Royal Military Tattoo, em 2011


Há muito anos, quando Cole Porter veio ao Rio de Janeiro, assistiu do palanque o desfile de 7 de Setembro. Ao ver a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais, puxou o Ary Barroso pela manga do paletó e perguntou sério:

— O que é isso? Eles não seguem a cadência do bumbo como todos os militares do mundo? Eles pisam num ponto surdo entre as batidas! E eles balançam para os lados como se estivessem dançando!…

E Ary Barroso respondeu-lhe calmamente:

— É porque é uma banda de mulatos, onde todos “tocam de ouvido” e nunca marcham. Eles desfilam, o que é muito diferente. Esse balanço chama-se “ginga”, mas eu não vou tentar lhe explicar porque você nunca entenderia…

A banda marcial não tem instrumentos musicais convencionais, mas apenas clarins, cornetas, pífaros e gaitas de foles, além da ala chamada “pancadaria”. Há soldados com “samba no pé”, há bailarinas e dançarinas, meio a uma excepcional apresentação no “Royal Military Tattoo 2011“, realizado na  Escócia.

Banda de Fuzileiros Navais

Banda de Fuzileiros Navais

Clique no link Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais para assistir sua apresentação no maior festival de bandas militares do mundo. Simplesmente um show de alegria e inusitada cadência, tocando foles escoceses e ao som de músicas de Ary Barroso e outros.