a “de nunca na história desse país”.

Leia também:


[1] A ideia simplificada do efeito de estufa é a de que a atmosfera é transparente à radiação solar (ressalvada a interferência muito significativa da refletividade das nuvens e da superfície), a qual aquece a superfície da Terra. A superfície compensa este aquecimento com contra-radiação infravermelha. Essa radiação aumenta com a temperatura crescente da superfície, e a temperatura ajusta-se até alcançar o equilíbrio. Se a atmosfera também fosse transparente à radiação infravermelha, a contra-radiação induzida por uma temperatura média de superfície de menos dezoito graus Celsius equilibraria a radiação solar entrada. Mas a atmosfera não é transparente ao infravermelho. Desta forma a Terra aquece um pouco mais pela devolução à superfície terrestre da radiação do espaço (gases naturais ) dos fluxos de radiação infravermelha. Isso é chamado de efeito natural. Desse modo, conclui-se que efeito estufa nunca existiu, uma vez que a atmosfera terrestre é livre e não pode ser aprisionada pelas ideias de políticos abestados, tal como Al Gore.