Honestidade de expressão


A lógica da informação.

Desde o início do século 21 fala-se muito sobre o direito do cidadão em expressar suas ideias, opiniões, sugestões e convicções. Trata-se da chamada liberdade de expressão, normal nas democracias modernas. Porém, cremos que há muito a ponderar sobre esse tema. Nunca a partir dos preceitos estabelecidos em lei, mas sempre pela lógica racional.

No Brasil, desde 1884, a liberdade de expressão constitui direito definido pela Constituição do Império. Direito que somente foi extirpado durante a ditadura de Vargas e as do período militar. Períodos em que a liberdade de expor o pensamento foi castrada pela censura, por ações arbitrárias e até mesmo pelo uso irracional da violência. Enfim, uma completa falta de lógica.

Qual é a lógica dessa porcaria?

Qual é a lógica dessa porcaria?

Mudanças foram realizadas em relação a liberdade de expressão a partir da Constituição de 1988. Demagogicamente, quando a expressão foi libertada, voltou a ser um direito inalienável de todos os cidadãos brasileiros. Em tese, esse nobre desejo – a liberdade – constitui requisito básico para a existência de sociedades democráticas e civilizadas. Mesmo assim, ainda lhe falta a maldita lógica.

Quando a informação é algemada

Quando a informação é algemada

A lógica da liberdade de expressão

Seja de um cidadão isolado ou de uma grande empresa da mídia, a liberdade de expressão deve seguir a lógica dos princípios da sociabilidade: qualquer publicação ou discurso não pode conter falácias, deve ser honesta, objetiva e clara, além de oferecer ao público todas as informações disponíveis sobre assunto tratado. Afinal, embora possa cansar o leitor, o que abunda não prejudica – quod abundant non nocet.

Desta forma, o conteúdo da liberdade de expressão deve ser a exata medida da honestidade do redator. Omissões casuais precisam ser revistas e esgotadas. Omissões dolosas, punidas pelo esquecimento de seu público. Assim, optamos por ir além da simples liberdade e adotar o termo Honestidade de Expressão, o qual consideramos mais completo.

Rumo a uma nova marca

Achamos que o ultrapassado lema positivista da bandeira brasileira – Ordem e Progresso – precisa ser atualizado com certa urgência. Uma vez que ambos os “tags” teimam em não funcionar desde quando foram criados, em 1889, propomos uma nova visão dos valores nacionais desejados por sua população – “Liberty and Honesty” –, com vistas a dotar o país de maior credibilidade internacional, e trazer a reboque investimentos produtivos que aumentem seus futuros parceiros no comércio bilateral.

Decerto alguns países acreditarão nesse “novo grito de independência”. Restará à nação, e somente à nação, erigir um Estado que realmente a represente, bem como seja capaz de realizar e de demonstrar a seriedade do teor desse grito ao mundo.

Para tanto, a sociedade brasileira precisará renovar a lógica de sua honestidade.